Influenciadores digitais são novos personagens do marketing, que tem tudo a ver com a transformação digital pela qual o mundo passa.
Nesse contexto, indivíduos, marcas e causas ganharam voz. E cada voz pode arrebatar verdadeiras plateias.
Quando essa plateia se torna engajada, leal e fiel, surge, então, um influenciador ou influenciadora digital.
Você já ouviu falar do comediante Whindersson Nunes? E da mineira Camila Coelho? Ou ainda da instrutora oficial do Linkedin Flávia Gamonar?
Todos são celebridades recentes.
Os três, até pouco tempo atrás, eram “gente como a gente”. Pessoas comuns, sem fama, mas que passaram a produzir conteúdo sistematicamente e divulgá-lo nas redes sociais.
Cada um criou conteúdos específicos, dentro do seu nicho, ganhando muitos seguidores engajados a partir daí.
Se você nunca ouviu falar deles e não tem a menor ideia de como eles podem ajudar uma empresa a alavancar as vendas, acompanhe este texto.
Ao final da leitura, você vai entender melhor quem são, o que fazem e como um negócio pode se beneficiar de parcerias estratégicas com influenciadores digitais.
Veja abaixo os tópicos que preparamos para você:
Não deixe de acompanhar até o final. Boa leitura!
Influenciar significa induzir alguém a fazer alguma coisa, a se comportar de determinada maneira ou pensar de um modo específico.
Portanto, o influenciador é quem exerce influência.
Os influenciadores digitais são pessoas que se expressam através das redes sociais, gerando conteúdo e, por meio dele, impactam indivíduos e comunidades.
As pessoas, ao longo do tempo, passam a gostar desses influenciadores e confiam no que dizem.
Seu público se torna numeroso, leal e engajado.
Por isso, os influenciadores ditam comportamentos e até a mentalidade de seus seguidores em relação aos temas que abordam.
Em meados dos anos 2000, Tim O’Reilly cunhou o termo Web 2.0.
Em sua essência isso significou entender a internet como uma plataforma que aproveita a inteligência coletiva para evoluir.
A internet passou a ser o ambiente no qual as pessoas não só faziam uso das informações disponíveis, mas também passaram a contribuir na geração de conteúdo.
Essa é a grande diferença do marketing de influência antes da era digital para o período pós Web 2.0.
No marketing tradicional, há alguns anos, era comum usar a figura de artistas para endossar uma marca e influenciar a opinião de consumidores.
Contudo, tudo isso era feito dentro do controle da empresa. A marca decidia quem contratar, o que seria falado e em que circunstâncias isso acontecia.
No contexto digital, como o pai do Marketing moderno, Philip Kotler, explora em seu livro Marketing 4.0, ocorreu a inclusão e horizontalização do marketing.
A inclusão significa que as barreiras entre os consumidores foram encurtadas. Eles se comunicam diretamente, criando suas comunidades e trocando experiências.
E a horizontalização significa que, com a inclusão, as marcas já não são mais as únicas a atuarem no mercado. Elas acabam cocriando com seu público.
E, para tanto, devem estar mais próximas e manter um diálogo aberto com ele.
Nesse contexto, surgiram os influenciadores digitais, com grandes geradores de conteúdos em blogs, vídeos e stories.
Para cada conteúdo, uma nova audiência surge diariamente.
Aos poucos, presenciamos a ascensão de indivíduos, até então desconhecidos, que se tornam “famosos” e passam a influenciar diretamente a opinião de grupos de pessoas.
E assim, hoje, temos influenciadores digitais das mais diversas áreas e nichos, como moda, empreendedorismo, educação, esportes, carreira, automobilismo e finanças.
Os influenciadores podem em uma determinada rede social, mas, com o tempo, seu alcance permeia outras plataforma, o que faz deles uma verdadeira potência na estratégia de marketing de influência.
