Se você pretende conhecer a área de Relações Internacionais, o que faz esse profissional, quanto ganha e o que precisa estudar para se graduar e trabalhar nessa área, este texto é para você.
O profissional de RI, também chamado de internacionalista, costuma ter interesse em várias áreas de conhecimento, sempre com foco nos cenários de diferentes países.
Por isso, o diploma garante a chance de trabalhar em várias funções, em diferentes tipos de organizações.
Há muitas opções de faculdades.
Segundo o governo federal, a graduação em Relações Internacionais é oferecida por 134 instituições no Brasil, sendo 33 universidades públicas.
Então, é hora de descobrir o que se estuda em Relações Internacionais, como é a faculdade de Relações Internacionais e muito mais!
Neste artigo, você vai conferir:
Acompanhe até o final e saiba como estudar Relações Internacionais!
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Um profissional de Relações Internacionais faz análises de cenários globais e atua para facilitar o entendimento entre agentes de diferentes países.
Por isso, atua em áreas diversas, como política, economia, cultura e comércio, e pode trabalhar em governos, empresas multinacionais, universidades e no terceiro setor, entre outros.
Como você deve ter percebido, esse é um campo com muitas possibilidades de carreira.
Ao saber como estudar Relações Internacionais, você amplia bastante seus horizontes.
Por isso, é difícil resumir em poucas palavras o que faz um profissional dessa área.
Então, para que fique mais fácil entender bem o campo das Relações Internacionais, vamos falar um pouco sobre as principais alternativas de trabalho.
A diplomacia é uma das mais importantes – e concorridas – entre as possíveis carreiras de um internacionalista.
O diplomata é lotado no Ministério das Relações Exteriores, também chamado de Itamaraty, mas pode trabalhar em outros países ou em escritórios regionais de cidades brasileiras.
Estão entre suas principais funções, como aponta o Instituto Rio Branco:
Para tornar-se diplomata, é preciso ter nível superior, ser aprovado em concurso e realizar um curso de formação com dois anos de duração.
O internacionalista também pode usar seus conhecimentos para auxiliar empresas privadas, universidades e órgãos governamentais.
Um assessor de Relações Internacionais de uma empresa privada tem atribuições como:
Em universidades, estão entre as atribuições do assessor internacionalista:
Já para órgãos públicos, o assessor de RI é habilitado a:
Além das funções de assessoria, tanto órgãos públicos quanto empresas privadas podem contar com um internacionalista para função de análise e consultoria.
Este profissional é responsável por avaliar cenários políticos, sociais e econômicos de determinados países.
O objetivo é prever fatos que alterem algum cenário em determinado país, para direcionar a tomada de decisão.
Quando alguém questiona o que se estuda em Relações Internacionais, muitas vezes, não se dá conta de como é uma área ampla.
Outra possibilidade interessante no campo é atuar em entidades do chamado Terceiro Setor.
Ou seja: organizações não-governamentais (ONGs) e outras entidades sem fins lucrativos.
Nelas, o internacionalista deve ser responsável pela captação internacional de recursos.
Para isso, ele poderá:
A carreira também inclui outras atribuições, como negociar e consolidar parcerias em outros países.
A formação em Relações Internacionais abrange aspectos de vários ramos do conhecimento, entre eles, a economia internacional.
Por isso, ela permite a atuação no comércio exterior, ainda que as duas formações tenham diferenças (vamos falar sobre elas mais abaixo).
Essa é mais uma alternativa de carreira no setor privado.
O internacionalista pode trabalhar em empresas especializadas ou de grande porte.
Nelas, o profissional atua em negociações de exportações e importaçõescom outras entidades estrangeiras.
O internacionalista também tem amplas noções de economia e direito internacional.
Por isso, é habilitado a trabalhar em agências de câmbio autorizadas pelo Banco Central, onde terá funções como:
Como muitas outras graduações, o bacharel em RI tem também a alternativa de seguir a carreira acadêmica, trabalhando em projetos de pesquisa ou se tornar professor.
São alternativas para isso:
Para quem tem interesse em lecionar, uma boa notícia: algumas universidades aceitam qualquer curso de pós-graduação.
Em outras, é preciso concluir o mestrado para almejar uma vaga.
Vamos descobrir, na sequência, como é a faculdade de Relações Internacionais.
