O desenvolvimento tecnológico sempre foi uma constante na evolução humana, e também na de nossos ancestrais.
Mas as civilizações antigas demoravam milhares de anos – e os primeiros hominídeos, milhões – para terem avanços na tecnologia.
Hoje, isso acontece em uma velocidade incrível, muito em função do conhecimento acumulado, transmitido e documentado em todos esses anos, é claro.
Só que as novidades são incorporadas tão rapidamente e nossas rotinas são tão frenéticas que, às vezes, mal percebemos o desenvolvimento tecnológico que nos rodeia.
Ou pelo menos não paramos para pensar sobre como ele impacta nossa maneira de fazer as coisas e até de se relacionar.
Isso vale tanto para a vida familiar, social e intelectual quanto para a vida profissional. Aliás, não é raro o ambiente corporativo ser o primeiro a adotar determinadas tecnologias.
E cada vez mais isso deixa de ser uma questão de comodidade para ser determinante para a própria sobrevivência da empresa.
Por isso, um administrador, gestor ou qualquer profissional de liderança não deve ficar alheio ao desenvolvimento tecnológico, assunto deste artigo.
Confira os tópicos que preparamos para este guia completo:
Não deixe de acompanhar até o final. Boa leitura!
Desenvolvimento tecnológico é um processo no qual a aplicação de novos conhecimentos relacionados à tecnologia tem resultados práticos visíveis.
Esses resultados podem ser novos produtos, serviços ou processos, sempre desenvolvidos com o objetivo de alcançar algum tipo de avanço.
Os exemplos mais lembrados costumam ser de produtos eletrônicos que tornam mais fáceis determinadas atividades.
Como o barbeador elétrico, com o qual a rotina de fazer a barba fica muito mais simples e rápida para os homens.
Também são muito lembrados exemplos de desenvolvimento tecnológico relativos ao entretenimento, como as televisões de tela plana, muito mais leves e com melhor qualidade de imagem que os modelos anteriores.
Não podemos esquecer de serviços como a Uber, empresa que revolucionou o transporte nas cidades com um aplicativo para smartphone, produto do desenvolvimento tecnológico.
Todos esses exemplos, porém, devem ser analisados sob a ótica da inovação na concepção de produtos, tema sobre o qual falaremos mais adiante.
Há muita coisa do desenvolvimento tecnológico que opera bem antes dessas novidades serem lançadas.
Aliás, as tecnologias servem também para produzir itens iguaizinhos aos que utilizamos há décadas.
Nesses casos, o avanço existe para dar mais eficiência nos processos, ou seja, produzir mais com menos recursos e em menos tempo.
O benefício disso para as empresas é financeiro, pois a produção aumenta e os custos diminuem.
Desse modo, o desenvolvimento tecnológico pode estar presente em mercadorias que você não fazia ideia.
Tecnologia é uma palavra que remete à capacidade do homem de transformar a natureza.
É uma maneira completamente diferente de interagir com o ambiente se compararmos com os demais animais do planeta.
Nós deixamos de utilizar os recursos naturais tal como os encontramos e passamos a modificá-los e combiná-los de diferentes maneiras.
Tudo isso sempre visando obter um determinado objetivo, geralmente para atender a necessidades básicas, como alimentação, segurança, conforto e saúde.
Hoje, a tecnologia é desenvolvida a partir de conhecimentos consolidados pela ciência e engenharia.
Grande parte da produção tecnológica, inclusive, é feita por robôs, frutos do desenvolvimento tecnológico criado por nós mesmos.
No início, porém, era uma relação muito mais direta entre o homem e os recursos naturais, transformados a partir da técnica – logo mais vamos voltar à essa palavra.
Podemos utilizar a palavra tecnologia para descrever algo específico, como a própria técnica (um método ou processo com o qual algo é feito) ou um objeto tecnológico.
Ou, então, de maneira genérica, para nos referirmos a tudo isso: a tecnologia em geral que está presente na nossa vida, como aparelhos eletrônicos e automóvel, por exemplo.
