Chegar a um C-level, alcançando um dos mais altos cargos executivos de uma empresa, é uma grande realização profissional.
Uma meta de muitas carreiras, sem dúvida.
Tanto é assim que 38% dos jovens da geração Z desejam ser CEO de uma empresa algum dia, como aponta uma pesquisa da United Minds.
Mas será que você está preparado? Sabemos que estar nessa posição exige lidar o tempo todo com grandes responsabilidades.
Quem assume cargos nesse nível se compromete não só com o seu trabalho, mas com decisões de grande peso sobre a empresa no geral.
Vale destacar o que disse a CEO do Twitter no Brasil, Fiamma Zarife, em entrevista para o Estadão:
“Há muito trabalho duro, ansiedade e tensão envolvidos na tarefa de fazer um negócio prosperar. É preciso equilibrar muitos pratos”.
A verdade é que CEO é muito mais do que uma das siglas de cargos executivos e de alto escalão.
Para ocupá-lo com propriedade, é preciso saber o que é C-level e o que espera o profissional que assume esse desafio.
É isso que você vai saber neste texto, que vai abordar os seguintes tópicos:
Leia até o final e saiba tudo sobre os cargos executivos de uma empresa.
Um C-level é um cargo executivo de alto nível em uma empresa.
São posições geralmente ocupadas por pessoas com experiência e alta qualificação no setor em que trabalham.
Os cargos C-level respondem pela tomada de decisões estratégicas e pela direção geral de um negócio, subdividindo-se em várias áreas, conforme a experiência de cada executivo.
Os títulos começam com a letra “C”, como CEO (Chief Executive Officer), CFO (Chief Financial Officer), CTO (Chief Technology Officer) e CMO (Chief Marketing Officer).
Esses líderes desempenham papéis estratégicos na condução do negócio, assumindo responsabilidades sobre assuntos muito importantes.
Eles podem, por exemplo, formular e implementar políticas, decidir sobre a gestão dos recursos financeiros e a supervisão de tecnologia e inovação, além de orientar as estratégias de marketing e em muitas outras áreas.
Agora que sabemos o que é C-level, vamos falar sobre posições que se encaixam nas siglas de cargos executivos.
Os cargos C-level, como vimos, são funções de comando e chefia.
CEO é o principal deles, mas existem muitos outros, cada um relacionado a uma área da empresa, desde o core business às atividades de back office.
Independentemente do cargo, todo gestor C-level precisa aprender a trabalhar sob alta pressão e ser orientado por resultados.
Os desafios não são poucos, como mostra a matéria publicada na revista Época que destaca que alguns CEOs chegam ao burnout, ou seja, o esgotamento físico e mental completo.
Claro que existem muitos líderes C-level que conseguem ter qualidade de vida mesmo ocupando cargos de liderança.
Um bom começo para isso é saber o que fazem os gestores C-level mais frequentemente encontrados no mercado.
Descubra agora.
Chief Executive Officer (CEO) é a sigla em inglês para Diretor-Executivo.
É o cargo mais alto de uma empresa, responsável por sua gestão geral.
O CEO é responsável por definir a estratégia da empresa, liderar sua equipe executiva e garantir seu sucesso.
Também lidera a implementação da visão do negócio e colabora com outros líderes para alcançar metas e objetivos.
Entre suas atribuições, estão o desenvolvimento e execução de estratégias para impulsionar o sucesso financeiro, a gestão de recursos e a representação da empresa perante acionistas e stakeholders.
São muitos desafios, como enfatiza Cristiane Giordano, CEO da Funcional Health Tech, nesta entrevista ao Terra:
“(…) manter a cultura de uma empresa viva, sustentando o engajamento das pessoas que interagem conosco e mostrando a empresa em um cenário novo no mercado”.
Embora seja hierarquicamente a mais alta, a função de CEO não é bem-sucedida sem um corpo diretivo à altura.
Na parte operacional, o “braço direito” de um CEO é o Chief Operating Officer (COO), executivo responsável por supervisionar as operações diárias e garantir que os processos internos estejam alinhados com os objetivos estratégicos.
Como líder, a pessoa nesse cargo C-level desempenha um papel de grande importância na implementação das estratégias definidas pela alta administração.
São muitas responsabilidades, entre as quais se destacam a otimização da eficiência operacional, gestão de recursos e coordenação de departamentos para alcançar metas organizacionais.
O COO é uma função de responsabilidade dupla, já que, além de orientar estrategicamente as operações, ele precisa também cuidar da sua execução no dia a dia.
“Sem conhecer tecnologia, o CFO está fora. Ele precisa andar ao lado do CEO e do CIO para entender o que vai gerar valor ao negócio. O CFO que usar o seu poder para travar investimento, vai perder o emprego”.
