O Growth Hacking é uma estratégia que todo gestor deve conhecer.
Afinal, ela busca promover um crescimento massivo nos negócios em um curto período de tempo.
E entre aqueles que conduzem um negócio, quem poderia se opor a essa promessa? Isso vale especialmente para quem enfrenta dificuldades para levar a empresa aos resultados.
Imagine-se na situação de estar à frente de um empreendimento que precisa apresentar um avanço considerável em estrutura e faturamento em um curto tempo para garantir o apoio dos investidores.
Esse cenário, que pode parecer desesperador para muitos, acaba sendo comum e até mesmo rotineiro várias muitas empresas, incluindo aí as startups.
Frente a essa demanda, surge uma estratégia de desenvolvimento de negócios capaz de trazer resultados em tempo recorde.
E é sobre elas que vamos falar a partir de agora.
Este artigo vai trazer tudo o que você precisa saber sobre o Growth Hacking, sua definição e como funcionam suas estratégias.
Também iremos apresentar casos onde ele foi aplicado com sucesso por gestores.
Confira os tópicos que fazem parte deste conteúdo:
Quer aprender tudo sobre Growth Hacking? Então, continue a leitura!
Quando falamos de Growth Hacking, nos referimos a um conjunto de ações que vai orientar um crescimento mais rápido do que é tradicional para a maioria empresas.
Essa estratégia é muito utilizada e se tornou uma febre no empreendedorismo de inovação, sendo muito aplicado em startups, no marketing e na área da tecnologia da informação.
Ela tem como objetivo encontrar atalhos (hacks) que possam acelerar o crescimento (growth) dos negócios.
Este, por sua vez, pode estar expresso em um acréscimo no número de unidades, um aumento faturamento ou em reconhecimento de marca.
De fato, a proposta do Growth Hacking é a de subverter a lógica tradicional do desenvolvimento gradual de um empreendimento, encontrando brechas e oportunidades que possibilitam saltos de crescimento.
A metodologia é bastante voltada para experimentação.
Assim, valoriza o conhecimento empírico na hora de tomar as decisões sobre quais estratégias precisam ser descartadas, quais devem permanecer e ainda levantando aquelas que devem ser implementadas.
Na prática, reúne várias ações que, por si só, não representam uma novidade, mas que, se usadas em conjunto, podem trazer resultados surpreendentes.
Quem deseja aplicar o Growth Hacking em seus negócios deve primeiro parar e analisar qual o principal gargalo da empresa, sempre se perguntando: o que poderia ser uma alavanca para o meu crescimento?
Ou ainda: o que, dentro do cotidiano da organização, tem sido um obstáculo, limitando o potencial de expansão dos negócios?
Identificando sua área de foco, será possível levantar possíveis soluções para otimizar a produção, deixando o processo mais rápido, mais fácil ou mais barato.
Para que isso funcione, é preciso estabelecer uma gestão colaborativa, investindo em uma comunicação honesta e construtiva, que seja capaz de ouvir todos e priorizar as melhores ideias.
A partir dos inputs do time, o gestor de Growth Hacking vai elaborar as formas mais simples de desenvolver a prática, simulando todas as hipóteses em um ambiente controlado.
É preciso se certificar de que esses testes sirvam com aprendizado, e que todos possam observar o que deu certo e o que deu errado em cada fase do processo de produção.
Só será possível garantir que os esforços de experimentação valeram a pena se for dedicada uma atenção especial para observar e registrar os sucessos e os fracassos, aprendendo mais a cada passo dado.
O Growth Hacking estará completo se todo esse conhecimento adquirido durante as experimentações servir para implementar novos fluxos, mais eficientes.
Ainda, é importante que todo o aprendizado inspire novos testes, para, assim, garantir uma melhoria contínua e um crescimento constante.
Como metodologia, é verdade que o Growth Hacking pode ser aplicado nas mais diferentes funções e áreas do conhecimento.
Ainda assim, não podemos negar que essa é uma técnica que nasceu do marketing, dentro do departamento da (então) startup Dropbox.
Por isso, não é difícil imaginar como o Growth Hacking pode alavancar o marketing digital de uma empresa.
Isso porque essa é uma área que naturalmente usa muita experimentação e tem o foco no crescimento dos negócios.
O desafio está em transpor essa mentalidade com foco na inovação, que já é característica do marketing, em ações que possam impactar os resultados de diversos ângulos.
Tudo começa por um bom brainstorming, a famosa tempestade de ideias, em um ambiente descontraído, no qual os colaboradores se sintam livres para opinar e sugerir ações.
A partir disso, é preciso estabelecer prioridades dentre essas sugestões que vão inspirar os testes, documentados para possibilitar uma análise posterior.
O teste é, então, realizado em uma escala reduzida, de forma a causar o menor impacto possível na produção, no que foi chamado de Minimum Viable Test (em tradução livre, o teste mínimo viável).
Quando falamos de Search Engine Optimization (SEO), a otimização para os mecanismos de busca na internet, a necessidade de experimentar diversas hipóteses antes de fixar um caminho fica ainda mais evidente.
