Conhecer qual o papel das empresas no desenvolvimento sustentável é posicionar-se não só como gestor, mas como cidadão consciente.
Também é uma forma de melhorar a performance nas vendas, principalmente no varejo.
Em segmentos como o de vestuário, por exemplo, 87% dos consumidores preferem comprar de marcas que adotam práticas sustentáveis.
A importância da sustentabilidade nas empresas é tanta que existe até um índice na bolsa de valores só para empresas desse tipo, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).
Seguindo em frente na leitura, você vai entender o que isso significa para os negócios, vantagens e desafios para se tornar uma empresa sustentável de fato.
Confira os tópicos que vamos abordar:
Continue lendo e descubra qual o papel das empresas no desenvolvimento sustentável!
O desenvolvimento sustentável é um modelo de crescimento que satisfaz as necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir as suas.
Suas práticas garantem que os recursos naturais sejam utilizados de forma responsável e consciente.
Mas a sustentabilidade empresarial não é uma teoria, sendo preciso demonstrá-la com ações reais.
Para isso, o desenvolvimento sustentável se apoia em três pilares:
O papel das empresas no desenvolvimento sustentável é central.
Afinal, são elas que exploram os recursos naturais, gerando impactos ambientais que podem comprometer a continuidade da vida se não forem mitigados.
A importância da sustentabilidade nas empresas deixou de ser uma questão acessória, passando a compor a agenda de prioridades, tal como as questões financeiras e de gestão.
Para isso, elas precisam levar adiante uma série de iniciativas e medidas, tomando a frente em questões que envolvam o uso e a fiscalização da exploração de matérias primas e commodities.
Confira na sequência quais são as mais importantes.
Os processos de fabricação precisam ser cada vez mais eco friendly e o mais isentos de emissões de carbono quanto possível.
Isso faz com que as empresas tenham que investir constantemente em novos métodos, técnicas e ferramentas que permitam lançar no mercado produtos sustentáveis.
É disso que se ocupam as empresas que desenvolvem a chamada tecnologia verde, uma vertente do segmento tecnológico focada em criar soluções ambientalmente responsáveis.
Responsabilidade social corporativa (RSC) é uma abordagem empresarial que integra práticas éticas e sustentáveis nas atividades produtivas.
As empresas pautadas pela RSC assumem a responsabilidade de adotar medidas para beneficiar a sociedade, como ações ambientais, sociais e de governança, além do compromisso com o bem-estar dos funcionários, clientes e comunidade.
O objetivo é reduzir impactos negativos no meio ambiente e contribuir para o desenvolvimento e justiça social.
Essa prática visa ir além do lucro e gerar valor a longo prazo, fortalecendo a reputação da empresa, melhorando sua relação com stakeholders e promovendo um impacto positivo na sociedade.
Não precisamos especular muito sobre qual o papel das empresas no desenvolvimento sustentável quando o problema principal são as emissões de carbono e poluentes.
Esse é, inclusive, um dos compromissos assumidos pelos governos que participaram das últimas cúpulas mundiais pelo meio ambiente, com destaque para a COP 27, da qual falamos por aqui.
Levar adiante as medidas estabelecidas para diminuir a pegada de CO2 deve ser uma prioridade para todas as nações, e as empresas fazem parte disso.
Elas podem e devem dar o exemplo, produzindo com impacto ambiental nulo ou reduzido, além de estimular o consumo ambientalmente responsável.
A sustentabilidade empresarial começa pelo uso consciente dos recursos naturais disponíveis.
Nesse aspecto, as empresas podem gerenciar o uso de recursos naturais adotando práticas sustentáveis e inovadoras que minimizem o impacto ambiental.
Elas podem implementar processos produtivos limpos para reduzir o consumo de água, energia e matérias-primas, além de investir em tecnologias verdes e na reciclagem de resíduos.
O uso de energias renováveis e a gestão responsável de resíduos industriais também contribuem para a preservação ambiental.
Além disso, vale apostar em práticas de economia circular, como reutilização e reciclagem, que ajudam a prolongar a vida útil dos recursos.
O papel das empresas no desenvolvimento sustentável vai além das práticas do dia a dia, afinal, é necessário pensar no futuro.
Para isso, elas podem adotar tecnologias limpas, como fontes de energia renovável e materiais recicláveis, contribuindo para minimizar resíduos e emissões.