Por fim, vale acrescentar que a palavra tecnologia na maioria das vezes se refere a um avanço, uma evolução em relação ao que havia antes.
A criação das máquinas a vapor, por exemplo, representou um avanço tecnológico importantíssimo para o mundo no século 18, tanto é que marcou a primeira Revolução Industrial.
Hoje, elas são obsoletas, de modo que ficaria estranho chamá-las de tecnologia sem contextualizar explicando em que época foram utilizadas.
Se formos estudar a etimologia da “tecnologia”, encontraremos duas palavras gregas que ajudam a entender seu significado original:
A partir daí, podemos entender que a palavra surgiu para designar o resultado da aplicação de capacidades manuais do homem a partir de um propósito, um motivo apoiado pela razão.
Já que falamos antes em técnica, convém observar que essa é uma palavra que se origina do mesmo vocábulo grego “tekhne”.
A técnica pode ser entendida como um método ou conjunto de métodos a partir dos quais algo é realizado.
Uma grande habilidade, como a capacidade de esculpir madeira, por exemplo, também pode ser chamada de técnica.
A técnica é, portanto, uma condição para o desenvolvimento tecnológico, que só pode existir a partir de um conjunto de métodos aplicados com determinado objetivo.
Especula-se que a palavra tecnologia tenha surgido em meados do século 18, justamente quando começava a já citada Revolução Industrial.
Assim, é chamado o período em que começaram a ser utilizadas, na Inglaterra, máquinas – inicialmente mecânicas, depois a vapor – para substituir o trabalho artesanal.
Essas máquinas não funcionavam sozinhas, como as de hoje.
Portanto, naquela época, tratava-se da troca de um modelo de produção, e não da substituição de trabalhadores por máquinas.
Aliás, a Revolução Industrial deu origem à classe dos operários, que passou a se organizar para exigir melhores condições de trabalho e formou partidos políticos em muitos países.
Apesar de vivermos na era da informação e da tecnologia, como já antecipamos antes, os avanços tecnológicos vêm de muito tempo, pois eles nos diferenciam dos demais animais.
A seguir, vamos falar um pouco mais sobre as características das principais fases do desenvolvimento tecnológico da humanidade.
A palavra “primitivo” remete à origem de alguma coisa. Quando falamos em tecnologia primitiva, portanto, nos referimos à época em que tudo isso começou.
Estima-se que essa origem esteja há mais de 2 milhões de anos.
Era o chamado período Paleolítico, quando os antepassados do homem (nossa espécie, Homo sapiens, só viria a existir bem depois, há cerca de 200 mil anos) começaram a produzir artefatos com pedras.
Esses objetos eram utilizados, primeiro, para facilitar a caça e o corte dos alimentos.
Mais tarde, as ferramentas criadas com as pedras seriam utilizadas em outras atividades.
Ainda na Pré-História, depois do período Paleolítico veio o Mesolítico e, em seguida, o Neolítico, que vai de 5 mil a 3 mil anos a.C.
Ele também é conhecido como o período da pedra polida, o que marcou o aperfeiçoamento das ferramentas produzidas pelo homem.
O grande avanço da época, porém, que originou o termo Revolução Neolítica, foi a transição de um modo de vida nômade para o sedentário.
Antes, os humanos eram caçadores-coletores, não tinham residência fixa, pois dependiam dos recursos naturais e da oferta de presas no local onde estavam. Quando isso escasseava, eles migravam.
As novidades da Revolução Neolítica foram a agricultura e domesticação de animais, o que permitiu ao homem se estabelecer, com uma oferta segura de alimentos sem precisar migrar.
Essa segurança aumentou conforme um novo desenvolvimento tecnológico avançava: a capacidade de alterar o meio ambiente – desviando rios para irrigar as lavouras, por exemplo.
Essas foram as condições para o surgimento das primeiras civilizações, no Egito e na Mesopotâmia.