E percebemos que o processo que convencionou para o SEO é bem parecido com o que manda a metodologia de Growth Hacking.
O ponto de partida é elaborar um planejamento, levantando as estratégias (palavras-chave, neste caso) que serão aplicadas para resultado a curto, médio e longo prazo.
Tendo levantado quais serão os termos de head tail e long tail, começa a fase de experimentação, na qual o conteúdo será produzido e refinado.
A partir do segundo mês, podem começar a aparecer os primeiros resultados de palavras-chave de concorrência mais ampla (head tail) e, com o fim do primeiro semestre, talvez já surjam resultados dos esforços com termos mais específicos (long tail).
Não importa qual seja o resultado (ou a falta de um): o Growth Hacking para o marketing digital será efetivo se o gestor de conteúdo for capaz de analisar dados e, a partir deles, promover mudanças.
O conceito de Growth Hacking nasceu pelas mãos do americano Sean Ellis, que cunhou o termo em 2010.
Ellis iniciou sua carreira como profissional de marketing, mas acabou por inaugurar o departamento de Growth Hacking em sua passagem pelo Dropbox.
Ele percebeu que, para atingir a meta de crescimento da empresa, era preciso buscar novas ferramentas.
Após ter sido o primeiro profissional de marketing do Dropbox e se tornar chefe do departamento na LogMeIn, ele percebeu que deveria existir um termo específico para descrever sua atuação nessas empresas.
Isso porque, sempre que partia para um novo projeto, Ellis sentia dificuldade em encontrar um substituto a sua altura.
A maioria dos currículos que chegavam de profissionais do marketing não tinha a mesma abordagem.
E suas experiências indicavam que outras competências seriam necessárias para preencher a vaga.
Criado dentro da cultura do startup, o Growth Hacking tem uma abordagem analítica para traçar as estratégias e tomar as decisões.
Faz parte do dia a dia do profissional a avaliação constante dos resultados, via métricas de conversão do funil de vendas ou pela boa e velha pesquisa de satisfação qualitativa.
Seu maior objetivo é justamente o crescimento da empresa.
E, para atingi-lo, deve estar disposto a buscar soluções fora de sua zona de conforto.
Para atingir suas metas, ele vai fazer e refazer estratégias e testar inúmeras hipóteses, sempre buscando soluções criativas e de baixo custo para chegar até a inovação.
À primeira vista, alcançar o crescimento proposto pelo Growth Hacking pode parecer uma tarefa assustadoramente difícil, mas é mais fácil do que parece.
Isso porque várias das estratégias dessa metodologia já existiam, e eram postas em prática de maneira isolada antes de o termo nascer.
Reunimos abaixo as sete dicas principais que você precisa saber para alavancar o crescimento da sua empresa.
O primeiro passo para quem deseja alavancar o crescimento de um empreendimento por meio do hacking é preparar a estrutura organizacional.
Estude bem o conceito, aprenda quais são as fases e invista em processos e fluxos de produção bem estruturados, capazes de suportar um crescimento vertiginoso.
Essa preparação deve ter função dupla: oferecer um ambiente propício para a criatividade e experimentação, e também preparar o terreno para conseguir atender o crescimento, quando ele vier, mantendo o padrão de qualidade.
Quem quer crescer dentro do empreendedorismo, não pode dormir no ponto.
Por isso, é importante ter agilidade em sua tomada de decisão, avaliando as tendências e atuando para aplicar as mudanças.
Afinal de contas, de nada adianta fazer diversos testes se o resultado não gerar transformações na prática cotidiana.
Conhecimento estocado não vale de nada e, se você esperar demais, corre o risco de o cenário mudar – e aquele resultado lá de trás perder sua validade.
Na hora de tomar decisões sobre quais estratégias serão adotadas e quais serão descartadas, é preciso ter um panorama completo sobre o que funcionou.
Para que isso aconteça, é preciso ter canais de comunicação integrados, capazes de reunir os feedbacks dos colaboradores para entender o que facilitou de fato o cotidiano e representou ganhos em produtividade.
Neste sentido, também é essencial ouvir seus clientes para entender como tem sido a experiência de compra e pós-compra.
Outra vantagem de uma boa comunicação é que o empreendedor passa a conhecer exatamente quais são as fortalezas e as fraquezas do seu negócio.
A partir disso, ele consegue se antecipar às necessidades de consumo e de produção, prevendo quais podem ser os gargalos e as próximas tendências.
Quando você compreende o raciocínio de quem está produzindo e de quem está consumindo, fica mais fácil se colocar nesses lugares e agir de forma preventiva e proativa.
O marketing de conteúdo se tornou o queridinho do momento – e isso não aconteceu à toa.
A partir da produção de conteúdo vinculado à marca, você cria uma multiplicidade de caminhos que podem fazer o cliente chegar até a empresa.
Esse conteúdo, se otimizado de acordo com as técnicas de SEO, age como isca e permite que a empresa fique “parada”, só esperando que os clientes sejam fisgados.
Para que o marketing de conteúdo funcione de maneira efetiva, porém, é preciso conhecer bem como o consumidor se comporta até chegar na compra.
