Toda empresa que depende da tecnologia precisa de um PDTI, o Plano Diretor de TI.
Parece até sigla de partido político, mas, na verdade, é algo muito mais útil e relevante para as rotinas nos negócios.
Sem um PDTI, o setor de Tecnologia da Informação pode ficar descolado da empresa, deixando assim de contribuir para alcançar suas metas de gestão estratégica.
No setor público, por exemplo, ele constitui um importante documento, servindo como referência para os objetivos organizacionais, como faz o Tribunal de Contas da União.
Assim como um plano diretor urbanístico tem como função estabelecer um ordenamento e padrão para as cidades, o PDTI faz o mesmo na área da tecnologia.
Portanto, saber o que é PDTI é praticamente obrigatório para quem trabalha com informática, dados e tecnologia de um modo geral.
Esse conhecimento você vai ter a partir de agora, lendo os seguintes tópicos do conteúdo:
Acompanhe até o final e fique por dentro de tudo sobre o PDTI!
O Plano Diretor de TI, ou PDTI, é um documento estratégico que orienta a gestão de TI em uma organização.
Ele define objetivos, metas, iniciativas e recursos necessários para o desenvolvimento e uso eficaz da Tecnologia da Informação.
Alinhado aos objetivos organizacionais, o PDTI busca otimizar processos, garantir a segurança da informação e melhorar a tomada de decisões, promovendo inovação e eficiência no uso das tecnologias.
Podemos ver o Plano Diretor de TI como um contrato, no qual se estabelecem os tópicos mais importantes em relação à gestão e governança dos setores de tecnologia da informação.
Também serve como ponto de partida para o planejamento nessa área, por meio de diagnósticos situacionais, além de identificar as questões em que o setor de TI pode contribuir.
Outra aplicação do PDTI é estabelecer quais projetos, iniciativas e planos de ação devem ser priorizados, conforme a relevância estratégica relativa à parte tecnológica.
Isso para não mencionar a gestão dos riscos, sempre presente em assuntos digitais, que pode ser implementada tomando essa ferramenta como ponto de partida.
Agora que você sabe o que é PDTI, veja a seguir quais são os seus componentes e o que cada um deles representa nesse tipo de planejamento.
No Plano Diretor de TI, uma empresa registra todo o planejamento que deverá orientar as operações.
Ele serve como uma referência, sendo composto por três partes fundamentais.
Como veremos a seguir, o PDTI é um importante ponto de apoio, ajudando os gestores e os profissionais de TI a tomarem decisões.
Em certos casos, a empresa poderá se deparar com situações não previstas ou que gerem riscos para os quais podem não estar preparadas para suportar.
O PDTI pode, então, servir como subsídio no processo decisório, guiando a alta gestão em suas determinações.
Vamos conferir quais são as suas três partes principais, como elas se conectam e o que deve ser feito em cada uma.
Uma estratégia de sucesso é aquela que se liga a todos os setores da empresa, desde a atividade principal até o seu back office, no qual está a Tecnologia da Informação.
Nesse aspecto, é preciso definir que tipo de projetos e atividades deverão ser operacionalizadas para que os objetivos estratégicos sejam atingidos.
Aqui começa a elaboração do Plano Diretor de TI, definindo, entre outros pontos, prazos, responsáveis e recursos visando metas específicas.
Essa também é a etapa em que a empresa recorre à matriz SWOT para detectar forças e fraquezas internas, bem como ameaças e oportunidades externas.
Dependendo dos resultados, o PDTI pode ou não ser modificado, sempre observando a estratégia geral da empresa e onde o setor de TI pode se encaixar para cumpri-la.
Um plano de ação, por mais promissor que possa parecer, não passará de uma obra de ficção se não há meios para o seu cumprimento.
Por isso, paralelamente à montagem do planejamento, é preciso avaliar a capacidade da empresa para implementar o PDTI.
Não adiantaria muito, por exemplo, estipular limpezas em data lakes mensais se a empresa sequer tem uma cultura data driven consolidada.
Esse é um dos aspectos que podem ser contemplados conforme esse componente do PDTI, que já começa com a análise SWOT.
