Gestão empresarial é um assunto que interessa a negócios de todos os portes.
Ainda que estejamos falando de uma empresa individual, onde o dono faz tudo sozinho, é imprescindível saber como conduzir ações voltadas ao crescimento sustentável do negócio.
Aliás, especialmente em pequenas e médias empresas, onde por vezes há mais tarefas do que mãos disponíveis para realizá-las, a atenção deve ser redobrada.
Mas se você está ou almeja ocupar um cargo em um grande player do mercado, não pode dispensar esse conhecimento.
Qualquer erro pode abreviar o sonho empreendedor e levar uma boa ideia de negócio ao naufrágio.
É por isso que construímos este artigo com tudo sobre gestão empresarial.
Ao longo da leitura, você terá contato com conceitos, informações e dicas relevantes para qualificá-lo para esse desafio.
Além de conhecer a definição de gestão empresarial, vamos destacar a sua importância, benefícios, ferramentas e muito mais.
Você também vai descobrir como se tornar um gestor bem preparado e quando recorrer a uma consultoria empresarial.
Confira os tópicos deste artigo:
Boa leitura!
Gestão empresarial é uma estratégia de condução de negócios a melhores resultados, partindo de ações que envolvem a organização de processos, o controle das finanças, a administração dos recursos humanos e materiais e tudo aquilo que é essencial para a sua manutenção.
Perceba que estamos falando de um conceito amplo, já que é voltado a todas as áreas da empresa.
E não poderia ser diferente, já que toda empresa é como uma máquina complexa, que depende do funcionamento adequado de todos os seus setores para otimizar o desempenho e alcançar resultados cada vez melhores.
Ser o dono do negócio não significa ser um gestor de empresa.
Para tanto, é imprescindível dominar conceitos e adotar as melhores práticas e ferramentas voltadas à sobrevivência, crescimento e expansão dos negócios.
Não se trata de um luxo, mas de uma necessidade.
Ainda que a empresa na qual o gestor atue seja a única em seu mercado, o que é bastante raro, ela só terá futuro se à frente dela estiver um profissional austero, competente e comprometido.
Do contrário, ela irá patinar perante à concorrência e às instabilidades do mercado, tendo a sua longevidade engolida pelos próprios erros.
No próximo tópico, ao falarmos sobre a importância da gestão empresarial, tudo isso vai ficar mais claro para você.
Os projetos de consultoria da FIA visam auxiliar organizações públicas e empresas da iniciativa privada em várias áreas de atuação
Conheça as áreas de atuação
A gestão empresarial, como vimos, é um conceito abrangente.
Ela se relaciona com a definição de metas, organização de processos, planejamento estratégico, análises de custos, compras, vendas, pagamentos e recebimentos, contratações e demissões, enfim, tudo o que envolve o ambiente de uma empresa.
Cada uma dessas áreas depende de boas práticas específicas de gestão, seja para cuidar melhor das finanças do negócio ou de seus colaboradores, por exemplo.
Mas em sua definição macro, podemos entender que a gestão empresarial não é apenas importante, mas fundamental para conduzir as ações no rumo certo.
Gastar mais do que fatura, manter equipamentos obsoletos, deixar de incrementar esforços de produtividade ou não implantar processos eficientes de cobrança são falhas de gestão que não tardam a cobrar seu preço.
Veja, por exemplo, alguns números recentes da economia no Brasil.
A Pesquisa Demografia de Empresas, divulgada pelo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no final do ano passado, revelou que o país registra mais empresas fechando do que abrindo – e que esse é um movimento que se repete há dois anos.
Em 2015, foram abertos 708,6 mil negócios, enquanto outros 713,6 mil fecharam as portas.
Apesar do desempenho ruim, foi superior ao registrado um ano antes, quando o saldo teve 944 mil empresas fechadas e 726,3 mil abertas.
Especificamente no setor comercial, os dados de 2016 também não foram nada animadores, segundo o IBGE.
Foram 46.322 estabelecimentos encerrando as suas atividades no ano, com redução de 265 mil postos de trabalho.
