Já pensou em fazer um teste vocacional?
Simples e dinâmico, esse questionário pode ser de grande auxílio em momentos específicos, como na hora de definir os rumos da sua carreira.
Além disso, testar sua aptidão ajuda a diminuir o estresse, tão comum entre alunos que planejam prestar vestibular em breve.
E a razão é simples: sabendo qual a direção mais alinhada ao seu perfil, você elimina uma das preocupações nesse momento, e pode se dedicar aos estudos com tranquilidade.
Pensando nisso, preparamos este guia com tudo o que você precisa saber sobre teste vocacional, incluindo dicas certeiras para escolher um curso que realmente tenha a ver com seu propósito de vida.
Veja os tópicos que serão abordados a partir de agora:
Ficou interessado? Então, siga com a leitura.
Teste vocacional é um conjunto de questões e avaliações que servem para descobrir suas principais características psicológicas e indicar uma carreira que combine com elas.
Os questionários podem ser formados por questões abertas ou fechadas (de múltipla escolha), de acordo com o método e o tipo de análise desejada.
Inicialmente, testes vocacionais eram aplicados somente por especialistas ou estudiosos do segmento, porém, atualmente, há ferramentas populares respondidas por estudantes de forma espontânea.
Elas são fruto da lógica digital, que disponibiliza sites, algoritmos e programas que coletam as respostas automaticamente, possibilitando a auto avaliação de modo simples e rápido.
O teste vocacional é produto da evolução da área de orientação profissional, que aplica conceitos da psicologia para apoiar e direcionar decisões de carreira.
Apesar de parecer um tema novo, existem registros sobre o surgimento da orientação profissional ainda na primeira metade do século XX, quando Frank Parsons conduziu estudos no Vocational Bureau of Boston.
A área começou a receber atenção porque era preciso aumentar a eficiência da mão de obra que atuava na indústria, enfrentando um cenário adverso, pois não havia normas de direito trabalhista.
Inspirado em conceitos da Psicologia e Pedagogia, Parsons propôs três pilares que devem nortear a orientação profissional de qualquer pessoa.
São eles:
Suas ideias exerceram influência sobre diversas linhas de pensamento, a exemplo da Teoria do Traço e Fator, que parte de um procedimento racional e objetivo para a escolha da carreira.
Após os anos 1950, foram criadas outras teorias de orientação profissional, que também forneceram material para a concepção de testes, incluindo os vocacionais.
Décadas atrás, era natural que as pessoas seguissem a profissão dos pais ou assumissem o negócio da família.
Indivíduos de origem humilde dificilmente conseguiriam cursar uma faculdade, por isso, era comum que aprendessem um ofício junto a vizinhos e conhecidos.
Assim, os fatores externos tinham grande peso em sua vida profissional, determinada de acordo com as opções a que tinham acesso.
Mas esse cenário mudou drasticamente, à medida em que a sociedade evoluiu e o mercado passou a demandar diferentes tipos de profissionais, além do aperfeiçoamento constante de processos dentro das empresas.
A busca por mais eficiência e produtividade levou à ascensão de novas profissões, ao mesmo tempo em que governos e organizações democratizaram o acesso a instituições de Ensino Superior.
Mesmo as classes mais pobres começaram a vislumbrar um oceano de possibilidades para sua carreira.
Por um lado, esse fato é extremamente positivo, já que as pessoas se depararam com mais opções na vida profissional.
Porém, as dúvidas quanto ao caminho a seguir também aumentaram.
Daí a importância de ferramentas como o teste vocacional.
Embora ele não deva ser usado como única referência no momento de escolher a carreira, é um mecanismo útil para eliminar as áreas que não combinam com o perfil do candidato.
Quando bem aplicado, também dá suporte na descoberta da vocação, o que facilita a satisfação na vida profissional.
O teste vocacional funciona como um guia para descobrir suas aptidões, características, propósito e interesses.
Para isso, pode ser feito em uma ou mais etapas, com ou sem a presença de um especialista em orientação profissional.
Quando há esse acompanhamento, o teste se torna mais completo, sendo composto por ferramentas que vão além dos questionários.
Entrevistas, dinâmicas e outras atividades podem formar uma avaliação ampla.
Mas, mesmo quem não tem acesso a esse suporte pode se beneficiar dos testes vocacionais, colocando seu raciocínio, memória e características à prova.
Basta se propor a responder a algumas questões com seriedade, revelando suas preferências e expectativas quanto à carreira.
Em um mundo ideal, cada aluno reconheceria sua aptidão profissional ainda na escola e teria condições de escolher o curso de graduação com facilidade.
