Quando o assunto é Vale do Silício, a primeira palavra que vem à cabeça de muita gente é tecnologia.
No entanto, o termo mais importante para resumir o espírito do ecossistema empreendedor dessa icônica região é outra: inovação.
As famosas empresas do Vale do Silício têm base tecnológica, sim, mas utilizam a tecnologia como um meio para a inovação, e não como um fim em si própria.
A palavra inovação vem do latim innovatio, que significa uma criação sem equivalência em padrões anteriores.
E o Vale do Silício é simplesmente o centro da inovação no mundo, como mostraremos para você ao longo deste artigo.
Seja você um empreendedor, gestor, profissional ou estudante, acompanhar o que se passa nas empresas dessa região pode ser bastante útil.
Isso vale para qualquer área, mesmo para aquelas em que a tecnologia, aparentemente, não tem grande relevância.
Acredite: as startups californianas, que surgem o tempo todo, procuram oportunidades de inovação e disrupção em todas as atividades de nosso dia a dia.
Como já abordamos em vários artigos do blog, a transformação digital é um movimento cada vez mais necessário para as companhias enfrentarem o mercado atual.
Ela envolve não apenas o uso da tecnologia e a busca pela inovação, mas principalmente a adoção de processos ágeis, mentalidade adaptável e foco no cliente.
É um conjunto de características que também costumam ser encontradas nas empresas do Vale do Silício.
Quer entender melhor por que essa região dos Estados Unidos é tão falada?
Então veja os tópicos que preparamos para você neste artigo:
Boa leitura!
Vale do Silício é o apelido de uma parte da baía de São Francisco, na Califórnia, que abriga várias empresas de inovação e alta tecnologia.
Além da famosa São Francisco, a região do noroeste californiano é composta por cidades como Santa Clara, Redwood City, Palo Alto, Mountain View, San Jose, Menlo Park, Oakland e Sunnyvale.
A lista vai longe, pois são dezenas de cidades, umas coladas às outras, formando uma grande metrópole que circunda a baía.
A denominação de Vale do Silício (Silicon Valley, em inglês) é informal, por isso não precisamos perder tempo tentando definir exatamente quais cidades o compõem e quais ficam de fora.
O importante é saber que o vale se caracteriza por ser um lugar onde surgem ideias e startups que impactam o mundo todo.
Para exemplificar, vamos citar apenas cinco empresas fundadas e sediadas na região que falam por si: Google, Apple, WhatsApp, Uber e YouTube.
Outro gigante, o Facebook, surgiu na Universidade de Harvard, no outro lado do país, mas tem sua sede em Palo Alto, no Vale do Silício.
A origem do nome está no elemento químico silício, um dos mais abundantes no planeta Terra.
Além de ser utilizado na produção de ligas metálicas, na fabricação de silicone e na indústria cerâmica, o silício é um elemento semicondutor.
Essa é a sua relação com a indústria de alta tecnologia, conforme explicaremos melhor no tópico seguinte.
Muitas pessoas se perguntam a origem do nome Vale do Silício, mas a verdade é que não há muito mistério nesse sentido.
A parte do “Vale” pode ser explicada geograficamente, uma vez que estamos falando de uma região formada por uma longa depressão em meio a algumas montanhas.
Já a parte do “Silício” tem a ver com as primeiras empresas que se instalaram na localidade na segunda metade do século passado.
Marcas como Intel e AMD fabricavam chips eletrônicos, que tinham o elemento químico como principal matéria-prima.
Ao que tudo indica, o jornalista Don Hoefler foi quem batizou a região que abriga a Baía de São Francisco de Silicon Valley.
O repórter escreveu uma série de reportagens para o Eletronic News em 1971, em que utilizava essa denominação.
A partir de então, Vale do Silício passou a ser o nome a que todos se referiam à localidade.
Muitos pensam que a história do Vale do Silício é recente.
Essa impressão existe porque as empresas de tecnologia instaladas ali estão há anos na “crista da onda”.
O valor de mercado delas não para de subir, acompanhando a influência crescente de seus produtos e serviços.
Mas a história começou há muito tempo.
Há quem considere a garagem onde William Hewlett e David Packard fundaram a companhia HP, em Palo Alto, no final dos anos 1930, como o lugar em que o Vale do Silício nasceu.
Outro acontecimento de destaque foi a fundação da Fairchild Semiconductor, em San Jose, no ano de 1957.
