O podcast representa liberdade e comodidade no consumo de conteúdos em áudio.
Episódios tratando dos mais diversos assuntos podem ser ouvidos através de plataformas, sites ou aplicativos, em dispositivos conectados à internet.
Alguns também podem ser baixados e executados offline em qualquer lugar e horário, dispensando o uso do pacote de dados móveis.
Essa versatilidade tem atraído a atenção de influenciadores digitais, veículos de mídia, produtores de conteúdo e, mais recentemente, de empresas.
Investindo em recursos simples para a gravação e edição, elas ganham mais um formato para se diferenciar da concorrência e estreitar laços com o público-alvo.
Quer saber como? Basta continuar lendo este artigo.
Você vai ficar por dentro dos conceitos, tecnologias e funções do podcast, além de formas para produzir e divulgar o seu, atraindo clientes em potencial e alavancando seu negócio.
Confira os tópicos que preparamos para você:
Interessado? Vamos em frente!
Podcast é um conteúdo em áudio sob demanda, que fica hospedado e pode ser reproduzido online. Em geral, é publicado em pequenos programetes ou episódios, parecidos com programas de rádio.
Mas há duas diferenças básicas entre os podcasts e os programas de rádio.
A primeira está na sua transmissão.
Enquanto os programas são transmitidos em tempo real, os podcasts são compartilhados em sites e/ou plataformas na internet, ficando disponíveis para escutar a qualquer momento.
A segunda diferença consiste na tecnologia utilizada na distribuição desses conteúdos.
Programas de rádio necessitam de aparelhos específicos, equipados com antenas capazes de captar ondas sonoras enviadas através da atmosfera ou vácuo.
Já os podcasts utilizam a internet como tecnologia de compartilhamento, sendo reproduzidos em computadores, smartphones, tablets e outros dispositivos que se conectem à rede.
O nome podcast é derivado do termo podcasting, que descreve a modalidade de radiodifusão sob demanda distribuída no ambiente online.
Apesar da popularidade atual, o podcasting foi febre desde os anos 2000, quando os episódios ainda precisavam ser baixados em computadores ou equipamentos que tocavam arquivos em formato MP3.
Na época, o mais conhecido dentre eles era do iPod, da Apple, que inspirou a primeira metade do termo podcasting.
O restante da palavra veio de broadcast, que remete à transmissão através de rádio.
A tecnologia necessária para gravar e hospedar arquivos de áudio em sites e blogs existe desde 2001.
Porém, para ouvir novos episódios, o internauta precisava acessar o site onde estavam disponíveis e fazer o download, pois eles não eram reproduzidos online.
Esse cenário começou a mudar alguns anos mais tarde, quando aparelhos de MP3 se tornaram comuns, ampliando as possibilidades para automatizar o acesso aos conteúdos em áudio.
Segundo o artigo “O Podcast no Brasil e no Mundo: um caminho para a distribuição de mídias“, de Lucio Luiz e Pablo de Assis, a ideia mais promissora foi seu download automático, viabilizada por programas agregadores de conteúdo.
Junto ao feed RSS (Really Simple Syndication), eles permitiram que os programetes fossem baixados automaticamente.
Assim, a audiência era avisada cada vez que um novo episódio fosse publicado.
Em 2004, o programador Adam Curry transformou a maneira de escutar os conteúdos em áudio, desenvolvendo um formato que os transferia para um iPod, por meio de um script lido pelo sistema iTunes.
Além disso, Curry liberou o acesso a esse formato para outros programadores automatizarem o download em dispositivos móveis.
Assim, os produtos da radiodifusão sob demanda receberam o nome de podcast.
A função do podcast depende do formato, do público-alvo e do assunto tratado nos episódios.
A seguir, listamos as suas principais:
Mais acima, contamos um pouco da história do podcast, citando sua origem nos anos 2000.
Ainda naquela década, os programas de áudio hospedados online vivenciaram uma queda brusca na audiência e o encerramento de diversos podcasts, tanto no Brasil quanto no mundo.
A crise foi curta e, no fim de 2008, o formato voltou à popularidade, adaptando novas tecnologias para melhorar sua captação, edição e compartilhamento.
É o caso do streaming, que revolucionou a maneira de consumir áudio e vídeo online.
Abaixo, trazemos mais detalhes sobre essa e outras formas de ouvir podcasts.
Hoje em dia, essas plataformas são o canal mais comum para ouvir podcasts.
Spotify, iTunes, SoundCloud e Deezer são alguns exemplos mais conhecidos.
Todos eles são sistemas hospedados na nuvem, um local de armazenamento na internet.
Isso significa que podem ser acessados via navegador web ou baixados para dispositivos móveis, o que possibilita ouvir os programas de qualquer lugar.