Mas o que todas essas estatísticas negativas têm a ver com a gestão empresarial?
Infelizmente, a relação é total.
Em suas análises de mercado, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) já destacou em diferentes momentos os principais motivos que levam empreendedores a fecharem as portas.
E as deficiências na gestão empresarial estão sempre no topo do ranking negativo.
Conforme a entidade, mais de 25% dos negócios não chegam ao segundo ano de vida.
Ela aponta como erros comuns o desconhecimento sobre o mercado, incluindo a concorrência, os fornecedores e o público-alvo, assim como falhas no controle financeiro.
Então, ao se perguntar sobre a importância da gestão empresarial, entenda que, sem ela, seu projeto de negócio não dará certo.
Simples e prático assim.
Aplicar a gestão empresarial depende basicamente de planejamento, indicadores de desempenho, tecnologia e qualificação profissional.
É com essas armas que o gestor se torna apto a fazer frente aos desafios, que são diários e inúmeros, exigindo conhecimento e muito jogo de cintura para manter a engrenagem ativa e funcionando bem.
A partir desses princípios fundamentais, todo o entorno se organiza melhor, como iremos destacar agora.
Toda empresa precisa de metas.
Significa definir aonde ela almeja chegar para que seja possível estabelecer os passos para isso.
A necessidade aparece antes mesmo de abrir as portas, no chamado plano de negócio – instrumento que estabelece o passo a passo para tirar a ideia do papel.
Tal compromisso se mantém durante toda a sua existência, muitas vezes exigindo a revisão de processos e ajustes para corrigir possíveis desvios.
Até mesmo medidas difíceis, como fechamento de unidades ou demissões de colaboradores, exigem planejamento para que sejam colocadas em prática.
O objetivo é claro: mitigar riscos, minimizar danos e conduzir o negócio aos melhores resultados.
Há uma frase famosa no marketing, atribuída a Philip Kotler, que diz que “o que não é medido não é gerenciado”.
Ter indicadores de desempenho é uma forma de o gestor avaliar o seu negócio e identificar se ele caminha no rumo certo, em direção à concretização de seus objetivos.
É um instrumento de gestão complementar ao planejamento.
Você pode utilizar indicadores de desempenho de processos, como eficiência, produtividade, qualidade e lucratividade, assim como outros relacionados ao desempenho estratégico.
Nesse último caso, é válido recorrer a ferramentas administrativas, como Análise SWOT, 5W2H e Balanced Scorecard – mais à frente, falaremos mais sobre elas.
A gestão empresarial não é uma tarefa simples, mas já foi bem mais complicada.
Em um passado não muito distante, muitos dos controles e tarefas eram realizados apenas manualmente, tomando tempo e exigindo maior esforço do gestor.
A boa notícia é que a tecnologia evoluiu a ponto de automatizar muitas tarefas.
Hoje, é possível encontrar no mercado diferentes sistemas de gestão empresarial, conhecidos como ERP – Enterprise Resource Planning ou Sistema Integrado de Gestão Empresarial, para os mais variados portes de empresa.
São softwares que conectam as diferentes áreas de um negócio, compartilham informações e oferecem relatórios para análises detalhadas.
Uma venda, por exemplo, pode gerar informação ao financeiro (para cobrança), ao administrativo (para faturamento e emissão de nota fiscal), ao estoque (para saída de item) e para o departamento de compras (para reposição).
Tudo de forma automática.
Isso sem falar no registro da receita no fluxo de caixa, que é uma das mais importantes ferramentas de controle financeiro em qualquer empresa.
Por fim, mas não menos importante, uma boa gestão empresarial depende de ter à frente do negócio profissionais qualificados.
Isso vale tanto para a montagem de um time talentoso, quanto para a definição de supervisores e gerentes preparados para o desafio, sem esquecer da formação do próprio dono do negócio, que por vezes atua solitariamente na empresa.
Cursos técnicos, de graduação e pós-graduação são um requisito obrigatório para quem está diante dessa missão.