Visando a inovação, as parcerias com startups, universidades e outras organizações podem fomentar o desenvolvimento de soluções inovadoras.
A implementação de metodologias ágeis também é um caminho para adaptar processos e reduzir impactos ambientais, resultando em benefícios tanto para o planeta quanto para o próprio negócio.
A economia circular está em voga e tudo indica que esse é um bom negócio para as empresas, para os consumidores e principalmente para o planeta.
Dá bons resultados investir em design de produtos mais duráveis e recicláveis, priorizando materiais que possam ser reutilizados ou compostados ao fim da vida útil.
Esse modelo econômico também pode ser estimulado com programas de logística reversa para coleta e reaproveitamento de produtos descartados.
Pelo prisma socioeconômico, é fácil identificar qual o papel das empresas no desenvolvimento sustentável: promover a justiça e a equidade por meio de condições de trabalho dignas.
Elas podem fazer isso implementando políticas de remuneração justa, garantindo que os salários sejam adequados e proporcionais às funções desempenhadas.
Outra obrigação é proporcionar um ambiente de trabalho seguro, saudável e respeitoso, com medidas que previnam discriminação, assédio e exploração.
Não menos importante, os horários de trabalho devem ser equilibrados, de modo a respeitar os direitos dos trabalhadores.
Vale, ainda, investir em capacitação, dando oportunidades de crescimento na carreira e para fomentar a inclusão e o bem-estar.
O papel das empresas no desenvolvimento sustentável passa também pela educação.
Elas devem liderar o processo de mudança, que, para ser efetivo, precisa contar com a participação de todos.
No contexto empresarial, essa mudança começa pelo desenvolvimento de uma cultura de aprendizado contínuo e de comunicação aberta.
Cabe às empresas oferecer treinamentos, workshops e programas de desenvolvimento pessoal e profissional para expandir o conhecimento e as habilidades de seus colaboradores.
A importância da sustentabilidade nas empresas só deixa de ser teoria quando elas aderem a soluções reais.
Uma maneira de chegar a esse objetivo é promover a sustentabilidade aderindo a programas internacionais e padrões reconhecidos.
A adesão ao Pacto Global da ONU, por exemplo, tem como meta incentivar práticas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovendo igualdade, preservação ambiental e boas práticas de trabalho.
A certificação ISO 14001, focada em gestão ambiental, é outro padrão internacional que ajuda empresas a reduzir seus impactos ecológicos.
Temos ainda iniciativas como a B Corp, que certificam empresas comprometidas com impacto socioambiental positivo, sem contar os programas de neutralidade de carbono que visam compensar emissões.
O desenvolvimento sustentável requer uma mudança profunda não só nos métodos e processos, mas na cultura e mindset empresarial.
Essa mudança de mentalidade requer um esforço constante para dar mais transparência em relação ao que a empresa faz em prol do meio ambiente.
Os relatórios de sustentabilidade parecem dar bons resultados nesse sentido, já que detalham práticas ambientais, sociais e de governança (ESG), permitindo que investidores, clientes e a comunidade acompanhem os impactos e os avanços da empresa em direção à sustentabilidade.
Nas empresas que utilizamrelatórios alinhados com padrões internacionais (como GRI ou SASB) é mais fácil identificar áreas de melhoria, facilitando assim o processo decisório.
Como vimos, o desenvolvimento sustentável depende da participação de todos.
As empresas podem dar o impulso necessário para isso, formando parcerias estratégicas com governos, ONGs, universidades e outras empresas.
Elas visam estimular o compartilhamento de recursos, conhecimento e tecnologia para enfrentar desafios ambientais e sociais trabalhando em conjunto.
Ao trabalhar com ONGs, uma empresa pode implementar programas de reciclagem, conservação de recursos naturais ou desenvolvimento de infraestrutura sustentável em comunidades locais.
As parcerias também incentivam a inovação, como o desenvolvimento de novos produtos ecológicos.
Além de contribuir para o crescimento sustentável, esse tipo de iniciativa fortalece a reputação da empresa, ao demonstrar compromisso com a responsabilidade social e ambiental.
No nível da gestão, saber qual o papel das empresas no desenvolvimento sustentável significa identificar também os benefícios em desempenhar essa função.
Talvez o melhor exemplo disso sejam as empresas que compõem o ISE, que juntas respondem por 54,2% do valor negociado pela bolsa de valores.
