10 jul 20

O futuro da educação no mundo pós-pandemia, por Alessandra Montini

Em meio às incertezas e aos novos rumos traçados pela pandemia, todas as esferas da sociedade buscam soluções eficazes para se manterem vivas. Na área educacional não é diferente. Os efeitos colaterais dessa crise tiraram o aluno da sala de aula e o colocou em um universo digital que, para muitos, não havia sido experimentado antes.

Esta era uma realidade que estava fora dos planos de muitas instituições de ensino. Afinal, a educação no Brasil, seja ela básica ou superior, sempre enfrentou desafios gigantescos e difíceis de serem solucionados. Ferramentas tecnológicas, por exemplo, que ajudassem o aluno dentro e fora de sala de aula já faziam parte de uma discussão antiga. Será que o ensino à distância é a nova tendência no mundo pós-pandemia?

Do mesmo modo que estamos à procura de uma vacina e um tratamento para o covid-19, também queremos encontrar a dose ideal para manter os estudos da maneira mais saudável. Não basta ter aparatos tecnológicos se a Pesquisa Nacional de Amostra Por Domicílio (PNAD) do IBGE mostra que 30% dos lares não têm acesso a internet. E este é o primeiro problema que deve ser resolvido. Tudo isso dificulta a busca pela resposta de como será a educação nos próximos anos.

Muitas instituições privadas contam com uma série de recursos, mas se pensarmos em escolas públicas, ainda precisamos de várias iniciativas governamentais para que o EAD seja uma realidade sem aumentar a desigualdade social no país.

É fato que a tecnologia é uma aliada no sucesso educacional e minimiza os efeitos negativos impostos pelo isolamento social. Por isso, o retrocesso no pós-pandemia não pode ser uma alternativa. A integração entre o mundo presencial e o ambiente digital vai fazer parte da educação do futuro.

De acordo com a Associação Brasileira de Educação à Distância, o número de estudantes matriculados nessa modalidade era de 9 milhões até 2019. É previsível que o EAD ocupe um lugar muito maior nos próximos anos, mas isso não quer dizer que o ensino presencial saia de cena. A novidade é que os cursos poderão ser ofertados uma parte presencial e outra por meio de plataformas digitais.

Acompanhe melhor o que a que a professora e coordenadora do LabData da FIA, Alessandra Montini, discute a respeito neste link.


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