Semicondutores são elementos capazes de mudar de condição, de isolante para condutor, com grande facilidade.
Por conta dessa característica, são primordiais na produção de equipamentos eletrônicos.
A Fairchild acabou desempenhando um papel essencial no plano espacial americano.
Mais tarde, a tecnologia dos semicondutores foi utilizada nos microprocessadores dos primeiros computadores pessoais.
Nessa época, já havia sido fundada a famosa Intel, em 1968, por dois ex-empregados da Fairchild.
O local? Santa Clara, no Vale do Silício.
A partir desse cenário, o investidor Ralph Vaerst cunhou o termo Vale do Silício, em uma série de reportagens veiculadas em 1971 na publicação Electronic News.
Hoje, as empresas da região não se destacam apenas pelos seus hardwares, mas principalmente pelos serviços gerados a partir de algoritmos.
O apelido, porém, não foi abandonado.
Além da presença das empresas de tecnologia, a região conta com a Universidade de Stanford, uma das melhores do mundo, conhecida principalmente por formar brilhantes mentes para essa indústria.
Tudo isso contribuiu para criar na população da região uma mentalidade extremamente acolhedora para soluções inovadoras.
O que facilita para as novas startups testarem seus produtos para obter insights rápidos e preciosos, colaborando para uma cultura ágil, como falamos na introdução.
É impossível desassociar tecnologia e inovação de conhecimento.
Nesse sentido, algumas das principais instituições de ensino se encontram no Vale do Silício, casos das universidades de Stanford, Berkeley e Santa Cruz.
Com esses centros próximos, diversos investidores e empreendedores acabam migrando para a região, pois têm acesso facilitado à disrupção.
E há muito tempo é assim.
Durante a Guerra Fria, quando os russos lançaram o Sputnik I, os EUA precisavam contra-atacar e, apesar da criação da Nasa ser um marco importante, era preciso contratar mão de obra especializada para vencer essa corrida especial.
Foi então que o governo norte-americano recorreu aos profissionais da Fairchild Semiconductor, empresa de tecnologia localizada na Baía de São Francisco, para dar conta dessa demanda.
Ou seja, desde muito cedo a região estava ligada à inovação e ao empreendedorismo.
Isso somado à abundância de oportunidades e de dinheiro (desde a corrida do ouro no século 19) fazem do Vale do Silício uma referência na área da tecnologia.
Não à toa, as principais empresas do segmento (Google, Apple, Microsoft, Tesla, Samsung, Facebook e muitas outras) possuem sedes, escritórios, fábricas e outros tipos de negócios na região.
É uma fama que se construiu ao longo dos anos e foi se consolidando com o passar do tempo.
O Vale do Silício não chega a ter donos especificamente, mas como algumas das principais empresas do mundo possuem suas sedes na região, é impossível não associar o dinheiro ao poder.
Afinal, oito dos 10 maiores bilionários do mundo têm negócios ativos ou algum tipo de ligação com o principal polo tecnológico do mundo.
São eles:
Para a população americana, o Vale do Silício é importante como uma região de grande geração de riqueza e empregos.
Cada empresa de tecnologia que alcança o sucesso movimenta toda uma cadeia de produtos e serviços em seu entorno.
Mas o vale tem importância não apenas para os Estados Unidos.
Suas startups levam tecnologias como inteligência artificial, machine learning e big data a outro nível.
Com produtos e serviços reais, essas soluções deixam de ser conceitos e passam a integrar o dia a dia de nossa vida pessoal e profissional.
O que resulta em mais conforto, maior eficiência nas empresas e novas formas de comunicação.
No caso de redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas, a contribuição é aumentar a conectividade entre as pessoas.
O que amplia as possibilidades de publicidade, marketing e relacionamento de uma marca com seu cliente, por exemplo.
Outras empresas têm colaborações distintas.
Sediada em Mountain View, a Coursera, por exemplo, desenvolveu uma plataforma de aprendizagem online que conecta usuários a universidades importantes no mundo todo.
Já o Uber criou um meio de locomoção mais confortável e barato do que os táxis, e ainda se transformou em uma fonte de renda para muita gente que se cadastra como motorista.
A importância do Vale do Silício, portanto, é que nele são criados produtos e serviços que impactam o mundo todo.
