Quem mora nas grandes cidades já deve ter entrado em um táxi ou Uber e notado que o carro não fazia barulho algum. Esse é um dos exemplos das maravilhas da tecnologia híbrida.
Cada vez mais temos modelos chegando ao mercado que usam a energia elétrica como combustível, mas também aceitam a gasolina. Daí vem a palavra híbrida, que significa a polivalência de poder se mover com ambas as fontes.
Com a preocupação cada vez maior com a preservação ambiental e o impacto do ser humano na natureza, a tecnologia híbrida ganhou força.
Isso porque a poluição causada pelo carro com tecnologia híbrida é muito menor que a do carro que se movimenta com gasolina.
Mas a tecnologia híbrida não é uma novidade que surgiu da cabeça da Toyota ou de Elon Musk. Você sabia que submarinos usam um tipo de sistema híbrido, diesel-elétrico?
Neste texto vamos falar mais sobre a tecnologia híbrida e como ela pode ser um dos motores do desenvolvimento sustentável nos próximos anos.
A tecnologia híbrida visa trazer o melhor de dois mundos. A ideia é fazer sistemas trabalharem com fontes diversas para aproveitar o que há de melhor nelas.
O exemplo do carro com certeza é o mais usado, por mais que não seja o único. Hoje há no mercado diversos modelos automotivos que são híbridos, aceitando gasolina e também energia elétrica.
Atenção que muitos dos modelos que são elétricos podem ser exclusivamente assim – os chamados EV (Electric Vehicle) – e portanto não usam a tecnologia híbrida.
O que usam – chamados de HEV – são mais facilmente encontrados, já que é difícil abrir completamente mão de poder usar a gasolina, encontrada de forma fácil e prática.
No Brasil, onde o flex (flexível) é bastante disseminado, ainda há a possibilidade carros híbridos flex, que aceitam Etanol. O Toyota Corolla na sua 12ª geração, trouxe essa inovação no ano de 2019.
Aqui o assunto fica mais específico.
Vamos continuar usando o exemplo do carro, que é sem dúvidas o mais prático e popularizado.
A tecnologia híbrida é sensacional porque não é uma questão de um motor elétrico funcionar e o de combustão ficar parado ou o inverso. Ambos se auxiliam.
O motor à combustão pode servir também para carregar as baterias, enquanto o elétrico pode aumentar a potência do veículo.
Mas atenção, não são todos os veículos elétricos que podem ser carregados em casa. Esses ficam restritos ao PHEV, ou Plug-In Hybrid Electric Vehicle.
Não faça isso antes de consultar as informações, afinal pode ser necessária fazer uma adaptação na sua casa.
Voltando ao motor, o gerador do motor a combustão pode alimentar a bateria. E o freio regenerativo, que usa a energia criada por uma freada, que antes era desperdiçada nos carros tradicionais.
Quando a bateria estiver acabando, assume o motor a combustão. Se a velocidade ultrapassar o que a bateria pode entregar, o motor com combustível entrega a aceleração.
Agora que você sabe como a tecnologia híbrida funciona e a diferença entre EV, HEV, PHEV, chegou a hora de dar nome aos bois. Ou melhor, aos carros.
Neste caso o Toyota Prius precisa ser citado com destaque.
Ele foi o primeiro veículo híbrido fabricado em massa, em 1997. O Japão foi o primeiro mercado a testá-lo e depois ele popularizou nos Estados Unidos. Até janeiro de 2017 mais de 10 milhões de unidades tinham sido vendidas.
Seu motor funciona tanto com energia elétrica como com gasolina ou ambos.
A tecnologia foi sendo trabalhada ao longo do tempo para causar ainda menor impacto ambiental.
O carro necessita menos gasolina por quilometro rodado e diminui a emissão de gás carbônico.
Aos poucos outras montadoras foram criando os seus carros híbridos. A Lexus investiu em automóveis de luxo híbridos. A Tesla focou em carros desportivos elétricos.
Já a Chevrolet, com o Volt, que tem autonomia para funcionar apenas com energia elétrica e a partir de um limite, um motor de combustão funciona com um gerador elétrico para possibilitar maior rodagem.
Em comparação com os Estados Unidos e Europa os carros híbridos no Brasil não ganharam tanto as ruas.
Mas isso pode mudar com ideias como o Rota 2030, elaborado pelo Governo Federal.
“O Rota 2030 Mobilidade e Logística guarda como objetivo ampliar a inserção global da indústria automotiva brasileira, por meio da exportação de veículos e autopeças. A proposta é que este movimento de inserção global seja progressivo, permitindo que ao final da vigência do programa o país esteja inteiramente inserido e no estado das artes da produção global de veículos automotores.
O Programa também possui como pressupostos princípios de sustentabilidade ambiental e cidadania.”
Ao criar uma lista com os carros híbridos disponíveis no mercado brasileiro, a revista Quatro Rodas relacionou o lançamento do programa federal com um boom no número de modelos.