Muitos desses sistemas utilizam a tecnologia de reprodução em streaming, que confere agilidade durante a reprodução dos podcasts, dispensando qualquer download permanente.
Internautas que não queiram gastar suas franquias de internet móvel também podem baixar um ou mais episódios, caso assinem algumas modalidades de planos junto aos aplicativos de áudio.
Se a ideia é acompanhar os conteúdos de uma pessoa ou organização, você pode se dirigir diretamente ao site ou blog e consumir podcasts dali.
Normalmente, os produtores de podcasts dedicam um espaço ou página que concentra todos os episódios disponíveis, deixando os mais atuais no topo.
Uma desvantagem de escutar programetes em um endereço virtual é que nem sempre é possível fazer o download, exigindo o consumo de internet e dificultando que sejam ouvidos fora de casa.
Você se lembra dos agregadores, que viabilizaram o download automático de arquivos em áudio – e o surgimento dos podcasts?
Pois bem, eles continuam existindo e foram aperfeiçoados com novas tecnologias e funcionalidades, culminando em ferramentas específicas para a reprodução de podcasts.
Indicamos essa opção para quem deseja conhecer diferentes podcasts, ficar por dentro das novidades e organizar os episódios favoritos em um único aplicativo.
Pocket Casts, Podbean, Google Podcasts e Podcast & Radio Addict são exemplos desses apps.
Você deve recordar que citamos funções do podcast em tópicos anteriores, incluindo seu potencial nas estratégias de marketing digital.
Esse formato é útil para compartilhar informações, conquistar e fidelizar clientes através do marketing de conteúdo, que atrai pessoas interessadas na área de atuação de um negócio.
Gratuito e fácil de consumir, o podcast é uma boa opção para fornecer conteúdos relevantes ao seu público-alvo, divulgando sua marca a novos clientes em potencial.
Também pode entregar conteúdo rico, servindo de bônus ou recompensa para ganhar a lealdade do consumidor.
Tudo depende da sua estratégia, que deve ser traçada considerando as necessidades e objetivos da empresa.
Após traçar essa estratégia, você pode seguir para o planejamento e produção dos podcasts, o que exige tempo de dedicação e algum conhecimento técnico.
Mas o caminho é relativamente simples.
Seguindo nossas dicas, você vai preparar episódios de sucesso, cativando e mantendo uma audiência interessada na sua companhia.
Como em qualquer produção de conteúdo, o resultado de um podcast está diretamente relacionado ao seu planejamento.
Não quer dizer que você precise gastar semanas ou meses nesta etapa, e, sim, que cada episódio deve ser planejado, respondendo ao tema e dúvidas propostas.
Comece selecionando o seu nicho ou área de atuação e, em seguida, faça um recorte ainda menor para saber quem é o seu target, aquele grupo que você deseja atingir através dos podcasts.
Quando mais informações sobre o público você tiver, mais segmentado e interessante será o seu podcast.
Portanto, vale montar uma persona – um personagem fictício que representa o seu ouvinte -, pois isso ajuda a mapear os desejos, necessidades e assuntos relevantes para o seu target.
Depois, defina o tema geral, duração dos podcasts, assuntos dos primeiros episódios e com que frequência eles serão publicados.
É importante estabelecer o período de intervalo entre cada episódio, educando sua audiência para que acompanhe os novos programas e não se esqueça da sua marca.
Após o planejamento, é hora de escolher os canais de publicação e hospedagem, além das ferramentas para gravação e edição dos episódios.
Nessa fase, o conhecimento sobre seu público-alvo também faz a diferença, afinal, te ajuda a decidir a melhor plataforma para consumirem os podcasts.
Fãs de música, por exemplo, tendem a escutar os podcasts nos apps de costume, como o Spotify e iTunes.
Já usuários desconfiados podem preferir acessar os conteúdos em áudio diretamente no site ou blog da sua empresa.
Se o target for composto por pessoas antenadas e descoladas, pode ser interessante divulgar os podcasts em aplicativos agregadores.
Também existe a opção de combinar um ou mais canais de compartilhamento, desde que isso não sobrecarregue a pessoa responsável pela publicação dos episódios.
O processo de produção do podcast é outra etapa que exige planejamento, com roteiro e recursos para a gravação dos episódios.
Em um primeiro momento, a roteirização pode parecer supérflua, mas acredite: ela é extremamente necessária.
Sem um roteiro, tanto locutor quanto convidados tendem a se perder durante a gravação, ou não cobrir os pontos-chave sobre determinado assunto.
O resultado será a frustração da audiência que, provavelmente, vai deixar de acompanhar seus programas.
