A infraestrutura é uma área vital para o desenvolvimento socioeconômico de um país.
Ela é formada pelos serviços de saneamento, transporte, energia e telecomunicação – todos contribuindo para o progresso e evolução de uma determinada região.
Qualificar a infraestrutura repercute positivamente em muitas áreas.
Assim como cria melhores condições para a vida em sociedade, gera emprego e renda.
Afinal, a infraestrutura está em tudo.
Mas quem cuida da infraestrutura da cidade, do estado e do país?
E o que é possível fazer para enfrentar os problemas de infraestrutura no Brasil?
Essas e outras questões serão respondidas a partir de agora, neste que é um completo artigo sobre o tema.
Vamos explicar o conceito, destacar a sua importância e falar dos diferentes tipos de infraestrutura, sobretudo a industrial, que se relaciona com todas as outras.
Para saber mais sobre o assunto, não deixe de conferir os seguintes tópicos:
Não deixe de acompanhar o artigo até o final. Boa leitura!
De modo geral, podemos dizer que a infraestrutura é o conjunto de elementos que estimula o desenvolvimento socioeconômico de uma região.
Suas quatro áreas macro influenciam no deslocamento de pessoas e mercadorias e também no processo produtivo do local, o que resulta no crescimento econômico.
São eles:
É possível observar que a infraestrutura é importante para o desenvolvimento de um país em todos os âmbitos, desde o ramo da construção até a redução da pobreza. Falaremos mais sobre isso logo à frente.
Como já vimos, a infraestrutura serve de base para o desenvolvimento de um local.
Já a estrutura corresponde à materialização disso. No dicionário, a palavra é definida como algo que está construído ou organizado.
Um exemplo ajuda a compreender as diferenças entre os conceitos.
Os portos são estruturas fundamentais para que um país consiga exportar seus produtos. Dali saem as mais variadas mercadorias a partir de navios, com destinos a nações no exterior.
A construção do porto, então, é uma estrutura.
Já a infraestrutura, nesse caso, se refere a tudo o que viabiliza o processo de exportação.
Isso engloba não apenas os portos, mas também as rodovias por onde as cargas chegam até ali, os meios de comunicação que aproximam fornecedores de clientes e que tornam possível organizar e coordenar a operação.
Não custa repetir: a infraestrutura é essencial para o desenvolvimento socioeconômico de um país.
Dela depende que as empresas desenvolvam os seus negócios corretamente, por exemplo.
Se isso não acontece, faltam empregos, a inflação sobe (como consequência da alta no valor dos itens, puxada pela lei da oferta e da procura) e todas as operações comerciais são prejudicadas.
Por isso, é fundamental que todos os quatro elementos da infraestrutura caminhem juntos: saneamento, transporte, energia e telecomunicação.
Afinal, cada serviço acaba complementando o outro. Quer ver só?
Estradas em boas condições reduzem o tempo de viagem e também o preço final dos produtos.
O investimento em usinas eleva a oferta de energia, o que torna viável um aumento de produção nas empresas.
Já a maior produção impacta no número de empregos, o que reduz a pobreza.
E quando as residências são servidas por rede de água e esgoto, cai a incidência de doenças e cresce o aproveitamento dos profissionais da empresa.
Sem esquecer da comunicação, que agiliza a busca por matéria-prima e as negociações de modo geral.
A infraestrutura, como não poderia deixar de ser, corresponde a uma das mais importantes áreas de atuação do setor público.
E um dos principais desafios de governo está no mapeamento dos problemas e definição de prioridades, já que não faltam obras a executar.
Esse é um esforço que demanda planejamento e uso transparente dos recursos públicos, o que é sempre um aspecto sensível.
Seja no setor público ou privado, havendo a necessidade de corte de gastos, não raro o setor de infraestrutura é afetado, o que exige grande capacidade gerencial para não comprometer projetos que dependem desses investimentos.
A seguir, vamos compreender esses e outros desafios no Brasil e no mundo.
De acordo com o último Índice Global de Investimento em Infraestrutura, Cingapura, Catar e e Canadá são os países mais atraentes para os investidores de infraestrutura.
Esse estudo leva em conta questões como o PIB per capita, impostos, políticas, a disponibilidade de financiamentos e também a infraestrutura já existente.
