Você sabe quais são os principais parceiros comerciais do Brasil?
A lista traz países importantes, que contribuem com nossos objetivos, tanto de importação quanto de exportação.
Como você sabe, a compra e venda faz parte de qualquer relação comercial, seja no mercado nacional ou internacional.
Essa é uma troca essencial para que uma nação possa desenvolver a economia e manter boas relações dentro e fora de seu próprio território.
No caso dos parceiros comerciais do Brasil, essas negociações têm ainda mais relevância.
O comércio exterior é mola propulsora para que o país possa pagar suas contas, gerando caixa a partir das exportações.
Vale lembrar que, para o equilíbrio da balança comercial, o saldo das exportações precisa ser igual ou mais alto que o saldo de importações.
E não se chama de parceria por acaso.
Afinal, esse é um jogo onde os dois lados precisam ser beneficiados para ter as melhores condições para favorecer sua economia e seu povo.
Tem dúvidas sobre os parceiros comerciais do Brasil e até que ponto contribuem com nosso país?
Neste artigo, vamos esclarecer suas dúvidas.
Você vai entender como outros países participam do aumento da confiança do mercado internacional, do crescimento do nosso Produto Interno Bruto (PIB) e da melhora da economia local.
Confira os tópicos que serão abordados ao longo deste conteúdo:
Se o assunto interessa, acompanhe até o final.
Boa leitura!
Considerando que não existe país autossuficiente em todos os setores, ou seja, que possa atender às necessidades da população e se desenvolver economicamente sozinho, é necessária a parceria comercial entre diferentes nações.
Trata-se de uma comercialização internacional de recursos dos mais variados tipos para que um possa ajudar o outro com o que produz de melhor.
Para facilitar as relações, foram criados acordos internacionais e blocos econômicos.
São grupos que interagem para reduzir ou melhorar tarifas alfandegárias e descomplicar as relações entre os países-membros.
Isto é, estabelecer condições especiais para a compra e venda de produtos dentro desses agrupamentos.
Essas ferramentas são capazes de inserir as empresas brasileiras no mercado internacional seja para vender ou receber investimentos.
Além deles, existem ainda outros grupos que realizam encontros para tratar da situação da economia mundial.
Alguns exemplos são o G-8 e G-20, mas também organizações internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Com acordos comerciais bem-sucedidos, o Brasil pode se integrar melhor com outros países, facilitar o fluxo de mercadorias, capitais e serviços e a circulação de pessoas.
Ou seja, ter acesso a uma série de benefícios econômicos e também sociais.
Nona maior economia do mundo em 2020 (segundo projeção do FMI) e quinta maior em 2050 (conforme prevê estudo da PricewaterhouseCoopers – PwC), o Brasil possui boa reputação internacional e se destaca pela exportação de soja, de minério de ferro, de açúcar e de carne.
Entenda, a seguir, quais são os principais parceiros comerciais do Brasil e o que torna essas parcerias tão lucrativas e duradouras.
Considerada a maior economia do Brics (Agrupamento Brasil-Rússia-Índia-China-África do Sul), com PIB (Produto Interno Bruto) de 15 trilhões, a China carrega o título de maior economia de exportação do mundo.
É, atualmente, o principal parceiro comercial do Brasil.
Só nos primeiros dez meses de 2019, a balança comercial Brasil-China chegou a um saldo de 21,45 bilhões de dólares.
Em âmbito mundial, a economia chinesa só perde para os Estados Unidos em questão de PIB (Produto Interno Bruto).
Porém, é o país que mais recebe exportações brasileiras e também o que mais vende para o mercado brasileiro.
É, ainda, um dos países que mais investem no Brasil, aplicando em setores como infraestrutura (com ênfase na geração e transmissão de energia e áreas portuária e ferroviária), óleo e gás, serviços e inovação.
Enquanto exporta eletrônicos, importa de países como o nosso produtos como soja, carne de aves, carros, minério de ferro, petróleo e ouro.
Com uma parceria comercial fortalecida, vários bancos chineses atuam no Brasil, enquanto o Banco do Brasil possui agência em Xangai.
Em 2015, os dois países criaram juntos o Fundo de Cooperação Brasil-China para ampliar a capacidade produtiva e fomentar investimentos em agricultura, energia, infraestrutura, manufaturas e mineração.
A segunda maior economia de exportação do mundo ocupa também a segunda posição na lista dos principais parceiros comerciais do Brasil.
Só em 2018, o Brasil exportou 28,77 bilhões de dólares para os Estados Unidos, sendo a maior parte disso produtos como óleos brutos de petróleo, semimanufaturados de ferro e aço e aviões.