Ainda na Pré-História, com o domínio do fogo, o homem dominou a técnica da fundição, o que lhe permitiu desenvolver ferramentas de metal.
Na Europa da Idade Média (entre os séculos 5 e 15 d.C.), essa arte chega ao ápice, especialmente na produção de equipamentos bélicos, já que esse foi um período de grandes conflitos no continente.
Também houve grande desenvolvimento tecnológico na agricultura e nas navegações.
Embora as expedições que descobriram a América tenham acontecido já na Idade Moderna, a tecnologia que permitiu essas realizações foi desenvolvida na Idade Média.
Aliás, o período termina justamente com a tomada de Constantinopla (atual Istambul) pelos turcos, em 1453, o que obrigou os europeus a encontrarem rotas marítimas para a Ásia.
Coincidentemente, na mesma década, o alemão Johannes Gutenberg desenvolve a prensa de tipos móveis, uma das tecnologias mais importantes dos últimos séculos, justamente porque facilitou o desenvolvimento tecnológico em outras áreas.
A partir do advento da prensa móvel foi possível reproduzir em massa o conhecimento escrito, o que antes era limitado, pois os textos eram reproduzidos de forma manuscrita, um por um.
Com a prensa móvel e as grandes navegações, as distâncias se encurtaram no mundo todo.
A ciência se desenvolvia e o intercâmbio de informações e conhecimento era muito facilitado.
Os europeus agregaram ao seu rol de saberes o que aprenderam com chineses e outras civilizações.
Com o passar dos séculos, avançou-se muito nas áreas da saúde, engenharia, transporte, construção, guerra, informação… Até chegarmos aos tempos atuais.
Entre as tecnologias recentes, uma das mais marcantes é a internet, surgida na Guerra Fria, mas popularizada nos anos 90.
Graças a ela você está lendo este texto e tem acesso a um universo de informações sem igual na história da humanidade.
Se, antes, o desenvolvimento tecnológico acontecia apenas com a tentativa e erro, hoje, há métodos e práticas sistemáticas que facilitam o trabalho.
Não que a tentativa e erro tenha deixado de ser um método importante de aprendizado, mas quando não partimos do zero, o tempo de desenvolvimento de uma tecnologia diminui e sua eficiência aumenta.
No caso da ciência, ela se refere aos conhecimentos adquiridos a partir do método científico.
O método científico parte de conhecimentos já adquiridos e comprovados para chegar a novas conclusões, sempre com base em evidências verificáveis.
Essa lógica passou a ser utilizada em áreas como a engenharia.
Ao considerarem uma série de evidências comprovadas, os engenheiros conseguem projetar estruturas e máquinas com muito mais segurança e pouca margem de erro.
É por isso que hoje temos prédios e equipamentos tão tecnológicos.
Você pode olhar para eles embasbacado, sem entender como alguém foi capaz de conceber algo tão complexo.
Mas a verdade é que eles foram desenvolvidos a partir de uma série de conhecimentos acumulados ao longo dos anos, utilizando o método científico, e não criados totalmente do zero.
Atualmente, boa parte do desenvolvimento tecnológico é puxado pelas empresas, para criar produtos e serviços inovadores.
Mas a tecnologia não é apenas um diferencial nas criações lançadas no mercado. Ela também é muito útil nos processos administrativos das organizações.
O principal avanço nesse sentido foi a informática, ou seja, a entrada do computador e seus sistemas nas tarefas do dia a dia da empresa.
Esse equipamento facilitou a transmissão, armazenamento e organização de informações importantes.
Por muitos anos, o computador serviu para documentar questões importantes que eram impressas e armazenadas em arquivos.
Hoje, a impressora vem perdendo a relevância: é tudo armazenado em nuvem e integrado com o software de gestão da empresa.
No marketing, a internet veio para potencializar o entendimento de que o maior insumo da área é a informação.
Estamos na era do big data, na qual empresas se aproveitam de grandes bancos de dados para qualificar as tomadas de decisões e alinhar melhor sua oferta com a expectativa do público – que é o propósito principal do marketing.