Apesar disso, em tempos de riscos e incertezas, o enfrentamento de problemas em infraestrutura se mostra como uma demanda global.
Veja o que as nações mais bem desenvolvidas nesse aspecto têm a ensinar;
Ainda cabe destacar que uma rede insuficiente é um obstáculo para o crescimento econômico de um país.
Um exemplo está nas Filipinas, onde, apesar do acesso a saneamento, água e eletricidade, os níveis de serviço não acompanharam o rápido crescimento populacional.
Como é sabido, o bem-estar da população depende de investimentos em infraestrutura.
Sobre esse aspecto, o Brasil ainda tem muito a fazer.
No ranking que avalia a competitividade de 140 países em relação à infraestrutura, o país caiu três posições e, atualmente, ocupa o 72º lugar.
De acordo com esta reportagem do site G1, os principais desafios a serem enfrentados nos próximos anos pelo nosso país são os seguintes:
Vale dizer, no entanto, que os problemas e desafios existentes não afastam uma perspectiva positiva.
De acordo com estimativa feita pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o investimento em infraestrutura no Brasil deve ter um crescimento médio de 13% nos próximos três anos.
Ainda assim, é enorme o desafio superar a crise e a concorrência global.
Segundo um estudo elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), chamado de Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022, para que o país tenha uma economia mais produtiva e inovadora, é preciso atuar em duas frentes:
Melhorar a infraestrutura, seja ela o acesso à energia ou a logística dos transportes, é fundamental para a competitividade da indústria.
O modelo de produção no setor, atualmente, é baseado nas etapas das cadeias de valor, o que representa todas as atividades desempenhadas por uma empresa até a distribuição final.
Para que o Brasil consiga se inserir nessas cadeias de valor, é preciso investir naqueles quatro serviços que já falamos anteriormente: saneamento, transporte, energia e telecomunicação.
As razões para isso são claras, mas não custa reiterar com exemplos:
Apesar de o país ser o quinto do mundo em extensão territorial, ele fica muito atrás quando o assunto é a infraestrutura logística.
Há muito ainda a ser melhorado, a exemplo dos seguintes pontos:
A função da infraestrutura econômica é apoiar as atividades que envolvem o setor produtivo, como transporte, energia e telecomunicação.
Uma vez que os serviços são prestados de forma eficiente, há um aumento da produção e, consequentemente, da competitividade do sistema econômico.
Isso impacta diretamente na melhoria dos transportes, do fornecimento de energia e também da comunicação.
Para entender melhor, vamos trazer um exemplo.
Uma estrada em melhores condições acaba reduzindo os problemas nos caminhões e reduzindo gastos com manutenção, além de também diminuir o tempo para o transporte da mercadoria.
Isso resulta no valor menor do frete e do produto final que chega aos consumidores. Também os trabalhadores envolvidos em todo o processo encontram um ambiente mais saudável e ficam menos sujeitos a doenças e afastamentos.
É possível dizer, então, que as empresas e indústrias são impactadas por cada setor da infraestrutura econômica, o que pode ampliar a capacidade produtiva, melhorar o acesso à energia e reduzir os custos com combustíveis através do uso de recursos mais eficientes.
O foco da infraestrutura social e urbana é o suporte aos cidadãos e suas residências, o que engloba o saneamento, as condições de habitação e até mesmo o transporte urbano.
Podemos afirmar que a infraestrutura social e urbana é essencial para a competitividade econômica entre as regiões.
Isso porque, por um lado, as pessoas se sentem atraídas por cidades mais desenvolvidas e, por outro, as empresas e indústrias se beneficiam quando seus funcionários habitam locais melhor estruturados.
Ou seja, o bem-estar está ligado à maior produtividade e, consequentemente, à infraestrutura econômica.
Quando um trabalhador possui uma residência com acesso à água, energia e esgoto tratado, e ainda consegue se deslocar com facilidade através dos transportes urbanos, ele encontra condições propícias para o bom desempenho profissional.
Dentre as demais indústrias de infraestrutura, a energia elétrica é considerada uma das mais desenvolvidas no Brasil.
Mais de 99% da população, hoje, possui acesso à eletricidade e isso se deve a programas que permitiram a expansão e a modernização das redes.
Atualmente, os investimentos também se voltam para fontes de energia limpas e renováveis, com baixa emissão de carbono.