É ainda onde são inventariados os recursos humanos, financeiros e tecnológicos, além dos potenciais riscos que podem comprometer a consecução do plano diretor.
Não há como fazer um PDTI sem estabelecer objetivos próprios desse setor, desde que ajudem a alcançar as metas da empresa.
Assim, na montagem do plano diretor, a gestão de TI determina que resultados são esperados a partir das suas ações.
Podem ser definidas nesta etapa, por exemplo, melhorias na infraestrutura, segurança e eficiência operacional, sempre respeitando o alinhamento estratégico com os objetivos da organização.
Na sequência, são estabelecidos aqui os Indicadores Chave de Performance (KPI) a serem monitorados para saber se o planejado está sendo cumprido.
Resumindo: o PDTI deve ser composto por um detalhado quadro de metas, que devem ser compatíveis com as capacidades da empresa, medidas e avaliadas por KPIs previamente selecionados.
Não há como fazer um PDTI sem antes firmar uma base sólida, na qual estarão profissionais, recursos e, claro, a alta gestão da empresa.
Ainda que exista certa autonomia, ou seja, cada setor de TI possa cuidar do seu próprio plano diretor, o ideal é que outros setores se envolvam também no processo.
Direta ou indiretamente, todas as empresas, inclusive em suas atividades secundárias, dependem da TI em algum momento para realizar suas atividades.
O RH, por exemplo, precisa da informática para manter atualizados seus cadastros, folhas de pagamento e registros de presença.
Logo, quanto mais participativo for o processo, maiores as chances de o PDTI cumprir com aquilo para que foi formatado.
Veja então como fazer isso.
Cada empresa apresenta sua própria curva de crescimento em termos de maturidade tecnológica, e isso também se reflete nos setores e departamentos de TI.
Nas médias e pequenas empresas, é possível que os profissionais estejam mais habituados a trabalhar de acordo com uma rotina, sem ter que se preocupar com questões estratégicas.
Nesse caso, pode ser necessário algum investimento em formação e qualificação, a fim de capacitar os profissionais de TI a montar um plano diretor.
Essa formação pode ser externa, em que a empresa incentiva seus colaboradores de TI a adquirir conhecimento fora de suas dependências, em instituições de ensino.
Ou pode ser interna, por meio de cursos in company, nos quais as instituições é que vão até a empresa para disponibilizar seus treinamentos.
A implementação de um PDTI requer controle e monitoramento constantes, até para que se possa medir seus KPIs.
Para isso, deve ser formado um grupo de trabalho ou comitê, encarregado de conduzir o processo do início ao fim.
Como esperado, esse grupo deve ser composto por profissionais de TI, preferencialmente os da empresa.
Serão eles os responsáveis por cuidar de cada etapa da implementação do plano, zelando pelo cumprimento do que foi planejado.
O grupo de trabalho deve também reportar à alta gestão da empresa eventuais contratempos, de maneira a evitar atrasos.
Outra incumbência desses profissionais é a definição da metodologia que vai orientar as atividades enquanto o PDTI é implementado.
Como veremos a seguir, uma das mais recomendadas nesse aspecto é a organização de equipes pelo modelo Scrum Ágil.
O Scrum é um modelo usado para realização de projetos conforme os princípios da metodologia ágil.
Nele, cada fase da implementação é fracionada em “Sprints”,que consistem em pequenos projetos dentro do projeto principal e que devem ser cumpridos em até 4 semanas.
As equipes são enxutas, sendo formadas pelos:
Embora haja certa hierarquia, o modelo Scrum é essencialmente horizontal, portanto, cada membro deve ser capaz de fazer sua parte com relativa autonomia.
Sem metas, não faz sentido desenvolver um projeto, seja ele qual for.
Assim como não há como fazer um PDTI sem que os esforços sejam orientados por um objetivo.
Nesse caso, a matriz SMART é uma ótima referência para se estabelecer metas, porque ela preconiza que um objetivo seja sempre:
As etapas anteriores deverão formar uma massa crítica que, como tal, será usada para elaborar os primeiros esboços do documento final.