É claro que alguns deles acabam trazendo efeitos colaterais nocivos, mas partimos do princípio de que tecnologia e inovação existem para promover o desenvolvimento e melhorar nossas vidas.
Na região da baía de São Francisco surgiram empresas como o banco Wells Fargo.
A Visa, fundada em Fresno, na Califórnia, hoje é sediada em Foster City, no Vale do Silício.
A Chevron, uma das maiores petrolíferas do mundo, foi fundada no Texas, mas tem sua sede em San Ramon, também no vale.
Ou seja, não são apenas empresas de alta tecnologia que se instalam na região.
No entanto, vamos destacar a seguir as companhias mais conhecidas por aqui, e que ajudaram a tornar o Vale do Silício uma referência em inovação para o mundo todo.
A Adobe é uma das empresas que mais investe em soluções de marketing e design.
Certamente você já utilizou algumas de suas aplicações, como o Photoshop, o Acrobat Reader ou o Illustrator.
Ao todo, a companhia conta com mais de 10 mil funcionários, mais da metade na sede em São Jose.
Fundada e sediada na cidade de São Francisco, a Airbnb é uma empresa que criou uma plataforma em que pessoas anunciam quartos ou imóveis inteiros para alugar.
Você pode não reconhecer por esse nome, mas a Alphabet é o conglomerado criado pelos fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, que administra o próprio Google e outras empresas relacionadas.
Está sediada em Mountain View.
Considerada uma das marcas mais valiosas do mundo, a Amazon também possui a sua sede no Vale do Silício, em Menlo Park.
O carro-chefe da empresa de Jeff Bezos é o marketplace, no entanto, cada vez mais, a companhia tem investido em outras soluções tecnológicas.
A Apple é talvez a empresa de tecnologia mais icônica do mundo.
Fundada por Steve Jobs, Steve Wozniak e Ronald Wayne, é referência mundial na produção de computadores, tablets e smartphones bonitos e eficientes.
Com sede durante muitos anos em Palo Alto, a Dell migrou seu escritório principal para o Texas, no entanto, ainda segue com operações no Vale do Silício.
Em 2012, por exemplo, a empresa de tecnologia investiu em um Centro para Clientes na Califórnia com o objetivo de melhorar o relacionamento com os consumidores e aproximá-los dos processos de desenvolvimento de produtos.
Fundado e sediado em San Jose, o eBay é uma plataforma global de negociações, onde os usuários anunciam produtos de qualquer tipo.
Com mais de três bilhões de usuários no mundo todo, o Facebook é a rede social mais popular do planeta.
Foi criada por Mark Zuckerberg e pelo brasileiro Eduardo Saverin, entre outros, na Universidade de Harvard.
Hoje, sua sede fica em Menlo Park.
O LinkedIn é mais uma rede social a ter sede no Vale do Silício.
A plataforma especializada em relacionamento profissional fica em Sunnyvale e está ganhando muito espaço dentro do nicho em que atua, oferecendo opções de recrutamento simplificado para empresas e potenciais candidatos.
É claro que uma das empresas de tecnologia mais famosas do mundo também não deixaria de ter um lugar para chamar de seu no Vale do Silício.
A sede da Microsoft, empresa criada por Bill Gates, fica em Menlo Park, e segue sendo uma referência em seu segmento.
O serviço de streaming de filmes e séries que ganhou o mundo nasceu em Scotts Valley, há 40 quilômetros de San Jose.
A sede hoje fica em Los Gatos, uma cidade periférica da metrópole da baía de São Francisco.
Fundada em Santa Clara, a Oracle é uma gigante no desenvolvimento de softwares e sistemas de banco de dados.
Atualmente, sua sede fica em Redwood City.
O PayPal é uma plataforma de transferências financeiras que revolucionou a maneira de realizar pagamentos virtuais no mundo inteiro.
Falou em inovação e tecnologia, falou de Vale do Silício.
A sede da empresa fica em San Jose.
O estúdio de animação Pixar nasceu no norte da baía, em Richmond.
Hoje, seu quartel general é no município de Emeryville.
A Samsung é mais um gigante da tecnologia a ter um escritório em San Jose, no Vale do Silício.
A empresa rivaliza com a Apple para ser a número 1 em desenvolvimento de smartphones ultramodernos no mundo e tem a principal concorrente como uma vizinha da região.
Produtora de filmes, fabricante de artigos eletrônicos e desenvolvedora de tecnologias próprias a Sony possui sede no Vale do Silício.