Entre elas, a energia eólica, a energia solar, térmicas a biomassa e gás natural e também as pequenas centrais hidrelétricas.
Ao avançar na infraestrutura energética, é possível ampliar o fornecimento e praticar tarifas mais competitivas.
A distribuição das áreas industriais no Brasil é uma herança histórica do processo de industrialização, que teve início na década de 1930, no Governo Vargas.
A industrialização foi se intensificando ao longo dos anos, devido à construção de rodovias e hidrelétricas e também com a chegada de empresas estrangeiras e multinacionais.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais da metade das indústrias se concentram na região Centro-Sul, mais especificamente em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Isso se explica pelo fato de essas regiões serem mais desenvolvidas, concentrando a maior parte da população do país.
Entretanto, está em andamento a ideia de mudança no seu mapa industrial, com unidades migrando para outras áreas em busca de mão de obra mais barata e de incentivos fiscais (menos impostos).
A missão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão está descrita em seu site: “planejar e coordenar as políticas de gestão da administração pública federal, para fortalecer as capacidades do Estado para promoção do desenvolvimento sustentável e do aprimoramento da entrega de resultados ao cidadão”.
Esses esforços incluem a coordenação de ações de infraestrutura logística, energética e social e urbana, com melhoria na entrega dos serviços e no atendimento às necessidades da população.
De acordo com o Decreto nº. 9.679/2019, a Secretaria de Desenvolvimento da Infraestrutura, vinculada ao ministério, é responsável por:
Quando se fala em investimentos em infraestrutura no Brasil, é natural lembrar do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como um esforço recente nesse sentido.
Ele foi lançado em janeiro de 2007, tendo como objetivo justamente retomar o aporte de recursos no setor.
De acordo com o Ministério do Planejamento, na primeira fase do programa (PAC 1), de 2007 a 2010, a previsão era de investir R$ 500 bilhões em projetos de infraestrutura.
Já na segunda fase (PAC 2), apresentado em março de 2010, o total a investir seria de R$ 955 bilhões até 2014, com foco em energia, transportes, saúde, saneamento e programas federais, como o Minha Casa, Minha Vida e o Água e Luz para Todos.
De acordo com dados do 7º balanço do PAC, de 2015 a junho de 2018, o programa cumpriu com 95,4% do total previsto para o período, totalizando R$ 603 bilhões.
Para que um país se desenvolva econômica e socialmente, é necessário investimentos em infraestrutura.
Através de projetos voltados para a área da construção de moradias e estradas, melhoria da qualidade de vida, acesso à internet e à energia, é possível elevar a produtividade das indústrias e, consequentemente, o capital da região.
É inegável que os envolvidos no desenvolvimento de infraestrutura (saneamento, transporte, telecomunicação e energia) precisam de um melhor planejamento e coordenação dos projetos.
Os setores privados e públicos também necessitam de parcerias mais amplas e profundas, principalmente no que diz respeito à entrega dos serviços relacionados a esses quatro pilares.
Assim, é possível alcançar empresas satisfeitas com os lucros, maior oferta de trabalho, população com livre acesso aos meios de comunicação e transporte, melhoria na qualidade de vida devido ao saneamento básico e água tratada, redução de doenças, diminuição do preço final dos produtos e aumento da competitividade.
Tudo isso, é claro, favorece a economia do país e o seu desenvolvimento.
Sobre a FIA (Fundação Instituto de Administração):
Com um olhar sempre no futuro, desenvolvemos e disseminamos conhecimentos de teorias e métodos de Administração de Empresas, aperfeiçoando o desempenho das instituições brasileiras através de três linhas básicas de atividade: Educação Executiva, Pesquisa e Consultoria.
A FIA (Fundação Instituto de Administração) possui 30 anos de experiência na prestação de serviços de consultoria e pesquisa.
O quadro de pesquisadores e profissionais da Fundação destaca-se por sua expertise e competências aplicadas ao planejamento, concepção e execução dos trabalhos desenvolvidos.
Durante esse período foram realizados mais de 8 mil projetos nas esferas pública e privada, atuando nas mais variadas áreas da Administração.
Nas ações de consultoria e pesquisa, procura-se conhecer e entender os problemas e necessidades da organização contratante para moldar o trabalho a ser desenvolvido às especificidades identificadas.
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