No entanto, não é isso que acontece com a maioria dos estudantes, especialmente na fase pré-vestibular.
Ainda durante a adolescência, eles se deparam com uma pressão por parte de pais, familiares e colegas para definir o rumo de sua carreira.
Claro que há aqueles que não sofrem tanta pressão externa, mas também existe a cobrança interna por uma decisão sobre o que fazer depois da formatura do Ensino Médio.
Afinal, o trabalho é uma das partes mais relevantes da vida humana, que costuma consumir muito tempo, exigir esforço e garantir o sustento.
A vida profissional também é fonte de inspiração, realização ou frustração.
Portanto, investir em uma escolha assertiva da carreira é de extrema importância.
E o teste vocacional é uma das formas mais simples, rápidas e acessíveis de obter orientação profissional.
Você não perde nada por usar essa ferramenta.
Pelo contrário: ganha em autoconhecimento e apoio para tomar sua decisão com mais segurança.
Como falamos acima, o teste vocacional não pode ser considerado a única referência na escolha da carreira, principalmente quando é feito apenas um questionário.
Dependendo do conceito por trás das perguntas, ele terá uma série de limitações que precisam ser consideradas pelo candidato, começando pela visão de mundo de cada um.
Por mais que alguém se encaixe em determinado perfil, isso não significa, necessariamente, que ela deva seguir por esse caminho.
Imagine, por exemplo, que você faça um teste e as questões mostrem afinidade com uma carreira na área de Exatas.
O fato de ser bom em matemática, por exemplo, não quer dizer que você tem vontade de trabalhar com números o dia todo, mesmo que o teste vocacional faça essa recomendação.
O mais sensato, então, é usar o resultado do teste como um auxílio para a escolha da profissão, e não como um fator decisivo.
Afinal, essa ferramenta eleva o autoconhecimento, evidenciando suas preferências e fazendo uma correlação entre elas e as áreas e profissões disponíveis no mercado de trabalho.
Ao escolher um curso de graduação, leve em conta seus interesses, a situação do mercado de trabalho e as características do curso.
Seus interesses pessoais devem ter grande peso nessa decisão, já que a ideia é que você atue na área na qual será formado.
Por isso, procure descartar aquelas profissões que não motivam ou não estão alinhadas ao seu propósito.
Alguém que levanta a bandeira da alimentação orgânica, por exemplo, dificilmente vai ser feliz trabalhando no desenvolvimento de agrotóxicos, pois suas atividades servirão a objetivos com os quais ela não concorda.
Depois de selecionar um ou mais cursos que lhe agradem, confira a grade curricular, porque ela pode envolver assuntos diferentes daqueles que você espera.
Outro tema de interesse é a situação do mercado de trabalho, que vem passando por transformações em ritmo acelerado.
O resultado é a provável extinção de profissões em um futuro próximo, assim como a criação de posições inovadoras.
Para se ter uma ideia, um levantamento da consultoria Ernst & Young aponta a substituição de um terço dos postos de trabalho por máquinas, algoritmos e inteligência artificial até 2025.
Cargos focados em atividades operacionais – operadores de caixa, trabalhadores rurais, digitadores, etc. – serão os maiores prejudicados, então, pense bem antes de apostar em uma carreira nessa linha.
A Ernst & Young também listou novas profissões que logo estarão em alta. Confira:
O curso de Administração forma gestores – profissionais generalistas capacitados para conduzir empresas, departamentos e equipes de modo eficiente.
Eles adquirem conhecimentos sobre planejamento, organização, controle e liderança para obter bons resultados.
Se você está em dúvida sobre a afinidade com esse curso e carreira, uma dica é verificar se tem o perfil do profissional de administração, que engloba:
Lembre-se de que não é obrigatório contar com todas essas habilidades para ser um administrador de sucesso.
Muitas delas podem ser desenvolvidas ou aperfeiçoadas durante a graduação e as primeiras experiências profissionais.
Contudo, é importante ter afinidade e o desejo de desenvolver esses atributos para ingressar em uma área que realmente lhe interesse.
De um jeito simples, podemos definir a vocação como aquela afinidade ou aptidão para determinada carreira.
Descobrir a vocação não é uma tarefa fácil, pois envolve a satisfação de necessidades pessoais e o alinhamento a um propósito ou missão.
Porém, essa é uma tarefa relevante quando desejamos trabalhar em um segmento que, além de dinheiro, nos acrescente algo de valor – aprendizado, novas experiências, prestígio, etc.
Para encontrar sua vocação, vale apostar no autoconhecimento, buscando aquilo em que você é bom, te proporciona satisfação e, ao mesmo tempo, contribui com sua missão pessoal.