Há alguns anos, a empresa japonesa criou um braço só para cuidar da parte de entretenimento, a Sony Interactive Entertainment, com escritório em San Mateo.
Depois de quase 20 anos com sede em Freemont, Elon Musk decidiu migrar do Vale do Silício rumo ao Texas, em uma trajetória similar à feita pela Dell e outras gigantes da tecnologia.
Ainda assim, a Tesla vai continuar fabricando seus automóveis elétricos na Califórnia e espera explorar a região de outras formas.
As principais redes sociais do mundo estão no Vale do Silício.
O Twitter, com sede em Menlo Park, completa o time das plataformas de relacionamento que se localizam no principal polo tecnológico do mundo.
O polêmico aplicativo que tem revolucionado o transporte urbano em vários países do mundo nasceu e se encontra sediada atualmente em São Francisco.
No Brasil, o WhatsApp é uma febre, um fenômeno da comunicação instantânea.
A empresa, que hoje pertence ao Facebook, é sediada em Mountain View.
O buscador Yahoo! finaliza a nossa lista de empresas que possuem sede no Vale do Silício.
Com escritório em Sunnyvale, essa companhia, que é uma das pioneiras da Internet, chegou a ser a plataforma de busca mais usada do mundo, antes do Google e do Bing assumirem essa posição.
Por fim, o YouTube, principal serviço de hospedagem e compartilhamento de vídeos do mundo, fica em San Bruno.
Atualmente, pertence ao grupo Alphabet, o mesmo do Google.
Agora que você conhece algumas das principais empresas sediadas no Vale do Silício, já entendeu que a região cria uma grande variedade de produtos e serviços.
O que podemos notar de diferente é que muitas delas oferecem produtos virtuais, que possibilitam uma grande escalabilidade.
Ou seja, são capazes de suprir um aumento de demanda sem precisar ampliar sua estrutura.
Um exemplo é o Facebook, que ganha dinheiro com sua ferramenta de anúncios.
Um usuário pode utilizá-la por conta própria, sem o auxílio de nenhum vendedor.
Desse modo, se da noite para o dia ocorresse um aumento de 20% na procura pelos anúncios, não há problema algum.
Outro exemplo interessante é o Uber.
Quando ele se faz presente em uma nova cidade, é claro que há um trabalhoso processo de relacionamento, publicidade e regularização.
Uma vez que isso é feito, não é preciso selecionar funcionários para dirigir os carros, e sim aprovar as solicitações dos usuários, que firmam um contrato com a empresa, mas não são seus colaboradores diretos.
É por causa dessa capacidade de aumentar as receitas sem gastar com ampliação de infraestrutura que essas empresas são tão valiosas.
Para efeito de comparação, pense em Detroit, que foi o berço da indústria automobilística.
Se uma montadora precisasse ampliar sua produção, precisaria de uma fábrica maior, mais funcionários e mais matéria-prima.
O que representava um certo risco, pois não havia garantias de que o investimento se pagaria.
Na Era da Informação, na qual vivemos hoje, os riscos de empreender ainda são grandes, mas as consequências do fracasso são menores – é possível reestruturar-se com facilidade.
A relevância do Vale do Silício é tamanha que a região se tornou um ponto turístico dos Estados Unidos.
Muitas pessoas aproveitam as atrações da Califórnia, como Hollywood, a Ilha de Alcatraz, a Golden Gate e as belas praias, como a Santa Monica Beach, para adicionar as atrações tecnológicas do maior pólo inovador ao roteiro.
Além das sedes das empresas, você pode visitar universidades, prédios sustentáveis, centros de pesquisas e até museus.
Ou seja, um tour pelo conhecimento para você desfrutar do Silicon Valley.
Outra boa notícia é que você pode conhecer os principais pontos turísticos em um único dia.
Para isso, a dica é alugar um carro logo pela manhã cedinho, percorrer alguns quilômetros e devolvê-lo à noite.
Separamos um pequeno roteiro para você aproveitar as principais atrações do Vale do Silício, venha conferir:
A agência espacial norte-americana tem uma sede em Mountain View, que possui uma área aberta para visitação.
No Nasa’s Ames Visitor Center é possível viajar no tempo e descobrir mais sobre os projetos e missões espaciais da agência e ainda comprar alguns produtos licenciados.