É como escrever um texto como outro qualquer, ou seja, quanto mais revisões forem feitas, menos erros, inconsistências ou pontos omissos serão encontrados.
Em certos casos, pode ser necessário requisitar o apoio jurídico, a fim de contemplar eventuais aspectos legais que possam estar envolvidos.
Esse suporte legal serve principalmente para orientar em relação ao cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPI.
Uma alternativa aqui é ter um especialista compondo a equipe responsável pela implementação do PDTI desde o planejamento.
Assim, a empresa garante a adequação à legislação desde o começo, poupando tempo em futuras correções e ajustes.
O PDTI é como a “regra das regras” em tudo que diz respeito à tecnologia dentro de uma empresa.
Por outro lado, ele está longe de ser uma “Constituição”, ou uma regra imutável, acima do bem e do mal.
Pelo contrário, o melhor a se fazer é monitorá-lo constantemente, até para avaliar se existe aderência aos princípios, valores e missão da empresa.
Se o PDTI estiver sendo útil para atingi-los, então, é sinal de que está no caminho certo e pouco ou nenhum ajuste será necessário.
Do contrário, se o plano diretor não estiver ajudando o setor de TI a tomar decisões ou a disciplinar as rotinas, é provável que ele precise ser revisto.
Dica: os Indicadores Chave de Performance são fundamentais para o sucesso no monitoramento, portanto, sua escolha deve ser bastante criteriosa.
Você lembra que, na parte das metas, elas precisam ser time-bound, ou seja, ter um prazo?
O PDTI não é um documento atemporal, logo, é necessário que seus objetivos sejam alcançados em um prazo que vai de 12 meses a 3 anos.
Enquanto isso, os líderes do setor de TI deverão apresentar relatórios de performance, de preferência mensais, para informar à gestão da empresa sobre o andamento do PDTI.
Ou, dependendo do segmento da empresa, do seu giro de vendas e da necessidade de avaliação, esse prazo pode ser dilatado para períodos bimestrais ou trimestrais.
O importante é que o PDTI seja acompanhado, de modo que se saiba se suas diretrizes estão fazendo a diferença.
É fundamental também que o PDTI tenha aplicação prática e que sirva para balizar a tomada de decisão em todos os assuntos relacionados ao uso da tecnologia digital.
O Plano Diretor de TI, como vimos, demanda profissionais capazes de cuidar do planejamento e execução em cada uma de suas etapas.
A FIA Business School conta com uma equipe de consultoria composta por profissionais com formação multidisciplinar e especializada em gestão pública e privada.
Nossos profissionais estão entre os mais qualificados do mercado e têm ampla expertise para orientar na elaboração e implementação do PDTI em seu negócio.
Atendemos com excelência grandes entidades públicas e empresas privadas, ajudando-as a formatar seus processos e a melhorar resultados.
Faça contato pelo número (11) 3732-2005 ou pelo email consultoria@fia.com.br e saiba mais.
Ou, se preferir, preencha o formulário na página da Consultoria FIA para ter mais informações.
O PDTI é um documento que abrange uma série de aspectos estratégicos, por isso, sua elaboração deve estar a cargo de profissionais qualificados.
A Consultoria da FIA é, nesse caso, a melhor alternativa para empresas que ainda não dispõem de um corpo de profissionais capaz de montar um plano diretor.
Ao longo dos mais de 40 anos de experiência, ajudamos grandes empresas a melhorar a performance e a mitigar problemas.
Seja o próximo caso de sucesso e conte com essa força para impulsionar a sua marca!
Referências:
https://sites.tcu.gov.br/pdti/docs/divulgacao-pdti-2023-2025.pdf
https://pt.linkedin.com/pulse/qual-%C3%A9-import%C3%A2ncia-de-um-plano-diretor-ti-para-mauro-periquito-za6oe
https://pt.linkedin.com/pulse/import%C3%A2ncia-de-um-plano-diretor-ti-para-organiza%C3%A7%C3%B5es-machado-vieira-ufosf
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/2406/1/PDTI%20-%20M%C3%B3dulo%201%20a%204Bcorrigido.pdf
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