Assim define o cargo de CFO o vice-presidente de Administração da Proderj, Alex Monteiro, em entrevista ao site Convergência Digital.
Sendo um executivo de alto escalão responsável pela gestão financeira de uma organização, as funções de um CFO englobam tudo que diz respeito aos recursos financeiros.
Algumas das suas funções mais importantes são a supervisão de atividades contábeis, planejamento financeiro e análise de orçamento.
O CFO também cuida da formulação e execução de estratégias financeiras que visam otimizar o desempenho econômico da empresa.
Ele trabalha em estreita colaboração com outros líderes executivos para garantir a sustentabilidade e o crescimento da organização a longo prazo, entre muitas outras tarefas.
Toda empresa precisa de um setor ou de profissionais de marketing para promover suas marcas, produtos e serviços.
Essa é a missão do Chief Marketing Officer (CMO), executivo C-level de alto escalão responsável por liderar e supervisionar as estratégias de marketing de uma empresa.
Sua função abrange o desenvolvimento de iniciativas que visam promover a marca, atrair clientes e impulsionar as vendas.
O CMO desempenha um papel estratégico na formulação de campanhas de marketing, análise de mercado, identificação de oportunidades de crescimento e estabelecimento de parcerias estratégicas.
Para isso, ele precisa “ter atitude, ter uma posição clara, ser transparente e não se esconder atrás de subterfúgios”, como explica o CMO da Altice Portugal, João Epifânio.
Gestores de marketing C-level precisam também ter uma capacidade de articulação acima da média, já que, em muitos casos, eles têm suas funções confundidas com as de um RP (Relações Públicas).
Ou seja, um CMO é um elo entre a empresa e seus interlocutores externos.
Também conhecido como Diretor de Tecnologia, o Chief Technology Officer (CTO) é quem domina a visão tecnológica de um negócio, definindo a estratégia de uma empresa nessa área.
Focado em atribuições na área de TI, ele está à frente do desenvolvimento e implementação de soluções tecnológicas alinhadas aos objetivos organizacionais.
O CTO se responsabiliza pela inovação, supervisionando equipes de engenheiros e profissionais de tecnologia nesse sentido.
Sua missão é garantir a eficácia das operações tecnológicas, antecipar tendências do setor e direcionar o desenvolvimento de produtos ou serviços.
Quem dá mais pistas sobre as soft skills necessárias para ser um CTO de sucesso é Sal DeSimone, vice-presidente e CTO da EMC:
“Acredito que grande parte do trabalho do CTO deve ser evangelizar os clientes e olhar cada negócio de forma muito particular, aconselhando o CIO e a empresa sobre o que eles devem fazer”.
Trabalhando em parceria com o CTO está o Chief Information Officer (CIO), ou Diretor de Tecnologia da Informação, cuja responsabilidade principal é liderar a estratégia de tecnologia da informação de uma empresa.
Ele cuida da supervisão de sistemas de informação, infraestrutura tecnológica e a implementação de soluções que impulsionem os objetivos de negócios.
O CIO está à frente da tomada de decisões relacionadas à tecnologia, alinhando-as com as metas corporativas.
Toda regra tem sua exceção, mas os cargos C-level geralmente são bem exigentes em termos de currículo.
Acima de tudo, é necessário ter uma formação acadêmica sólida e uma trajetória profissional progressiva, em que o líder comprove capacidade de superar desafios crescentes.
Para isso, o executivo C-level precisa também construir uma rede profissional forte e cultivar relacionamentos dentro e fora da organização, como veremos mais à frente.
O desenvolvimento contínuo, a aprendizagem e a demonstração consistente de resultados também são características que contribuem para alcançar o patamar C-level.
Essas são apenas algumas das hard skills e habilidades que precisam ser apresentadas ao longo da carreira para alcançar essa posição.
Confira na sequência o que fazer para isso.
Os cargos C-level exigem um alto nível de conhecimento e experiência, além de uma formação acadêmica sólida.
Isso porque toda liderança C-level precisa ter muita capacidade de pensamento crítico, resolução de problemas e análise de dados para orientar a tomada de decisão.
Só uma base educacional bem sedimentada dá ao gestor C-level os conhecimentos especializados para a função e a compreensão ampla do ambiente de negócios.
Quanto mais habilidades técnicas e teóricas, mais você se torna capacitado para tomar decisões estratégicas e enfrentar os desafios complexos inerentes aos cargos de liderança.
Além disso, a formação acadêmica proporciona uma mentalidade analítica e crítica, característica valiosa para decidir em alto nível e sob pressão.
