Quer investir seu dinheiro e não sabe por onde começar? Conhecer mais a respeito do funcionamento do mercado de capitais é um bom ponto de partida.
As pessoas estão cada vez mais preocupadas com a melhor forma de gerir suas economias e, para isso, estão descobrindo um tema que vem ganhando destaque: educação financeira.
Tanto é assim que o próprio Banco Central do Brasil (BCB) possui um programa de educação financeira, que você pode conhecer aqui.
Em relação ao mercado de capitais, você verá neste artigo que ele é um ambiente de negociação, como outro qualquer.
Pense nos famosos mercados municipais que existem espalhados pelos país, como o de São Paulo, por exemplo.
São repletos de mercadorias, frutas exóticas e produtos diferenciados.
A diferença é que, no mercado de capitais, a mercadoria são os chamados valores mobiliários.
Neste artigo, você irá conferir os seguintes tópicos:
Ficou interessado? Então, não deixe de ler até o final.
Boa leitura!
O Mercado de Capitais é uma divisão do sistema financeiro, responsável por fazer a intermediação entre aqueles que precisam captar recursos de longo prazo para a implantação de seus projetos, como a expansão de uma empresa, com os investidores, que dispõe desses recursos e desejam investi-los.
Mas atenção: não se trata de operações de crédito, na qual a parte tomadora dos recursos fica responsável pelo pagamento de uma dívida.
No Mercado de Capitais, a relação existente entre as partes envolvidas é diferente.
Ela ocorre por meio da negociação de ativos ou de títulos de dívidas, conhecidas como debêntures.
O Mercado de Capitais é o responsável por conferir liquidez aos títulos emitidos pelas empresas, possibilitando a negociação entre vendedores e compradores e, assim, permitindo assim a capitalização das instituições.
Dessa maneira, o Mercado de Capitais direciona os recursos financeiros de longo prazo disponíveis para os mais variados segmentos da atividade econômica.
Entre eles, agronegócio, comércio, serviços e indústria.
Podemos dividir o Mercado de Capitais em dois segmentos:
O Mercado Primário é onde ocorre a oferta inicial de capital das empresas.
É nesse momento que as empresas se capitalizam, garantindo recursos para seus investimentos.
Os bancos também se utilizam desse mecanismo para obter recursos para as suas operações, ou seja, para garantir dinheiro para emprestá-lo às pessoas físicas e jurídicas.
Caso queira conhecer mais sobre como fazer a abertura do capital de uma empresa, veja este curso sobre Mercado Financeiro e IPO.
Já o Mercado Secundário consiste nas negociações dos valores mobiliários entre os investidores.
Ou seja, nessa situação, o dinheiro resultante da venda de uma ação não vai mais para a empresa, mas sim para o vendedor da ação.
O Mercado de Capitais funciona por meio da negociação dos títulos mobiliários emitidos pelas empresas, sem que a intermediação ocorra por uma instituição financeira.
Para que isso ocorra, o ambiente é suportado por uma forte regulamentação, tendo por trás uma entidade dedicada a fiscalizar e desenvolver o mercado mobiliário.
No Brasil, é representada pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
Se você quer se tornar um expert no mundo dos investimentos, seja atuando em empresas ou bancos e demais instituições do mercado secundário, conheça a Pós-Graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking.
Cada vez mais, o Mercado de Capitais vem ganhando importância no cenário brasileiro, com o aumento da participação de pessoas físicas nesse segmento.
É o que podemos visualizar no gráfico a seguir.
Fonte: Elaborado pelo autor, com base nos dados da BM&FBovespa.
Esse incremento no Mercado de Capitais possibilita uma maior disponibilidade de recursos financeiros para o desenvolvimento na atividade econômica do país.
A estrutura do Mercado de Capitais é formada por diversos agentes, responsáveis por operacionalizar a negociação dos títulos e valores mobiliários de forma a garantir a segurança das partes envolvidas.
Vamos conhecer um pouco mais sobre esses agentes.
Bolsa de Valores é um centro de negociação, que se utiliza de sistemas digitais, nos quais os investidores podem adquirir os títulos mobiliários emitidos pelas empresas e elas, por sua vez, podem ofertar esses títulos aos compradores.
São as responsáveis diretas pela intermediação dos títulos mobiliários que ocorre no Mercado de Capitais.