No prédio anexo ao da Nasa, você vai encontrar o Moffett Field History Museum, um museu sobre a história da aviação militar.
Lá, você poderá conferir as evoluções das aeronaves da década de 1930 até os dias atuais, e o melhor, sem pagar nada por isso, pois a entrada é gratuita.
Ainda em Mountain View está o Museu da História da Computação, um local que registra a evolução dessa tecnologia tão imprescindível para nós.
Desde as calculadoras mais rudimentares, passando por máquinas gigantescas, desenvolvidas por militares e protótipos que nunca foram comercializados, até chegar nos aparelhos mais modernos da atualidade.
Toda a exposição conta com o incentivo e o patrocínio de Bill Gates.
Seguindo a sua viagem, entre Mountain View e Cupertino se encontra o município de Los Altos, cidade que foi berço de uma das principais revoluções tecnológicas do mundo moderno: o nascimento da Apple.
Foi em uma garagem simples que Steve Jobs e Steve Wozniak criaram uma das principais empresas do mundo.
Por se tratar de uma propriedade privada, você não poderá entrar no recinto, mas nada lhe impede de fotografar a fachada do imóvel.
A Universidade de Stanford é uma das mais renomadas do mundo e é parada obrigatória para quem está turistando pelo Vale do Silício.
Se você estiver com mais tempo, pode dedicar um dia inteiro para conhecer o gigantesco campus da instituição, que conta com edifícios históricos, belos jardins, esculturas de Auguste Rodin e a imponente Hoover Tower.
Inclua também em seu roteiro a visita à sede de algumas empresas do Vale do Silício.
O Google e a Apple, por exemplo, contam com centros para visitantes abertos todos os dias, mas você pode ampliar um pouco mais suas opções agendando outros tours.
Com um bom planejamento e demonstrando interesse corporativo, fica mais fácil conseguir uma visita guiada pelos escritórios e fábricas das principais organizações do maior polo tecnológico do mundo.
Seu tour pelo Vale do Silício deixou você tão impactado que, agora, deseja ir estudar na região?
Não tem problema.
Existem diversos cursos de empreendedorismo, intercâmbio e mesmo experiências de networking realizado no polo tecnológico.
Abaixo, algumas opções que separamos para você:
Para se sentir ainda mais ambientado a atmosfera do Vale do Silício e já chegar informado sobre a região, seguem algumas curiosidades sobre o mais conhecido polo tecnológico do mundo:
O Vale do Silício chegou a ter um apelido nada convidativo para turistas e investidores: Vale da Morte.
O nome ganhou força na metade da década de 1980, quando a descoberta da Internet trazia uma incerteza muito grande em relação à realidade profissional.
Muitos acreditavam que os empregos tradicionais e a força de trabalho humana iria “morrer”, sendo substituídos pela tecnologia.
Com o passar do tempo, esses temores não se confirmaram e o que se viu foi uma “convivência pacífica” entre máquinas e pessoas.
Ainda que toda a história de robôs substituindo humanos mais pareça roteiro de filmes de ficção científica, não se espante ao ver alguns androides passeando pelas cidades do Vale do Silício e, principalmente, em fábricas e outros estabelecimentos.
Isso porque existem alguns protótipos desenvolvidos que realizam tarefas simples e mecânicas, como entrega de encomendas e produção seriada de peças.
Por falar em produções hollywoodianas, o Vale do Silício foi tema de uma série de TV produzida pela HBO.
Silicon Valley contou com seis temporadas (2014-2019) e narrou, de forma divertida e descontraída, a saga de seis programadores na tentativa de construir suas carreiras no principal polo tecnológico do mundo.
Morar no Vale do Silício é extremamente caro.
Não à toa, engenheiros e demais profissionais que trabalham nas principais empresas do mundo com sede lá optam por alternativas peculiares de residência.
Alguns escolhem morar nos próprios escritórios, outros preferem viver em trailers e mesmo containers de transportes.
Tudo para tentar driblar os altos aluguéis da região.
Se não bastasse o alto custo, o Vale do Silício tem outro ponto que pode afastar algumas pessoas de residirem na região.
Isso porque o polo tecnológico está localizado às margens da Falha de San Andreas, trazendo uma instabilidade sísmica e sendo um local propício para terremotos.
Parques tecnológicos são complexos industriais e de serviços, com empresas de base científico-tecnológica.