Abaixo estão alguns dos modelos:
O fato de ter muitos modelos usando a tecnologia híbrida é algo bastante positivo. Para o ano de 2020, essa lista deve aumentar.
Mas também é perfeitamente justificável se demorarmos para termos uma grande frota de carros híbridos, comparável aos carros com motores de combustão.
Primeiro, o custo desses veículos ainda é muito, muito alto. O Toyota Prius 2020 tem o preço sugerido de 134.990 reais, o que é fora da realidade para a grande maioria dos brasileiros.
E segundo, os pontos de carregamento ainda não são tão numerosos, especialmente nas cidades menores.
Quem quiser pode fazer o carregamento em casa, já que os carros incluem uma tomada especial. Mas, claro, você terá que arcar com o custo de reabastecer.
Entretanto, com incentivos fiscais e cada vez mais modelos na rua, aos poucos os carros serão mais baratos e o número de pontos de carregamento aumentará.
É uma mudança de cultura que também exige infraestrutura. E o meio-ambiente agradece.
Como tudo na vida, há vantagens e desvantagens ao comprar um automóvel híbrido. Vamos começar pelos pontos positivos:
Desvantagens
Todas as desvantagens são pontos que podem ser trabalhados e exigem uma mudança de costume e cultura.
A questão da bateria também pode ser remediada com o avanço da tecnologia e a criação de baterias mais duráveis.
O principal fator quando se fala nos carros híbridos sem dúvidas é seu menor impacto ambiental, já que a queima de combustíveis fósseis dos veículos automotivos é um problema sério.
Estudo realizado em São Paulo colocou os carros como responsáveis por 72,6% da emissão de Gases Efeito Estufa (GEE).
Não dá para mudar toda a frota paulistana com alguns meses ou até poucos anos. Mas em algum momento temos que ser mais incisivos. Há exemplos para começar programas interessantes.
Com a pressão cada vez maior de cidadãos e organizações ambientais, medidas pró-veículos híbridos serão cada vez mais comuns. Seja reduzindo impostos ou até com benefícios ainda mais diretos.
Em Madri, por exemplo, carros elétricos podem viajar na pista de ônibus e até estacionar em zonas com parquímetro sem pagar.
A Europa no geral está na liderança do movimento para trocar os carros à combustão por híbridos e elétricos.
A Alemanha, por exemplo, tem 24 mil pontos de carregamento públicos – aumento de 50% em relação a 2018 – e coloca o carro elétrico ou híbrido como protagonista em seu programa ambiental.
A própria chanceler, Angela Merkel, declarou em seu podcast que a ideia é ter um milhão de pontos de carregamento até 2030, com participação da própria indústria.
Segundo reportagem do New York Times, quase 10% dos registros de carros no Velho Continente, em outubro de 2019, eram de carros híbridos e elétricos. Nos Estados Unidos esse número foi de 4%.
A venda de carros desse tipo na Europa aumentou 40% no último ano em comparação com o anterior.
Existe uma preocupação com o fechamento de fábricas de componentes tradicionais e a demanda menor por funcionários que a fabricação de um carro elétrico exige.
Veremos se a chegada da Tesla à Europa, com sua primeira fábrica no continente prevista para 2021 e o investimento cada vez maior das montadoras tradicionais nesse tipo de veículo elimina esses problemas.
Portanto há exemplos interessantes que o Brasil pode usar. E a ideia da fábrica da Tesla é uma delas: o governo tem interesse que a empresa de Elon Musk traga sua produção para o país.
A instalação de pontos elétricos ainda é bastante focado em iniciativas das próprias montadoras. A Audi e Engie instalarão 200 pontos, enquanto a Volvo chegou à marca de 500 pontos.
Ideias como o Rota 2030 precisam ser melhor divulgadas para a população saber os benefícios e aproveitá-los.
E as cidades grandes também precisam assumir a dianteira na questão da preservação ambiental e combate ao efeito estufa, beneficiando quem optar por meios não-poluentes, além do uso do transporte público.
A tecnologia híbrida não é uma novidade dos carros lançados recentemente e nem se restringe a veículos. Mas ninguém irá te culpar se ao ouvir a palavra híbrido, você pensar nos carros modernos que não fazem barulho.
Afinal, eles cada vez mais serão vistos nas ruas e seu uso será incentivado por governos.
Com a atual preocupação ambiental e a tentativa de eliminar ao máximo os gases poluentes, investir em tecnologia híbrida é um passo certo.
Um carro híbrido polui menos, já que só usa o motor à combustão em certas ocasiões e nas cidades, especialmente, pode ser movimentado pela energia elétrica.
Ainda há algumas barreiras que precisam ser ultrapassadas; usando o caso do Brasil, os carros ainda são muito caros e os pontos de recarregamento não são numerosos.
Mas usando o exemplo de países como a Alemanha e Espanha, podemos virar o jogo e contribuir para a redução de emissões de gases estufa.
Você tem o desejo de adquirir um carro que use a tecnologia híbrida? Tem alguma dúvida sobre o assunto?
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