Você pode não notar, mas está envolvido o tempo todo em microeconomia e macroeconomia.
Esses dois conceitos complementares permeiam as relações comerciais e produtivas em todos os setores da sociedade.
Isso se aplica a pessoas físicas e às empresas, que naturalmente também fazem negócios entre si.
O conhecimento sobre esses dois conceitos é indispensável para profissionais de áreas como economia, contabilidade, administração e finanças.
É também útil para qualquer pessoa saber a diferença entre microeconomia e macroeconomia, já que estamos constantemente lidando com seus termos.
A taxa básica de juros, por exemplo, é um fator micro ou macroeconômico para você?
Se ficou em dúvida para responder, fica a sugestão para ampliar seus conhecimentos com a leitura dos seguintes tópicos:
Acompanhe até o final e entenda o que é microeconomia e macroeconomia, os objetivos de cada uma e muito mais!
Microeconomia e macroeconomia são grandezas que definem o nível de abrangência de um sistema, transação, fator ou indicador econômico.
Se estamos falando de um imposto municipal, por exemplo, estaremos lidando com um fator microeconômico, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é um indicador macroeconômico.
Esse simples exemplo de microeconomia e macroeconomia é ilustrativo, mas ainda não esgota o assunto.
Afinal, o que é micro pode influenciar o macro, e vice-versa, dependendo da perspectiva adotada.
O orçamento doméstico, nesse caso, é um assunto microeconômico, se comparado com um imposto estadual.
Existem ainda outras diferenças entre as duas abordagens, algumas das quais vamos conhecer a seguir.
A macroeconomia é a abordagem usada para análise e estudo de fatores econômicos que afetam grandes contingentes.
Por sua vez, a microeconomia lança um olhar sobre as ações individuais, seja de pessoas ou de empresas e que sendo assim têm consequências apenas sobre seus agentes.
Portanto, a diferença entre microeconomia e macroeconomia, além da abrangência, está em sobre quem recaem os resultados dos fatores e ações avaliadas.
Como vimos, o PIB é considerado um indicador macroeconômico porque ele afeta direta e indiretamente todos os cidadãos brasileiros.
Já uma compra a prazo realizada em uma loja de departamentos só terá consequências sobre o consumidor que fez a operação e o próprio estabelecimento.
Por serem disciplinas curriculares e campos de estudo, existem fundamentos de microeconomia e macroeconomia intrínsecos a cada um desses conceitos.
O de oferta e demanda, por exemplo, é um conceito microeconômico porque trata de analisar como a oferta influencia a demanda em um mercado específico.
No caso da inflação, temos um conceito e um indicador macroeconômico porque indica o aumento de preços para um grande número de pessoas.
Outro conceito em microeconomia é a chamada teoria do consumidor, que foca nas estratégias e motivadores que levam as pessoas a reservar parte de sua renda para determinados gastos.
Um dos conceitos — e também um indicador — macroeconômico que ajuda a entender esse comportamento é o desemprego, que mede a parcela da força de trabalho não ocupada ou em busca de ocupação.
Ainda que possamos não nos dar conta, estamos diariamente pensando ou tendo que lidar com algum assunto relacionado à microeconomia e macroeconomia.
Quando vamos ao supermercado, por exemplo, precisamos sempre avaliar e calcular o que comprar para não “estourar” o orçamento.
Ou seja, precisamos pensar e agir de acordo com a lógica da microeconomia.
Mas, se ampliamos o quadro e passamos a considerar não o gasto individual, mas o das famílias nos supermercados, então o assunto passa para o campo da macroeconomia.
De certa forma, é como se ambos os conceitos estivessem ligados, um explicando o outro em vários dos seus aspectos.
Um bom exemplo de microeconomia e macroeconomia que ajuda a entender isso é a relação de causa e efeito entre taxa de juros (macroeconomia) e consumo (microeconomia).
Normalmente, quando os juros caem o consumo cresce, enquanto o aumento nos juros faz com que os preços aumentem, levando as pessoas a comprarem menos.
Os conceitos são também fundamentos de microeconomia e macroeconomia, usados para explicar os fatos e fenômenos econômicos.