Para isso, estude bem quem é o seu cliente e ofereça conteúdos com potencial de engajar por serem de seu interesse.
Só quem conhece muito bem sua jornada de compra consegue empregar, com efetividade, ações de remarketing que garantem maior retenção e uma publicidade direcionada para pessoas que já demonstraram interesse pelo produto.
Você já tentou de tudo: preparou a estrutura para agir rapidamente, ouviu os feedbacks e estabeleceu uma estratégia de marketing de conteúdo com SEO, levando em conta a jornada de compra do cliente.
Se ainda assim sente que o crescimento não está vindo na velocidade esperada, chegou a hora de fazer o teste derradeiro: entender como está sendo a experiência do consumidor.
Entre de maneira incógnita em uma prospecção ou considere contratar avaliações de cliente oculto para determinar como o seu produto tem performado, e quais pontos podem ser otimizados para uma melhor experiência.
São muitos os exemplos de Growth Hacking de sucesso, datando antes mesmo do momento em que o termo foi empregado pela primeira vez.
Um dos casos mais notórios vem da rede de fast-food McDonald’s que, nos anos 1950, expandiu nos EUA, aproveitando o boom da indústria automobilística para abrir filiais nas rodovias interestaduais de maior tráfego.
Outro exemplo mais recente, vem das empresas de transporte por aplicativo como Uber e Cabify.
No lançamento, elas costumam oferecer links compartilháveis para que os usuários convidem uns aos outros para ingressar na ferramenta.
A cada novo usuário, tanto o convidado quanto quem convida ganham um crédito que pode ser usado em corridas futuras.
Uma estratégia parecida foi empregada pelo Dropbox, que, no início, liberava espaço para armazenamento de arquivos na nuvem conforme o usuário conseguia convencer seus amigos a se inscreverem na plataforma.
Na origem do Growth Hacking, verificou-se que, para que os resultados viessem rápido, o departamento de marketing precisaria recorrer a diversas outras áreas, como tecnologia, psicologia, gestão de processos e inovação.
Na prática, isso significa que o profissional growth hacker precisa ter o crescimento como objetivo e estar disposto a buscar soluções pouco convencionais para alcançá-lo.
E ele não poupará esforços para atingir sua meta, navegando por vários departamentos e, conforme for preciso, emprestando habilidades e estratégias de outras áreas.
Assim como notou Sean Ellis, para ser um profissional de Growth Hacking não basta ser um especialista em marketing.
Esta é uma área mista, indicada para pessoas vindas também da programação, TI, vendas, tecnologia, engenharia, além do marketing, é claro.
O profissional deve ter um perfil criativo e ser ousado em suas escolhas, pois só assim conseguirá encontrar os hacks (brechas) para o crescimento.
Por ser uma área nova, ainda carece de formação específica, mas já é possível encontrar cursos, especialmente na modalidade de ensino a distância, além de diversos blogs e especialistas que escrevem a respeito.
Na sequência, vamos apresentar sugestões de conteúdos a conferir.
De acordo com o portal Glassdoor (antigo Love Mondays), a média salarial para um profissional de Growth Hacking no Brasil gira em torno dos R$ 4 mil.
Esse valor é calculado a partir de salários reais, submetidos por usuários da plataforma.
Como ainda não existem muitos cursos formais sobre o tema, a maioria dos profissionais aprende por meio de relatos e experiências de outras pessoas da área.
Neste sentido, o blog do Neil Patel é uma ótima referência, com artigos sobre empreendedorismo disponibilizados em cinco idiomas diferentes.
No Brasil, a Rock Content e a Resultados Digitais são duas grandes expoentes do Growth Hacking e sua aplicação no marketing digital.
Apesar de recente, o Growth Hacking ganhou muita força desde que foi apresentado, surgindo como uma estratégia poderosa para promover o desenvolvimento de empresas e marcas em tempo recorde.
A metodologia nada mais é do que um conjunto de técnicas, que por si só não são novidade, mas, quando juntas, são capazes de alavancar o crescimento.
E não é nenhum milagre que vai garantir que a empresa alcance suas metas, mas sim o trabalho duro da tentativa e erro, até achar as melhores soluções.
O profissional dessa área, muitas vezes, vem do marketing, mas precisa ter um conhecimento amplo de tecnologia, empreendedorismo, TI e até mesmo engenharia.
Tudo começa com um bom planejamento e uma estrutura com processos bem definidos, sendo capaz de realizar os experimentos em pequena escala, mas também de promover o crescimento que se almeja alcançar.
Nessa estrutura, é básico contar com uma boa comunicação, que possibilite ouvir e entender a experiência do cliente e também a prática cotidiana do funcionário que atua diretamente na produção.
Essa base é terreno fértil para experimentação, e é dali que vão surgir as ideias capazes de gerar a inovação necessária.
É preciso saber analisar as informações que chegam, seja pelos feedbacks, ou por métricas, pois são elas que vão determinar o sucesso ou o fracasso dos experimentos feitos.
Seja em uma startup ou em uma grande empresa, para um negócio novo ou consolidado, o empreendedor que apostar em estratégias de Growth Hacking só tem a ganhar em excelência e otimização dos resultados.
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