Elas desenvolvem suas atividades por meio da disponibilização de plataformas digitais, consultoria financeira, financiamento para compra de ações, administração e custódia dos valores mobiliários.
É importante lembrar que, desde a Decisão Conjunta 17/2009 do Banco Central do Brasil (BCB), as corretoras e distribuidoras realizam as mesmas operações no Mercado de Capitais, não havendo mais diferenças significativas entre elas.
São entidades autorizadas a funcionar pelo BCB, que realizam transferências de recursos financeiros entre poupadores e captadores, além da guarda (custódia) do dinheiro de seus clientes.
Uma ação no Mercado de Capitais representa a menor parcela do capital social de uma sociedade anônima.
Portanto, ao comprar uma ação no Mercado de Capitais, você se torna sócio de determinada empresa.
Somente as sociedades anônimas autorizadas pela CVM, conhecidas como companhias de capital aberto, podem negociar publicamente suas ações no Mercado de Capitais, por meio da Bolsa de Valores, quando se trata de novas emissões.
De acordo com o inciso I, do artigo 2º, da Lei 6.385/76, as ações são consideradas valores mobiliários.
No Brasil, não são permitidas ações ao portador, o que significa dizer que todas as ações são nominativas.
Em toda negociação, devem sempre ser identificadas as partes envolvidas (compradores e vendedores), sendo proibido a utilização de endosso.
Na atualidade, as ações são mantidas em custódia (depósito), em contas individuais nos nomes de seus titulares, sem a emissão de certificado físico.
Em razão disso, são chamadas de ações escriturais, cuja propriedade pode ser comprovada pela emissão de um extrato com a respectiva posição acionária.
As ações são classificadas em duas classes: ordinárias (ON) e preferenciais (PN).
As ações ordinárias são aquelas que conferem direito a voto ao seu titular e participação nas decisões da companhia.
Por outro lado, as ações preferenciais não concedem direito a voto na assembleia dos acionistas, porém, no caso de distribuição de lucros, têm preferência no recebimento.
Os autores classificam o Mercado de Capitais de diversas formas.
Uma classificação usual, além da separação em Mercado Primário e Secundário, cuja definição já falamos, considera a seguinte divisão:
São realizadas as operações com ativos e valores mobiliários, com a respectiva liquidação (pagamento) assim que o negócio é concluído, por meio da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC.
A principal característica deste mercado é que quando da negociação dos valores monetários, fica estabelecido o preço e o prazo para que ocorra a liquidação da operação e a entrega do ativo.
A diferença em relação ao mercado a termo, reside no fato de que, no mercado futuro, o preço dos ativos sofre reajustes diários de acordo com as oscilações do mercado.
Nesse mercado, ocorrem as negociações sobre os direitos ou obrigações de um ativo qualquer, podendo ser uma ação, um contrato, ou outro valor mobiliário.
Um derivativo é um instrumento que se origina a partir de outro ativo, financeiro ou não.
Assim, por meio do mercado de derivativos as partes negociam com base em expectativas futuras do comportamento dos preços dos ativos em que se baseiam os derivativos.
Além dessa classificação, podemos dividir o Mercado de Capitais em:
Cada um desses segmentos será abordado com mais detalhes na sequência.
O mercado monetário é o responsável por viabilizar a liquidez na economia.
Assim, nele, são realizadas operações de curto e curtíssimo prazo, cujos papéis negociados tem como referência uma taxa de juros estabelecida.
Além disso, o Mercado Monetário é o responsável pela formação de duas importantes taxas para a economia: as taxas Selic e a DI.
No mercado monetário são comercializados diversos títulos.
Dentre eles, podemos citar:
Os Títulos do Tesouro Nacional representam a dívida pública, cujos recursos captados são utilizados para o financiamento do orçamento público do governo federal.
Os Certificados de Depósitos Interfinanceiros são títulos emitidos exclusivamente pelas instituições financeiras, e representam empréstimos que os bancos fazem entre si.
Por outro lado, os Certificados de Depósitos Bancários são títulos privados emitidos pelos bancos que precisam captar dinheiro junto aos seus clientes, pagando em troca uma taxa de juros como remuneração.
Por último, as debêntures são emitidas pelas sociedades anônimas por ações e representam uma dívida, que poderá ser resgatada junto à emissora, no prazo estabelecido.
Como já explicado, o principal papel do mercado monetário é estabelecer o nível de liquidez na economia.
Para isso, o Banco Central atua no mercado monetário, seja colocando ou retirando recursos da economia.