A capacidade de liderança é uma competência-chave para alcançar um cargo C-level, considerando que esse especialista estará sempre liderando equipes, inspirando colaboradores e tomando decisões difíceis.
Vale investir em formação específica para isso, participando de programas de desenvolvimento de liderança.
Outra maneira de se tornar um líder melhor é buscar mentores e adquirir experiência prática em funções de maior responsabilidade.
Por exemplo: você pode se graduar como gestor Green Belt, começando por liderar equipes enxutas, até se tornar um Master Black Belt.
Pode também fazer o curso de extensão EAD Desenvolvimento de Habilidades Comportamentais de Liderança da FIA, com duração de um mês e 40 horas/aula.
Todos nós precisamos de contatos profissionais para alavancar a carreira, e para chegar a um C-level essa é praticamente uma exigência.
Além disso, a construção de um bom networking proporciona oportunidades para aprender com outros líderes, trocar conhecimentos e estabelecer conexões.
O aspirante a C-level pode expandir sua rede de contatos participando de eventos do setor, conferências e reuniões de negócios para ver e ser visto por quem toma decisões.
Lembre-se que o networking pode ajudar a obter informações sobre oportunidades de emprego, aprender com outros profissionais e construir relacionamentos que podem ser úteis no futuro.
A interdisciplinaridade é outra característica de um cargo C-level que deve ser desenvolvida.
Para ser um gestor de alto escalão, é necessário conhecer de perto diferentes setores da empresa para ter uma compreensão holística dos processos organizacionais.
Os líderes C-level muitas vezes são responsáveis por tomar decisões que impactam vários departamentos, e a experiência interdisciplinar ajuda nesse aspecto.
Além disso, a habilidade de transitar fluidamente entre diferentes áreas demonstra versatilidade e adaptabilidade, características valiosas em ambientes corporativos.
A capacidade de dialogar e de compreender os desafios por perspectivas diversas é também uma forma de exercitar a empatia, uma soft skill cada vez mais valorizada.
Ser um líder C-level vai muito além de ser um chefe.
Para estar à frente de pessoas, é preciso ter disposição para entendê-las muito acima do senso comum.
Por isso, quanto mais vivência em diferentes contextos, melhor.
A capacidade de assumir riscos calculados é uma competência-chave para alcançar posições de liderança C-level.
Líderes de verdade não temem a incerteza, mas a encaram como uma oportunidade para inovação e crescimento.
Assumir riscos estratégicos, desde que bem dimensionados, pode levar a avanços para a empresa e conquistas individuais.
Líderes C-level que dominam essa habilidade têm o que é preciso para impulsionar a inovação e identificar oportunidades de mercado.
Assim, eles podem guiar a organização para alcançar seus objetivos no longo prazo, estimulando o avanço constante e a melhoria contínua.
Cargos C-level não são para qualquer um, mas qualquer um pode se tornar um gestor nesse nível, se estiver bem preparado.
A formação acadêmica faz parte dessa preparação, até porque, como aponta uma pesquisa da Preply, 34,6% dos CEOs têm mestrado ou doutorado.
Nessa jornada, conte com a FIA Business School para se tornar um autêntico líder nas empresas em que vier a trabalhar.
Conheça o MBA Executivo Internacional da FIA e prepare-se para ser um líder capacitado para atuar no contexto global de negócios.
Referências:
https://www.bloomberglinea.com.br/2023/06/25/a-geracao-z-tambem-quer-ser-ceo-a-diferenca-e-o-caminho-para-chegar-la/
https://www.estadao.com.br/economia/sua-carreira/eleicao-inflacao-e-retencao-de-talentos-o-que-tem-tirado-o-sono-dos-ceos-de-grandes-empresas/
https://epocanegocios.globo.com/Profissionais-50/noticia/2022/07/os-ceos-estao-beira-do-burnout.html
https://www.terra.com.br/economia/meu-negocio/ceos-revelam-seus-maiores-desafios-em-2022-e-licoes-para-2023,bbf951c0659443ed519a583fb9e89eebkvior3wj.html
https://www.convergenciadigital.com.br/Carreira/CFO%3A-o-dono-do-cofre-que-diz-nao-a-tecnologia%2C-esta-fora-do-jogo-63800.html
https://eco.sapo.pt/entrevista/faz-parte-da-lideranca-ter-atitude-ter-uma-posicao-clara-ser-transparente-nao-se-esconder-atras-de-subterfugios/
https://www.rscorp.com.br/cto-e-peca-chave-na-evolucao-do-digital/
https://economia.ig.com.br/2022-02-27/ceo-grande-empresa-onde-estudar.html
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