Quando o assunto é tecnologia, é muito comum que a palavra “inovação” esteja presente.
Ela deriva do vocábulo latino innovatio, que quer dizer uma criação sem equivalência em padrões anteriores.
É, portanto, um significado inegavelmente semelhante ao que temos falado até aqui sobre desenvolvimento tecnológico.
Pois, como já destacamos, esse desenvolvimento implica em um avanço, em uma melhora, ou seja, na criação de uma tecnologia que não existia antes – inovadora, portanto.
A diferença é que podemos falar em inovação também no campo das ideias.
A poesia concreta, por exemplo, surgiu na década de 1950, com a estruturação do texto poético em uma forma visual com um significado particular.
Foi uma inovação no mundo das letras, mas que não envolveu o uso de uma tecnologia nova.
Se pode haver inovação sem tecnologia, também pode haver avanço tecnológico sem necessariamente caracterizar uma inovação, apesar das semelhanças que apontamos antes.
Para exemplificar, pense em uma fabricante de automóveis que passa a utilizar um material diferente em determinado processo industrial, o que resulta em uma diminuição de custos.
Como seria uma novidade que provavelmente resultaria em um preço menor para o consumidor, muitos poderiam considerá-la inovadora.
Mas a verdade é que o termo costuma ser aplicado a soluções diferentes, que provocam um impacto significativo na sociedade.
Já que falamos em inovação, convém encerrar o texto destacando a sustentabilidade na tecnologia.
Grande parte dos esforços atuais da indústria está justamente direcionado a encontrar soluções tecnológicas sustentáveis. O que isso quer dizer?
Se você retornar ao início do texto, verá que falamos sobre a relação da tecnologia com a capacidade do homem modificar a natureza e criar ferramentas com os recursos disponíveis.
O problema é que grande parte desses recursos são finitos.
A madeira, por exemplo.
O que aconteceria se cortássemos todas as árvores do planeta para fazer móveis?
Por conta disso, há cada vez mais materiais sintéticos, feitos artificialmente, o que diminui a exploração de recursos naturais não renováveis.
Porém gera outro problema: como geralmente não são biodegradáveis, esses materiais geram resíduos que não se decompõem.
E a tecnologia sustentável, onde entra nessa história? Sustentabilidade significa ser capaz de produzir sem comprometer o equilíbrio do planeta.
Ou seja, sem comprometer a natureza com a extração de seus recursos ou a poluição, utilizando técnicas renováveis, com menor pegada ecológica ou com práticas de compensação ambiental.
O desenvolvimento tecnológico impacta a vida de qualquer pessoa. Não importa qual seja sua idade ou o país em que vive.
Mesmo um senhor idoso que nunca mexeu em um computador ou smartphone é influenciado diariamente pela tecnologia da nossa era.
No mundo corporativo, então, nem se fala. Principalmente porque esse é um ambiente extremamente competitivo.
E a tecnologia é desenvolvida para melhorar processos, serviços e objetos, o que traz grandes efeitos para uma organização.
Primeiro, ela se torna mais eficiente, conseguindo produzir mais com menos tempo, menos dinheiro e menos recursos, o que aumenta sua margem de lucro.
Segundo, a empresa pode encontrar na tecnologia inúmeras formas de prestar um serviço melhor ao seu cliente.
Seja oferecendo um produto de maior qualidade ou criando novas práticas de atendimento que fidelizam o público.
Infelizmente, ainda há muitos gestores com mentalidade antiquada, que resistem ao desenvolvimento tecnológico.
É claro que o conhecimento tradicional ainda é muito valioso, mas é preciso entender que empresas que não aproveitam os benefícios da tecnologia são facilmente superadas pela concorrência.
Quer saber mais sobre o impacto do desenvolvimento tecnológico na nossa vida e no mundo corporativo? Deixe um comentário abaixo ou entre em contato conosco.
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