Um médico realizado profissionalmente, em geral, se interessa pela anatomia e funcionamento do corpo humano, gosta de cuidar de pessoas e acredita ser importante ajudar o próximo.
Já um músico pode ter facilidade para tocar um instrumento, gostar de compartilhar suas impressões através de sons e acreditar que a arte contribui para tornar as pessoas mais humanas e felizes.
Quanto mais autoconhecimento você tiver, mais próximo estará de descobrir sua vocação profissional e se tornar um profissional satisfeito.
A escolha do curso superior é um dos passos importantes na sua trajetória profissional, porque vai dar a base necessária para você iniciar a carreira.
Além disso, cursar a faculdade exige dedicação, tempo e esforço durante alguns anos, o que aumenta a pressão – interna e externa – para que a decisão seja tomada de maneira assertiva.
Mas, se você está confuso sobre a melhor graduação, não se preocupe.
A seguir, reunimos dicas para deixar essa escolha mais leve, simples e certeira.
Uma das primeiras perguntas a fazer a si mesmo é: quais são minhas habilidades mais marcantes? Que tarefas eu consigo executar com excelência?
Apesar de suas preferências serem relevantes, deixe-as de lado nesse momento e procure anotar todas as atividades que você faz bem, com atenção especial àquelas em que se destaca.
Vale recordar feedbacks positivos que você já teve, consultar amigos e familiares e considerar as matérias com que se dá melhor na escola.
Avalie, também, seu desempenho em tarefas do dia a dia.
Mencionamos, nos tópicos anteriores, que ter habilidade para determinada área não significa que a valorizamos ou devemos apostar nela.
Se considerar apenas os seus talentos, você pode cair em uma armadilha e acabar na profissão que não lhe traz felicidade.
Óbvio que, mesmo no seu trabalho dos sonhos, haverá tarefas de que não vai gostar, mas elas devem ser minoria na sua rotina.
Por isso, não escolha um curso pensando apenas nos seus atributos, mas em uma combinação entre eles e aquilo que lhe traz realização.
Após investir em autoconhecimento, é recomendado fazer um teste para ajudar a delimitar sua área de atuação.
Dentro desse contexto, o teste dará suporte para descartar os setores com os quais você tem menos afinidade e evidenciar aqueles que mais combinam com o seu perfil profissional.
Com o resultado do teste em mãos, você vai ter mais clareza sobre os segmentos e profissões de interesse.
Então, poderá pesquisar para conhecer o dia a dia dessas posições, oportunidades e como é o mercado de trabalho.
A instituição de ensino precisa ser aprovada pelo Ministério da Educação e oferecer conteúdos relevantes para o mercado de trabalho.
Portanto, verifique sua reputação e as opções para as profissões que você achou atraentes.
Bem avaliada nos principais rankings de educação, a FIA (Fundação Instituto de Administração) é uma opção para quem deseja cursar uma graduação em Administração e Negócios atual e dinâmica.
Clique aqui para saber mais.
Não se prenda às divisões de disciplinas na escola.
Antes de se matricular em um curso, confira se a grade curricular está de acordo com suas aptidões e com o que você deseja aprender.
Se a ideia é compreender a rotina e os desafios de uma profissão, conversar com pessoas que já atuam nesse setor é uma boa pedida.
Experientes, elas vão te ajudar a construir uma opinião sobre sua profissão – e avaliar prós e contras.
Depois de escolher seu curso e profissão, faz sentido montar um plano de carreira, que servirá como guia para seus próximos passos.
Para começar, vale se perguntar como e onde você deseja estar daqui a cinco anos.
Procure dar uma resposta específica, por exemplo, “daqui a cinco anos, serei coordenador do Departamento de Recursos Humanos da multinacional X”.
Isso vai te ajudar a visualizar esse projeto e encontrar os motivos para ele.
Por exemplo: porque eu valorizo posições de liderança, gosto de trabalhar em equipe e considero essa multinacional um bom lugar para começar minha carreira.
Em seguida, faça um esboço que mostre um caminho entre seu estado atual e aonde você deseja chegar, de forma que consiga identificar as etapas necessárias para atingir esse alvo.
Essas etapas correspondem às suas metas, ou seja, os trechos que precisam ser percorridos para atingir seu objetivo.
Use ferramentas para lapidar suas metas, tornando-as alcançáveis, como a técnica SMART.
Segundo esse método, uma meta deve ser:
O teste vocacional é uma ferramenta importante dentro da orientação profissional, pois sugere caminhos e carreiras com que o candidato tem afinidade.
Dessa forma, fica mais fácil eliminar dúvidas e tomar uma decisão assertiva ainda no início da vida profissional, como explicamos neste artigo.
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