Ainda que uma consultoria de gestão empresarial seja contratada e que um bom contador seja figura presente no negócio, o seu gestor não pode abdicar do compromisso e responsabilidade.
E, para isso, ele precisa estar preparado e garantir que as pessoas ao seu redor também estejam.
Há um entendimento comum que engana pequenos e médios empresários, os quais por vezes acreditam que a gestão em negócios desse porte é descomplicada, demandando menos preocupações.
Esse é um erro grave, pois onde o faturamento é menor, os riscos à continuidade das operações se acentuam.
É importante lembrar que as estatísticas do IBGE, sobre as quais já falamos, priorizam esse perfil de empresa, já que elas representam 99% do total de empreendimentos no
país.
Logo, a alta taxa de mortalidade precoce e as frequentes falhas de gestão se direcionam especialmente a elas.
Ainda que a crise seja externa, os reflexos são percebidos intramuros, o que exige controles rigorosos e a mão firme do gestor para não deixar o barco afundar.
Em PMEs, a principal recomendação, portanto, é não subestimar essa necessidade.
Não é o tamanho de negócio que a determina. No máximo, ele é um indicador de complexidade.
É verdade que nem sempre é possível manter um especialista em cada área, mas o custo de soluções em gestão empresarial não é impeditivo para negócios de menor faturamento.
Com criatividade e um viés voltado à inovação, o empreendedor consegue organizar melhor os processos e reunir dados que o auxiliem na tomada de decisão mais
assertiva.
Grandes empresas demandam uma gestão mais complexa, com um maior número de envolvidos e de aspectos a considerar.
Em muitas oportunidades, o desafio é tomar decisões rápidas sem deixar de atender às hierarquias internas.
Há protocolos e regulamentos a cumprir, análises que dependem de dados de diferentes origens, reuniões gerenciais e toda uma burocracia que pode impor atrasos fatais em alguns casos.
Ao mesmo tempo em que a gestão compartilhada é um ponto positivo em grandes empresas, ela também representa um obstáculo.
Imprimir celeridade aos processos, portanto, é um dos principais pontos de atenção, mas não único.
Grandes empresas precisam prestar contas a atores diferentes, inclusive a acionistas e ao mercado, no caso daquelas de capital aberto, que negociam ações na bolsa de valores.
Há toda uma preocupação com a sua imagem, que pode ser facilmente arranhada e, desse modo, prejudicar os negócios e seus resultados.
Até mesmo o maior poder financeiro pode se transformar de oportunidade em problema.
Todo o tipo de investimento só pode sair do papel depois de uma pesquisa aprofundada.
Veja o lançamento de um novo produto ou solução, por exemplo.
Isso demanda esforços financeiros em pesquisa e desenvolvimento, design, prototipagem e divulgação, entre outros.
Até mesmo o que parece simples em um negócio de menor porte, como a contratação de um novo colaborador, pode exigir a participação de diferentes pessoas em uma grande empresa.
Quando se fala em tipos de gestão empresarial, três são os principais modelos apontados pela literatura: Cadeia de Valor, Ciclo de Inovação e Ciclo de Deming.
Vamos conhecer um pouco mais sobre eles:
Como já destacado ao longo deste artigo, administradores podem se valer de diferentes ferramentas de gestão empresarial para qualificar processos e facilitar a sua atuação.
Neste tópico, vamos trazer mais detalhes sobre as principais delas.
A técnica é creditada a Albert Humphrey, que foi líder de pesquisa na Universidade de Stanford, e avalia o quão competitiva uma empresa é perante à concorrência.
Em português, significa FOFA, de acordo com as seguintes iniciais:
Em resumo, auxilia o gestor a determinar quais são os pontos positivos e negativos, projetando o que virá pela frente.
Oferece uma análise visual dos principais departamentos de uma empresa, através de um mapa, sendo útil para criar, testar ou mesmo rever o modelo de negócio.
O Business Model Canvas, inicialmente proposto por Alexander Osterwalder, identifica as fontes de receitas, o que a empresa oferece ao mercado, qual é o seu público-alvo, como se relaciona com os clientes, os gastos inerentes ao negócio, entre outras informações relevantes.