Portanto, separe um tempo e, se for preciso, uma pequena equipe para escrever um roteiro de qualidade.
Ele pode ser mais informativo, ilustrativo, opinativo, narrativo, dar orientações ou dicas.
O importante é que siga uma estrutura bem delineada, com início, meio e fim.
Em geral, os podcasts são breves, não ultrapassando alguns poucos minutos de duração.
Então, procure sintetizar ou diluir grandes questões em vários episódios.
Também se lembre de incluir recursos sonoros e CTAs (call to action, ou chamada a ação) para personalizar seus podcasts.
Recursos sonoros como ruídos específicos compensam a falta de imagens, instigando a imaginação e envolvendo a audiência.
Já os CTAs são indispensáveis para divulgar sua empresa, pois elas chamam os ouvintes para interagir e executar uma ação, seja entrando no seu site, redes sociais, assinando uma newsletter da empresa ou conhecendo a sua página de vendas.
Embora não façam parte do podcast em si, esses conteúdos de apoio aumentam o engajamento e os pontos de contato com os ouvintes.
Assim, fica mais fácil converter essas pessoas em clientes da sua companhia.
Microfone, fones de ouvido e um bom software de gravação são essenciais para obter áudios de qualidade.
Por isso, não se esqueça de incluir esses recursos no planejamento dos podcasts.
Microfone e fones devem ser comprados, mas há softwares gratuitos para gravar os episódios, a exemplo do MP3 Skype Recorder, Audacity e apps nativos dos smartphones.
Outro fator que afeta a qualidade do áudio é a acústica da sala onde ele foi gravado.
Estúdios possuem isolamento acústico para evitar que ruídos externos atrapalhem a gravação, mas nem sempre é necessário usar um espaço como esse.
Avalie o orçamento disponível e, se não houver verba para o estúdio, organize uma sala silenciosa e isolada para as gravações.
Inclua os horários de gravação na agenda do seu locutor ou narrador, garantindo que ele se dedique e produza um podcast atrativo.
Por não ser transmitido ao vivo, o formato podcast permite a edição dos episódios.
Essa é uma vantagem em relação aos programas de rádio, uma vez que a edição torna os conteúdos mais interessantes e agradáveis de escutar.
É nesta fase que são inseridos recursos sonoros, a exemplo de vinhetas, além de cortes para adequar o conteúdo ao tamanho proposto e limpeza para melhorar a qualidade do áudio.
Caso não tenha experiência com edição, recomendamos o uso de softwares simples, como o Audacity.
Essa plataforma oferece opções para aumentar o volume do som (amplificar), reduzir ruídos, ajustar graves e agudos (equalizar), entre outras tarefas.
Depois de editado, o podcast estará pronto para a publicação nos canais selecionados.
Apesar de trabalhosa, essa etapa costuma ser concluída após algumas ações simples – criar um perfil, contratar um plano ou aderir à versão gratuita, selecionar o arquivo, aguardar seu carregamento.
Fique atento às regras de cada plataforma para evitar penalidades, como a exclusão de podcasts e até do seu perfil no sistema.
Ao publicar, você terá acesso e poderá divulgar o link do seu podcast em diversos locais da internet.
Site, blog, perfil e grupos nas redes sociais são alguns lugares onde se pode fazer essa divulgação.
Você produziu, publicou e divulgou seus podcasts, mas a estratégia não conseguiu atrair muitos ouvintes. O que fazer?
Reunimos, abaixo, algumas dicas para ampliar o alcance dos seus conteúdos em áudio:
O podcast faz parte da sua estratégia de marketing digital ou, pelo menos, da sua presença digital.
Então, capriche na gestão dos dados e insights que esse formato fornece, estabelecendo métricas e KPIs (Key Performance Indicators).
Esses indicadores permitem a avaliação da sua estratégia, mostrando o que deu certo (e deve ser mantido) e o que necessita de correção.
Quantidade de ouvintes em um determinado período, downloads, comentários e compartilhamentos são exemplos de métricas que sua equipe pode analisar.
De acordo com o planejamento inicial, vale medir outros indicadores para verificar, por exemplo, se os podcasts estão gerando engajamento e facilitando a conversão ou venda do seu produto/serviço.
Existem inúmeros tipos de podcasts, atendendo aos mais diversos nichos e interesses.
Para apresentar exemplos, vamos tomar como referência a lista do Spotify, que elencou aqueles mais ouvidos no Brasil em 2019, comentando a área de cada um.
Acompanhe:
Ao longo deste texto, falamos sobre o significado, origens e aplicações do podcast, com insights para produzir o seu.
Vale ressaltar o papel desse formato de conteúdo nas estratégias de marketing digital, que aumentam o alcance das marcas e as aproximam de clientes em potencial.
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