A elasticidade, por exemplo, é um fundamento microeconômico porque ajuda a entender o quanto a demanda é afetada por mudanças nos preços ou condições de compra.
Mas se pararmos para analisar os movimentos dos ciclos econômicos, estaremos lidando com um fundamento em macroeconomia que estuda as variações nas atividades econômicas.
O mesmo se aplica à política monetária, que é o controle da emissão de papel moeda pelo Banco Central do Brasil, usada para controle da inflação em certos casos.
Mas se quisermos analisar como um mercado se encontra em relação ao seu equilíbrio, então teremos que evocar o fundamento microeconômico do equilíbrio de mercado para sua compreensão.
Ao chegar até aqui, pode ser que você ainda se questione sobre qual a importância da microeconomia e macroeconomia.
Uma possível resposta para isso é considerar os objetivos de cada uma dessas grandezas, bem como a relação entre elas.
Sendo parte de um todo, a microeconomia forma a base de onde se extraem os dados utilizados nas análises macroeconômicas.
Portanto, não se pode formar um quadro macro se, antes, não houver um conjunto de informações e indicadores no nível micro.
A análise macroeconômica, por sua vez, tem como objetivo principal a melhora dos processos decisórios em assuntos que afetam uma economia globalmente.
Esse é o tipo de análise que gestores e líderes de governo fazem quando precisam reduzir a pressão inflacionária, aumentar a oferta de empregos ou captar recursos do estrangeiro.
Como é de se esperar, na microeconomia, as decisões dizem respeito apenas aos indivíduos, famílias ou empresas.
Logo, um de seus objetivos é entender os impactos dessas decisões e o que as leva a serem tomadas.
Vimos que os conceitos em microeconomia e macroeconomia são também indicadores.
Eles são usados como parâmetros para avaliar a performance econômica ou para orientar na tomada de decisão em empresas, governo ou individualmente.
O preço talvez seja o indicador mais usual, por ser aplicável tanto em análises micro quanto macroeconômicas.
Já o lucro se aplica em análises microeconômicas, já que diz respeito ao balanço entre despesas e receitas nas empresas e atividades privadas.
O superávit primário seria o equivalente ao lucro no nível macroeconômico, uma vez que representa a diferença entre despesas e receitas de um governo.
Falando nisso, outro importante indicador macroeconômico usado para avaliar a performance de uma economia é a balança comercial.
Ela representa a diferença entre os bens e commodities vendidas por um país ou região e a soma de bens e commodities compradas do exterior.
A microeconomia e a macroeconomia são interdependentes.
A microeconomia foca nas decisões individuais de consumidores e empresas, analisando como alocam recursos escassos e como os preços são determinados no mercado.
Já a macroeconomia estuda o comportamento da economia como um todo, abrangendo fenômenos como inflação, desemprego e crescimento econômico.
As interações microeconômicas, como a produção e o consumo, impactam variáveis macroeconômicas, enquanto políticas macroeconômicas, como a taxa de juros ou impostos, influenciam decisões microeconômicas.
Então, podemos dizer que a microeconomia oferece uma base para entender comportamentos individuais, enquanto a macroeconomia contextualiza esses comportamentos no cenário econômico global.
Sem os indicadores microeconômicos, não seria possível avaliar a performance macroeconômica.
Portanto, microeconomia e macroeconomia são também duas faces de uma mesma moeda, uma complementando o sentido da outra.
Já vimos antes qual a importância da microeconomia e macroeconomia tendo em conta os objetivos de cada uma dessas abordagens.
Porém, os objetivos não explicam tudo, afinal, mais do que meios para se alcançar determinados fins, a micro e a macroeconomia estão sempre presentes em nossas vidas.
Ao focar no comportamento de agentes individuais, analisando oferta, demanda, preços e a alocação de recursos, a microeconomia ajuda a tomar decisões econômicas eficientes em nível local e empresarial.
Já a compreensão da macroeconomia é essencial para formular políticas públicas e analisar o impacto de eventos globais.
Isso se deve ao estudo da economia como um todo, abordando aspectos como crescimento econômico, inflação, desemprego e políticas governamentais.
Juntas, microeconomia e macroeconomia permitem uma visão ampla e detalhada da economia, auxiliando tanto indivíduos quanto governos na tomada de decisões.