Esse é um tipo de análise gráfica sobre o valor da empresa e das soluções que ela oferece.
Pode ser bastante útil para verificar qual a melhor estratégia a adotar para cada produto ou serviço, assim como para o próprio negócio.
A Matriz BCG, criada por Bruce Henderson para a consultoria empresarial americana Boston Consulting Group em 1970, classifica os itens conforme a sua taxa de crescimento e participação de mercado, o que permite ao gestor adotar, a partir daí, as medidas mais adequadas a cada um deles.
O conceito, criado por profissionais da indústria automobilística japonesa, ganhou importância e passou a ser aplicado em diversos tipos de organizações e projetos. Ele estabelece uma sequência de ações para a execução de um projeto.
Seu nome deriva do inglês, considerando as iniciais para:
A resposta a cada um desses itens define as metas e as ações a adotar, considerando o que é prioritário para a empresa.
Trata-se de uma matriz de priorização de tarefas, a qual ajuda a determinar o que é mais urgente entre todas as demandas da empresa.
Charles H. Kepner e Benjamin B. Tregoe, dois especialistas em resoluções de questões organizacionais, desenvolveram essa matriz também conhecida como Matriz de Prioridades. amplamente utilizada em gestão organizacional e de projetos.
A classificação das atividades é feita a partir de uma tabela com cinco colunas. considerando: Ação, Gravidade, Urgência, Tendência e GUT (que é a nota final – quanto mais alta, maior a prioridade).
O BSC é definido como uma metodologia de medição e gestão de desempenho, criada pelos professores da Harvard Business School Robert Kaplan e David Norton, e é utilizado para mensurar o desempenho da empresa a partir da análise de indicadores e metas.
Parte da elaboração de um mapa estratégico até a definição de um plano de ação que é moldado sob quatro perspectivas:
Leia o artigo da Euax para saber mais sobre BSC e como implantá-lo na empresa.
Esse é um modelo de análise competitiva, que permite compreender melhor a concorrência e, a partir daí, estabelecer uma estratégia para superá-la.
As cinco forças competitivas de Michael Porter são:
Ao chegar até aqui, você certamente já identificou boas razões para se dedicar à gestão empresarial ou selecionar profissionais competentes para isso.
Mas para que nenhuma dúvida reste, vamos relacionar agora os principais benefícios desse processo no seu negócio.
Confira!
A consultoria em gestão empresarial oferece um atendimento especializado capaz de ajudar o gestor a conduzir melhor suas ações e decisões à frente do negócio.
Esse é um serviço que pode ser utilizado tanto de forma genérica, sobre a empresa como um todo, quanto para demandas específicas nas mais variada áreas, como finanças, recursos humanos e marketing.
O diferencial está no conhecimento adquirido por experiências anteriores, nas quais consultores já enfrentaram e venceram desafios idênticos ou no mínimo parecidos.
Além disso, esse olhar externo é livre de vícios, considerando que nem sempre é fácil enxergar falhas ou a necessidade de promover mudanças no próprio negócio.
Mas atenção: não se trata de terceirizar a gestão, pois o administrador precisa participar, tanto com seu conhecimento e visão, quanto com a disposição em fornecer dados e informações necessários.
Ao seguir essas dicas, é provável que você chegue até a FIA (Fundação Instituto de Administração).
São 38 anos de experiência na prestação de serviços de consultoria e pesquisa e mais de 5.000 projetos realizados.
Além disso, a partir da Rede Evolue, a FIA promove a evolução de empresas ao oferecer consultoria, software e educação executiva, seja de modo integrado ou em módulos.
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Você conferiu neste artigo um guia completo sobre gestão empresarial, do conceito à sua aplicação em pequenas, médias e grandes empresas.
Aproveite as dicas e informações obtidas ao longo da leitura para qualificar a sua atuação e conduzir o negócio a resultados melhores.
Não esqueça também de investir no seu aprendizado e qualificação.
Este texto deve ser o ponto de partida, não o de chegada.
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