Já as importações são, em grande parte, referentes a petróleo, unidades de disco digital, medicamentos e peças de veículos.
Mesmo sendo parceiros comerciais de longa data, Brasil e Argentina tiveram problemas em termos de trocas comerciais nos primeiros meses de 2019.
Isso se deve, em grande parte, à queda econômica dos argentinos, o que fez com que o país vizinho perdesse espaço como parceiro comercial do Brasil.
Em exportações brasileiras, os argentinos foram ultrapassados pelos Países Baixos. Já em importações, pela Alemanha.
Entre os principais produtos que sofreram reduções significativas no envio do Brasil para a Argentina, destaca-se veículos de carga, que caíram 69,5% para 307 milhões de dólares.
No Brasil, o setor que mais é afetado pela crise argentina é a indústria automobilística, que encolheu as exportações de veículos em 51,8% de janeiro a julho de 2019.
Porém, vale lembrar que em setembro do mesmo ano, os países fecharam um acordo de livre comércio de carros que começa a valer em 2029.
Considerada a oitava maior economia de exportação do mundo e o quarto maior comprador de produtos brasileiros, a Holanda comprou do Brasil principalmente tubos flexíveis de ferro ou aço (13,6%), farelo de soja (10,9%) e minério de ferro (10%).
Já a Alemanha, dona da terceira maior economia de exportação do mundo, adquiriu logo nos primeiros sete meses de 2019: café (16%), minério de cobre (12,3%) e farelo de soja (10,3%).
O resultado posiciona os alemães no top 3 entre os países que importam do Brasil.
Mesmo em tempos de redução de superávits, os países do Oriente Médio proporcionaram ao Brasil o maior saldo comercial dentre os parceiros do país.
No período compreendido entre janeiro e agosto de 2019, as exportações brasileiras chegaram a 7,626 bilhões de dólares, com alta de 21,09%, e as importações a 3,376 bilhões de dólares, com variação de 4,61%.
Essas trocas comerciais renderam ao Brasil um superávit de 4,251 bilhões de dólares.
Produtos básicos tiveram aumento de 25,9%, enquanto os semimanufaturados sofreram 12,7% de participação e, os manufaturados, 15,2% do total.
Os principais produtos exportados são carne de frango, milho em grãos, açúcar e carne bovina.
Segundo dados divulgados pela Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, os principais produtos exportados pelo Brasil de janeiro a novembro de 2019 foram os seguintes:
Com 12% do total de exportações realizadas pelo país no período, a soja continua sendo uma das principais engrenagens da economia brasileira.
Até novembro, foram exportados aproximadamente 25 bilhões de dólares do grão.
O estado que mais exportou foi o Mato Grosso, já o país que mais recebeu essas exportações foi a China, com 78% do total.
Com receita de 21 bilhões de dólares, o petróleo foi o segundo item mais exportado pelo Brasil até novembro de 2019.
Os países que mais receberam os óleos brutos de petróleo foram: a China, com 65% do total, e os Estados Unidos, com 13%.
O maior exportador de petróleo no Brasil foi o estado do Rio de Janeiro.
Com receita de 18,57 bilhões de dólares e 10% do total de exportações brasileiras, a venda de minérios de ferro cresceu 12,4% em relação ao mesmo período de 2018.
O principal destino também foi a China.
Já a celulose foi responsável por 6,55 bilhões de dólares das exportações, sendo produzida e exportada em grande parte pelo estado brasileiro do Mato Grosso do Sul.
Gerando receita de 5,92 bilhões de dólares, o milho em grãos representou o equivalente a 3,19% das exportações brasileiras.
Entre os principais destinos dessas exportações estão países como Irã, com 15%, Japão, com 13% e Vietnã, com 9,2%.
Participando com 2,79% das exportações brasileiras, a carne de frango gerou receita de 5,18 bilhões de dólares para o país.
China, Japão, Arábia Saudita e Emirados Árabes foram os principais destinos desse item.
Em sétimo lugar no ranking dos produtos mais exportados do Brasil está a carne bovina congelada, fresca ou refrigerada, com 2,8% do total.
A receita proveniente da exportação desse produto foi de 5,74 bilhões de dólares.
China e Hong Kong foram os países que mais compraram carne bovina do Brasil até novembro de 2019.
Já o oitavo lugar é dos demais produtos manufaturados, representando 5,49 bilhões de dólares no mesmo período.
Com receita de 5,28 bilhões de dólares em exportações, o farelo de soja representou 2,6% do total de produtos exportados no Brasil.
O estado que mais contribuiu para esses números foi o Mato Grosso, com farelo e resíduos da extração de óleo de soja.