Eles são estruturados geralmente com incubadoras e aceleradoras e um forte caráter cooperativo para que as empresas cresçam juntas.
São diferentes do Vale do Silício justamente por nascerem de forma planejada e dentro de um determinado perímetro, mas têm em comum a cultura da inovação e eficiência.
Embora São Paulo e a Região Sudeste como um todo seja o centro econômico do país, o maior parque tecnológico do Brasil fica mais para cima.
É o Porto Digital, situado em Recife (PE) e que abriga 300 empresas, além de organizações de fomento e órgãos do governo.
Além de empresas locais, o parque abriga multinacionais como a IBM e Accenture.
E como nenhum parque tecnológico sobrevive sem uma fonte de mão de obra qualificada, e na capital pernambucana isso não é diferente, esse papel é cumprido principalmente pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Todos os anos, ela forma uma grande quantidade de profissionais da tecnologia da informação (TI), que saem preparados para abastecer esse mercado aquecido.
O Porto Digital aposta em TI, mas também na economia criativa, com companhias que produzem softwares, games, artes, design e muito mais.
A seguir, conheça outros parques tecnológicos e regiões inovadoras localizadas no Brasil.
Com centenas de startups e empresas de tecnologia, Florianópolis tem sido considerada a capital da inovação no Brasil.
Possui dois parques tecnológicos: o Sapiens e o Alfa.
Mas há várias empresas de destaque nacional sediadas em outros pontos da cidade.
Em Belo Horizonte, o San Pedro Valley não é exatamente um parque tecnológico, mas sim uma comunidade com mais de 200 empresas de base tecnológica em vários setores.
O nome se inspira no Silicon Valley, é claro, e faz referência ao bairro de São Pedro, onde há uma grande concentração de startups.
Tecnopuc é o parque científico e tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), localizado em Porto Alegre.
O parque estimula a pesquisa e inovação integrando academia, instituições privadas e governo.
Assim como o San Pedro Valley, não é formalmente um parque tecnológico e seu nome faz referência ao Vale do Silício.
No sul de Minas Gerais, a pequena cidade com menos de 40 mil habitantes se destaca por abrigar empresas produtoras de eletroeletrônicos, que são exportados para mais de 50 países.
O parque dessa cidade paulista está instalado em uma área de 188 mil metros quadrados, possui quase 300 empresas de tecnologia, ciência e inovação.
Além de TI e comunicação, há empresas dos setores espacial, defesa, instrumentação eletrônica, geoprocessamento, aeronáutica, energia, saúde e biomedicina.
Assim como o Vale da Eletrônica e o San Pedro Valley, outros lugares mundo afora se inspiraram no Vale do Silício.
Em Nova York, a área que abriga empresas de tecnologia foi apelidada com o trocadilho Silicon Alley (Beco do Silício).
Na Inglaterra, em Cambridge, temos o Silicon Fen, uma área que também reúne vários negócios do tipo.
No sul da Índia, Bangalore tem o chamado Vale do Silício da Índia, com suas inúmeras empresas de software.
Mas a região que mais se aproxima do vale californiano é o Silicon Wadi, na região de Tel Aviv, em Israel, onde várias empresas internacionais mantêm instalações de pesquisa e desenvolvimento, além das inovadoras startups locais.
Países asiáticos como Coreia do Sul, Japão, China, Taiwan e Singapura também se destacam por seus produtivos polos e parques tecnológicos.
Quando uma região possui um parque tecnológico ou reúne uma grande quantidade de empresas de tecnologia, geralmente ela entra em um círculo virtuoso.
Pois esse cenário atrai empreendedores, investidores e profissionais qualificados, principalmente na área da tecnologia da informação.
Havendo boas instituições de ensino próximas, garantindo um fornecimento contínuo de mão de obra, mas também de ideias, está completa a receita.
O Vale do Silício é a maior expressão desse conceito que encontramos no mundo.
Qualquer pessoa que tenha o desejo de se destacar no mercado da inovação sonha com uma oportunidade profissional na baía de São Francisco.
Mesmo que você não tenha essa aspiração, saber o que se passa no Vale do Silício é importante.
Porque lá surgem soluções inovadoras em todas as áreas da economia.
E, acredite, a tecnologia ainda tem muita coisa para transformar.
Através do curso do International MBA da FIA Business School você realiza um estudo de negócios internacionais e também poderá conhecer o Silicon Valley.
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