Em primeiro lugar, vamos entender o que são valores mobiliários.
De acordo com nosso ordenamento jurídico em vigor, são valores mobiliários quaisquer títulos ou contrato de investimento coletivo, que gerem direitos de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive da prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros (Lei 6.385/76).
Como exemplo de títulos e valores mobiliários, podemos citar as ações, debêntures, bônus de subscrição, certificados de depósitos de valores mobiliários, cotas de fundos de investimentos, contratos futuros, de opções e outros derivativos.
Como se percebe, existem vários tipos de valores mobiliários disponíveis para negociação, com os mais diversos prazos, riscos e taxas de remuneração.
É importante destacar que, uma vez que um título é considerado um valor monetário, ele terá que atender às regras e à fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
Um título mobiliário obedece a uma série de normativas para poder ser ofertado e negociado publicamente no mercado, conferindo maior confiabilidade aos investidores.
Após tomada a decisão de investir em títulos e valores mobiliários, você deve abrir uma conta em uma corretora de valores.
O processo de abertura é bastante simples, e pode ser feito totalmente de modo online, com o envio da documentação em formato digital.
Antes de investir, conheça o título que está sendo ofertado e verifique a solidez do agente emissor.
A maioria das corretoras também presta serviços de consultoria de investimentos.
No início, é importante se cercar de todos os cuidados e dar atenção às indicações de especialistas.
Entretanto, lembre que todos os investidores devem estar atentos em relação a ofertas de recuperação de valores de investimentos dos quais não saiba da existência.
Também não se deve investir em contratos que não estejam registrados na CVM.
Procure sempre uma corretora de valores da sua confiança para realizar as operações no Mercado de Valores Mobiliários.
Se você quiser atingir seus objetivos financeiros, sejam eles de curto, médio ou longo prazo, precisa começar a entender como funciona o Mercado de Investimentos.
Além disso, precisa conhecer os dois agentes que atuam no Mercado de Investimentos:
O ideal é você alinhar objetivos e prazos adequados para a sua conclusão, com os diversos tipos de investimentos disponíveis no mercado.
Para tanto, você precisa conhecer melhor quais os tipos de ativos disponíveis para investimento.
Vamos conhecer um pouco mais das suas principais características?
Os investimentos se dividem em duas espécies: renda fixa e renda variável.
A renda fixa tem a característica de informar, no momento da contratação, qual a taxa de juros que irá render por um determinado período.
Assim, os investimentos em renda fixa são classificados como conservadores.
Os principais investimentos em renda fixa são:
É importante destacar que, na renda fixa, existem dois tipos de instrumentos: os pré-fixados e os pós-fixados.
Na modalidade pré-fixado, a taxa de retorno é fixa, sendo possível calcular exatamente o valor dos rendimentos nominais, enquanto que os pós-fixados estão atrelados a uma taxa de retorno que sofre alterações de valor ao longo do tempo.
Por outro lado, a renda variável é um tipo de investimento em que não sabemos antecipadamente qual será o seu rendimento.
Dessa forma, tanto pode gerar maior rentabilidade quanto perdas mais significativas.
Como podemos perceber, a renda variável apresenta riscos maiores do que a renda fixa.
No mercado brasileiro, os principais produtos de renda variável são:
Portanto, na hora de escolher um investimento, tenha em mente para qual finalidade você está investindo.
Por exemplo: viagem, curso, aquisição de um bem, aposentadoria, etc.
Dessa forma, você poderá encontrar o tipo de investimento mais adequado ao seu propósito.
Neste artigo, mostramos que o Mercado de Capitais desempenha um importante papel ao direcionar os recursos de longo prazo para investimentos nos diversos setores da economia.
Além disso, foram abordadas as diversas classificações dadas para o Mercado de Capitais, priorizando a divisão mercado monetário, mercado de valores mobiliários e mercado de investimentos.
O mercado monetário é o responsável pela circulação da moeda, conferindo liquidez por meio de operações de curto e curtíssimo prazo.
Já o mercado de valores mobiliários permite a capitalização das empresas, por meio da emissão de títulos, representados geralmente por ações ou debêntures.
E, finalmente o mercado de investimentos oferece vários produtos, que são separados em renda fixa e variável.
Nesse caso, o mais importante é escolher o produto financeiro para investimento de acordo com o perfil do investidor e a sua finalidade.
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