Com a décima posição, o açúcar de cana tem como principais destinos países com Argélia, Bangladesh, China e Arábia Saudita.
Seu maior exportador é o estado de São Paulo.
Conforme apontam os dados de 2018 do MDIC, o Brasil é o 29º maior importador do mundo.
A lista daqueles que mais exportam para o nosso país inclui:
Entenda quais são os produtos mais comprados de outros países:
Fabricados em grande quantidade, com padronização e série essa categoria de produtos representou 5,57% das importações brasileiras.
As importações de medicamentos estão sujeitas ao Registro de Licenciamento de Importação no Siscomex e aparecem em segunda posição no ranking de importações do Brasil.
Com 3,31% do total de importações, o óleo combustível é derivado do petróleo e o ocupa a terceira colocação.
Um total de 2,75% das importações teve origem na compra de partes e peças para veículos e tratores no mercado internacional.
Já os circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos, representaram 2,93% das importações do país.
Em sexto lugar, estão os compostos que possuem dois tipos diferentes de átomos do carbono, com 2,73% das importações.
Usadas para a perfuração e produção de gás natural e petróleo, as plataformas representaram 2,3% do total de importações.
Enquanto isso, as naftas chegaram a 1,90% das importações.
Esse é um tipo de derivado de petróleo empregado como matéria-prima em petroquímicas.
Por sua vez, os automóveis corresponderam a 1,89% das importações, alcançando cerca de 922 milhões em importações no ano anterior.
Aqui estão substâncias que combatem e previnem pragas tanto nas cidades quanto em plantações, com 1,84% do total de importações.
Tem dúvida sobre o que o Brasil mais exporta?
De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, entre janeiro e setembro de 2019, as cinco nações que mais importaram do Brasil foram:
Com volume de 46,2 bilhões de dólares em importações, a China também lidera o ranking dos países que mais importam do Brasil.
Isso representa uma fatia de 27,6% entre as exportações brasileiras.
Os principais produtos comercializados foram soja, óleos brutos de petróleo e minérios de ferro e concentrados.
O saldo dos Estados Unidos foi de 21,8 bilhões de dólares, totalizando 13% das exportações feitas pelo Brasil.
Aviões, produtos manufaturados, máquinas e aparelhos para terraplanagem e perfuração foram os principais itens.
Abocanhando 4,83% de participação, a Holanda movimentou um volume de 8,07 bilhões no período analisado.
Entre os principais produtos vendidos, estão plataformas de perfuração e exploração, tubos flexíveis e torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes.
Com participação de 4,47% em importações do Brasil, a Argentina movimentou 7,48 bilhões de dólares.
Os principais itens comercializados foram automóveis, partes e peças para veículos e tratores e produtos manufaturados.
Como o quinto país que mais importa do Brasil, o Chile movimentou 3,83 bilhões entre janeiro e setembro de 2019.
Os itens mais comprados foram automóveis, chassis com motor e carroçarias e veículos de carga.
Embora novos acordos com outros países e blocos econômicos estejam em negociação, os principais grupos comerciais que o Brasil participa são:
É o grupo formado por cinco grandes países emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que representam 42% da população, 23% do PIB, 30% do território e 18% do comércio global.
O objetivo do grupo é estabelecer governança internacional de acordo com seus interesses, além de desenvolver cooperação setorial em diferentes áreas.
Trata-se de uma organização internacional composta por países lusófonos, como Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
O objetivo é aprofundar a amizade e a cooperação mútua entre seus participantes.
Grupo dos 20, ou simplesmente G-20, é um grupo formado por ministros de finanças e chefes de bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.
Tem como objetivo favorecer a negociação internacional.
Mercosul é a abreviação de Mercado Comum do Sul, um bloco econômico sul-americano formado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
O intuito de sua formação é promover uma consolidação econômica, política e social entre os países participantes.
Tudo isso, com foco no aumento da qualidade de vida dos cidadãos que fazem parte desses países.
Como você pôde ver ao longo do artigo, os parceiros comerciais do Brasil apresentam grande importância para a economia do país e recuperação da competitividade da indústria brasileira.
São uma ferramenta que pode melhorar o acesso a mercados externos e também a qualidade de vida da população das nações envolvidas.
Mesmo com os altos e baixos da economia mundial, a relação comercial entre os países continua prosperando.
Com a construção de parcerias cada vez mais inovadoras e de novas oportunidades, estamos levando as trocas comerciais a outro patamar.
Mas o fato é que existem ainda um grande potencial de crescimento.
Ficou com alguma dúvida sobre os principais parceiros comerciais do Brasil?
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