Os benefícios de integrar práticas sustentáveis, como veremos a seguir, vão muito além da contribuição em termos ecológicos.
Está cada vez mais claro que ser sustentável é um bom negócio, sendo essa uma postura que pode aumentar a lucratividade e reduzir custos operacionais.
Confira na sequência outras vantagens de trabalhar dessa forma.
Como mostra um relatório da Ibovespa, empresas que fazem parte do ISE “apresentam valor de mercado de 10% a 19% maior do que o grupo de controle correspondente”.
Essa é uma prova inequívoca de que ser sustentável gera lucros, e isso vale também para empresas de pequeno e médio porte.
Nem precisa adotar medidas muito complexas para isso. Poupar energia elétrica, por exemplo, já é um bom começo.
Outra aposta que parece ser bastante segura é explorar o mercado de produtos eco friendly, abrindo mais oportunidades de geração de receitas.
A sustentabilidade empresarial é um meio para melhorar a reputação e a imagem de uma empresa perante o mercado e seus stakeholders.
É o que diz uma pesquisa publicada no site Nós, segundo a qual 74% das empresas adotam a sustentabilidade com esse objetivo.
Tudo leva a crer que ele é alcançado, já que 70% dos brasileiros preferem comprar produtos de empresas com comprometimento ambiental.
Portanto, a empresa que quiser ter a sua marca consolidada precisa investir em práticas de desenvolvimento sustentável e ecologicamente responsáveis.
Tendo em conta os benefícios que vimos até aqui, o desenvolvimento sustentável pode ser, além de mais lucrativo, uma chance de explorar novos mercados e expandir os que já estão sendo explorados.
Empresas que fazem a sua parte são mais bem vistas, o que é sempre um fator decisivo para estimular a propaganda boca a boca.
Isso para não falar do acesso a novas linhas de investimentos, principalmente pela atração de investidores focados em empresas que adotam práticas “verdes”.
Outra forma de expandir é por meio da captação de recursos e incentivos governamentais para empresas que comprovam ser ambientalmente responsáveis.
Tornar-se sustentável é um processo que demanda tempo e investimento.
Por isso, um dos desafios na implementação de práticas sustentáveis é o potencialmente alto custo inicial de alguns métodos e práticas.
Há ainda, em certos casos, alguma resistência à mudança organizacional, em razão da falta de conhecimento e capacitação.
Isso para não falar das dificuldades na mensuração de resultados e na adaptação de cadeias de suprimentos, sempre um desafio quando se atua em um novo mercado.
O papel das empresas no desenvolvimento sustentável é, como já vimos, o de educar e preparar as gerações futuras.
Como instituição de ensino de excelência, a FIA já está fazendo a sua parte, capacitando os líderes que vão levar as empresas a novos patamares de sustentabilidade.
Seja você a liderança que as empresas buscam, formando-se no curso de extensão ESG (ASG) – Riscos e Oportunidades.
É a sua chance de ingressar em um mercado em crescimento e aproveitar as melhores oportunidades de crescimento na carreira!
Conheça outros cursos de ESG da FIA
Entender qual o papel das empresas no desenvolvimento sustentável é o primeiro passo para exercer a cidadania.
Para líderes e gestores, é uma forma de se posicionar em um mercado cada vez mais engajado com as causas ambientais e planetárias.
Você pode ser parte da solução, cobrando, fiscalizando as empresas e adotando práticas sustentáveis.
Leia também os conteúdos que publicamos aqui, no blog da FIA, para ser não apenas mais um, mas para formar opinião.
Referências:
https://www.cnnbrasil.com.br/lifestyle/87-dos-consumidores-preferem-comprar-roupas-de-marcas-sustentaveis-diz-estudo/
https://www.b3.com.br/pt_br/market-data-e-indices/indices/indices-de-sustentabilidade/indice-de-sustentabilidade-empresarial-ise-b3.htm
https://exame.com/esg/ise-b3-indice-de-sustentabilidade-empresarial-tem-recorde-de-participantes/
https://www.b3.com.br/data/files/B4/21/36/81/AF005610BE423F46AC094EA8/Apresentacao-ISE-Julho-2018.pdf
https://nos.insightnet.com.br/74-das-empresas-brasileiras-adotam-sustentabilidade-para-reforcar-imagem-e-reputacao/
https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/70-dos-brasileiros-preferem-comprar-produtos-de-empresas-com-comprometimento-ambiental
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