Quer saber o que se estuda em Relações Internacionais?
Como falamos acima, o curso de Relações Internacionais forma profissionais capazes de assumir várias funções distintas.
Para tornar possível essa polivalência, a grade curricular da graduação é dividida em quatro eixos, conforme as diretrizes curriculares do Ministério da Educação e Cultura (MEC).
São eles:
O primeiro eixo diz respeito ao conteúdo teórico das Relações Internacionais.
Além de conhecer a história das Relações Internacionais, as disciplinas contemplam assuntos como segurança e defesa, economia política, direito internacional e direitos humanos.
Os alunos aprendem ainda sobre o funcionamento de instituições, regimes e organizações internacionais.
Entre as disciplinas estão:
O conteúdo lecionado no segundo eixo tem o objetivo de dar noções básicas que servirão como alicerce.
Em outras palavras: são disciplinas que preparam o terreno para um aprendizado mais prático.
Entre as áreas de conhecimento estudadas, estão ciências sociais, economia, direito, geografia, estatística, ética e ciências humanas.
Os professores ensinam esses conteúdos de uma forma que ajude o aluno a compreender também as matérias do eixo de formação estruturante.
São exemplos de disciplinas desse eixo:
As disciplinas do terceiro eixo costumam ser as favoritas dos alunos.
Isso porque contemplam as atividades práticas.
Suas disciplinas envolvem simulações históricas e de negociações, exercícios de construção de cenários e análises de conjunturas.
Nessas atividades, os alunos aprenderão a acompanhar e avaliar projetos de cooperação técnica e aspectos interculturais.
Algumas das disciplinas desse eixo são:
O quarto eixo diz respeito às atividades complementares, com o acompanhamento, orientação e avaliação feita pelos professores.
Nelas, os estudantes testam as habilidades, os conhecimentos e as competências adquiridas na graduação.
Entre as atividades, estão:
A faculdade de Relações Internacionais é um bacharelado, com duração de pelo menos 2,7 mil horas, conforme a resolução de 2017 que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais.
Por isso, os cursos de graduação têm duração de quatro anos ou mais.
As aulas podem ser ministradas de forma presencial ou à distância.
Essa segunda possibilidade aumenta bastante o número de instituições que oferecem o curso.
A leitura é essencial ao longo da graduação, principalmente nos primeiros semestres.
Afinal, nos semestres iniciais as disciplinas dos dois primeiros eixos estão mais presentes nas grades curriculares.
Estudantes que não gostam de ler poderão ter dificuldades para aprenderem as noções básicas de política e direito.
Por outro lado, é preciso ter também alguma afinidade com os números para concluir disciplinas de economia e estatística.
Durante as aulas, costuma haver espaço para discussões e exposição de ideias.
Conforme o estudante vai avançando os semestres, as aulas começam a ficar mais práticas.
As disciplinas do terceiro e quarto eixos contam com exercícios como simulações de negociações e treinamentos de técnicas de oratória.
Além disso, o aluno que já concluiu as matérias essenciais deverá escolher cadeiras optativas para compor sua grade e realizar atividades complementares.
Cada instituição de ensino elabora um regulamento sobre elas, determinando como será o acompanhamento e a avaliação dos alunos.
O estágio curricular tem suas regras à parte, também conforme determina cada faculdade.
O estágio e as atividades complementares podem ser obrigatórios ou não, dependendo da instituição.
Inclusive, o estágio curricular pode ser reconhecido como uma atividade complementar em faculdades onde não é exigido.
Ao final do curso, o aluno precisa demonstrar seus conhecimentos em um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
Esse projeto final pode ter três formatos:
É claro que o tema do TCC deve ter relação com o conteúdo aprendido ao longo dos semestres da graduação.
A média salarial do profissional de Relações Internacionais é de R$ 4.078, de acordo com o portal Catho.
Já o Glassdoor, também especializado em empregos e salários, aponta uma média de R$ 7,1 mil, com remunerações variando entre R$ 1 mil e R$ 28 mil.
O site também mostra dados de cargos específicos como:
O cargo de diplomata é um caso à parte, pois tem a remuneração definida pelo Itamaraty conforme as seguintes categorias:
Não existe uma regra ou pré-requisito que torne obrigatório o domínio de outros idiomas para ingressar na graduação de Relações Internacionais.