Pelo que vimos até aqui, pode-se afirmar com segurança que ninguém vive alheio ao que se passa na microeconomia e macroeconomia.
Cada uma desempenha um importante papel para o desenvolvimento social, dando subsídios para decisões pessoais, empresariais e governamentais.
Desconhecer a relevância dos fatores econômicos, sejam eles quais forem, é uma forma de permanecer alheio ao que acontece na sociedade.
Pessoas que não sabem como a economia gira são menos conscientes enquanto cidadãs, o que coletivamente tem um impacto social negativo, já que suas escolhas tendem a ser pouco esclarecidas.
Veja então como cada grandeza econômica exerce seu próprio impacto nas sociedades e de que forma contribuem para o seu progresso.
Uma microeconomia regulada começa pela avaliação do que acontece no nível macroeconômico.
O nível de poupança, embora seja um fator macroeconômico, depende das decisões das pessoas no dia a dia.
Será a soma dessas decisões que vão determinar se a economia de um estado ou país vai bem ou mal.
No mercado de investimentos, por exemplo, existe o chamado “efeito manada” que se caracteriza pelo comportamento individual que se alastra entre os investidores de forma irrefletida.
É mais um exemplo de como a microeconomia pode impactar a sociedade, independentemente do tipo de indicador econômico com que se esteja lidando.
A microeconomia é importante, mas sem os indicadores macroeconômicos, o progresso material não seria possível.
É a partir da leitura dos indicadores macro que se pode tomar decisões na esfera dos indivíduos, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas.
Como aponta um artigo do IPEA, o estudo do regime macroeconômico é uma das bases para o desenvolvimento do país.
Sem indicadores macroeconômicos, o governo não teria como saber em que setores está indo bem, tampouco saber onde precisa melhorar.
Por essas razões, a análise e estudo da macroeconomia deve ser um esforço ininterrupto, de modo que se possa controlar os índices econômicos, permitindo agir sobre eles.
Os cursos de graduação em Economia têm a microeconomia e macroeconomia como disciplinas curriculares obrigatórias.
Dentro delas, os alunos podem ter contato com uma série de tópicos e matérias, tais como:
De qualquer forma, cada instituição de ensino tem a sua própria grade curricular e o que é lecionado em uma pode não ser em outra.
Cabe frisar ainda que microeconomia e macroeconomia, por serem disciplinas extensas, podem precisar de mais de um ciclo de estudos para serem ensinadas.
Na graduação em Economia da FIA, por exemplo, ambas são divididas em partes I, II e III, começando no 2º semestre, indo até o penúltimo período do curso.
Porque não se pode compreender a fundo o que acontece na economia individual e familiar sem saber o que se passa fora de casa.
Em outras palavras: conhecer micro e macroeconomia é fundamental para nos posicionarmos como cidadãos e consumidores conscientes.
Isso para não falar dos profissionais que atuam na área de economia, cujo conhecimento de ambas as disciplinas, como vimos, é obrigatório.
Para quem pretende seguir carreira em economia ou planeja abrir o próprio negócio, faz toda a diferença ampliar a visão sobre os fatores micro e macroeconômicos.
Só assim é possível tomar decisões fundamentadas sobre aspectos como impostos, tributos e para dimensionar com precisão os custos operacionais.
Quem tem um olhar desenvolvido sobre micro e macroeconomia tem, portanto, uma capacidade gerencial muito maior porque conhece as causas e efeitos de suas decisões no nível financeiro e material.
Vimos neste texto que microeconomia e macroeconomia andam de mãos dadas.
Você pode ampliar sua visão sobre o assunto, graduando-se em Ciências Econômicas pela FIA.
Sua carreira ganha um impulso maior em uma escola com mais de 40 anos de tradição e um corpo docente dos mais qualificados do mercado.
Se gostou do texto, leia mais artigos publicados no blog da FIA, atualizados regularmente com conteúdos que ajudam você na vida, nos negócios e no trabalho.
Referências:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Macroeconomia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microeconomia
https://www.redalyc.org/journal/4775/477556753005/html/
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1105/1/td_1677.pdf
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