Porém, a tendência de quem se interessa por esse campo é ter interesse em aprender – se já não domina – alguma língua estrangeira.
Para começar a graduação, é essencial ter noções de inglês ou espanhol, que podem ser usados no estudo de alguns conteúdos em aula.
Até mesmo o francês pode aparecer ao longo do curso.
Se você não domina esses idiomas, não se desespere, pois é perfeitamente possível ir aprendendo ao longo do curso.
Para evoluir tanto na graduação como na profissão em si, ser poliglota é essencial.
Quanto mais línguas você dominar, mais portas se abrirão no mercado de trabalho.
Já falamos no inglês, espanhol e francês.
Pela importância das relações comerciais entre Brasil e China, ter noções de mandarim pode ser um grande trunfo nessa área.
Árabe e russo também podem ser importantes, pois, junto com os quatro que citamos acima, formam o conjunto dos seis idiomas oficiais da ONU.
Mas você não precisa se deter a essas línguas.
Se por algum motivo o internacionalista domina outro idioma estrangeiro, esse conhecimento poderá ser decisivo para seu posicionamento no mercado.
Muitas pessoas confundem essas duas áreas de atuação.
Até porque, como você já leu aqui, as noções de economia aprendidas na graduação de Relações Internacionais permitem que o profissional atue também na área de Comércio Exterior.
Porém, há muitas diferenças entre esses dois ramos, a começar pelas características dos cursos.
O curso de Comércio Exterior existe no formato de tecnólogo, com duração de cerca de dois anos.
Também há opções de graduação nessa área, com um conteúdo mais extenso e teórico.
Mas a principal diferença é o direcionamento das disciplinas.
A grade curricular do Comércio Exterior tem foco em interações comerciais, ou seja, a ênfase é maior nas áreas de marketing, preços e logística de vendas.
É uma opção interessante para quem gosta de contabilidade, economia e estatística.
Já as aulas de Relações Internacionais ensinam sobre o desenvolvimento de relações a longo prazo.
O aluno de RI não escapa das aulas de economia e estatística, como vimos alguns tópicos acima, mas a maior parte dos conteúdos se relaciona com o campo das humanas.
Depois de tudo o que vimos, só resta saber como estudar Relações Internacionais, não é?
Como você leu no começo deste texto, há muitas instituições de ensino em todo o Brasil aptas a formar alunos na área.
Veja algumas das principais de cada região, e também alternativas para Ensino à Distância.
Ainda há outras instituições que oferecem apenas cursos de extensão, de vários tipos.
Para se posicionar em determinadas áreas do mercado de trabalho, a especialização é essencial.
Se você é um internacionalista com interesse na área econômica, a pós-graduação em Comércio Exterior da FIA é uma excelente opção.
O MBA Executivo Internacional é um curso mais amplo, com duração de 20 meses e foco em formar dirigentes empresariais aptos a implementar estratégias competitivas de negócios.
Algumas dúvidas que podem surgir quando falamos em Relações Internacionais são:
O profissional de Relações Internacionais é responsável por analisar cenários globais e atuar para melhorar o entendimento entre agentes de diversos países.
Ele pode trabalhar em várias áreas, como política, economia, cultura e comércio.
A graduação em RI é um bacharelado com duração de quatro anos ou mais, podendo ter aulas presenciais e à distância.
Nela, o aluno tem noções de áreas como ciência política, direito, geografia e economia.
Depende da profissão.
Pode haver a necessidade de realizar bastante viagens ou até morar no exterior, mas há muitos internacionalistas que trabalham em escritórios de suas cidades.
Neste artigo, procuramos acabar com dúvidas sobre a faculdade de Relações Internacionais.
O momento de escolher uma graduação é decisivo, e exige uma análise bem cuidadosa das alternativas.
Como vimos, para se tornar um internacionalista, é preciso ter bastante interesse em relações entre os países.
Agora, você já sabe como estudar Relações Internacionais e está pronto para dar o próximo passo.
Essa é uma faculdade que exige muita leitura e compreensão de cenários internacionais de vários aspectos, como cultural e político.
Se você fizer essa escolha, prepare-se para ler bastante e estudar conteúdos que podem ser bem complexos, como direito e economia.
Além disso, não deixe de aprender outros idiomas e buscar especialização.
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