Quando falamos em redes sociais, automaticamente, pensamos em Facebook, Instagram, Linkedin. Alguns ainda lembrarão do Orkut, quem sabe.
Mas o que tudo isso significa?
Na era digital, o uso da tecnologia fez com que fossem criadas plataformas nas quais pessoas e empresas se relacionam. São as redes sociais.
Nesse ambiente virtual, todos criam conexões, compartilham dados e informações.
Ou seja, nas redes sociais, as pessoas ganham voz, criam relacionamentos antes inimagináveis, encurtam distâncias entre marcas e consumidores, além de construírem pontes, fazendo networking.
Contudo, o termo rede social transcende esse mundo conectado e digital.
Na Antropologia e na Sociologia, é estudada a relação entre as pessoas que fazem parte desses grupos, assim como seus comportamentos.
Isso faz muito sentido também na era digital, uma vez que as redes são construídas e crescem de acordo com as afinidades e condutas de seus participantes.
No Brasil as redes sociais mais utilizadas em 2018, segundo relatório “Digital in 2018” foram:
O último da lista, cabe lembrar, foi descontinuado pelo Google em abril de 2019.
O grande papel do influenciador digital para as empresas é gerar valor para as marcas com as quais se associa, seja com a atração de leads qualificados (potenciais clientes) ou com a conversão direta de vendas.
Isso só acontece porque o influenciador tem a confiança e lealdade de sua audiência.
Assim, ao falar sobre um produto ou serviço de uma marca, essa audiência presta atenção e pode ser estimulada a comprar.
Ou seja, a marca não precisa mais batalhar pela atenção do público em “mar aberto”: basta escolher corretamente um influenciador e seu tiro será bem mais certeiro.
Sabe a história de estar no lugar certo e na hora certa? É assim que funciona com os influenciadores digitais.
O público de cada influenciador tem um perfil, uma qualificação. E, quanto mais qualificado, maiores são as chances de a marca conseguir gerar valor e aumenta seu faturamento.
O influenciador incorpora o produto ou serviço em sua rotina, demonstra como usa e ainda mostra os resultados. Tudo na vida real, sem “maquiagem”!
Isso gera credibilidade com seu público, endossando a marca parceira.
Portanto, o marketing de influência acaba sendo uma estratégia menos invasiva, mais segmentada e com maior probabilidade de conversão para as empresas anunciantes.
Para selecionar um influenciador, é fundamental que a empresa conheça muito bem seu público-alvo.
Como isso ainda pode ser muito amplo, o ideal é a empresa construir as personas de seu negócio, ou seja, o perfil de cliente ideal com o qual gostaria de dialogar nas redes sociais.
Nesse processo ela saberá não só suas dores, necessidades e anseios, mas também quem influencia o comportamento e tomada de decisão desses clientes.
Apenas após ter clareza sobre esses dados, será possível avaliar melhor quais influenciadores interagem de forma mais efetiva com seu público.
E esse processo de seleção pode ser feito de várias maneiras.
Hoje em dia, existem aplicativos que auxiliam as empresas a encontrarem os melhores influenciadores, tais como: Influency.me, Airinfluencers e Socialbakers.
São plataformas que usam a inteligência artificial para cruzar dados do negócio com as informações disponíveis nas redes dos influenciadores e seu público.
Com tudo isso em mãos, profissionais de marketing se habilitam a traçar as melhores estratégias para as empresas.
E para quem não possui orçamento para tanto?
Nesse caso, os passos abaixo podem ajudar a empresa em uma estratégia de marketing de influência:
Uma estratégia de marketing de influência pode também trabalhar com influenciadores para cada etapa do funil de vendas de um negócio, conforme esta divisão:
Outra opção é começar com os chamados microinfluenciadores.
Nessa classificação, estão incluídos alguns dos brandlovers, ou seja, os apaixonados pela marca.
Eles gostam de verdade de seu produto ou serviço, e, normalmente, fazem excelentes depoimentos espontâneos sobre eles.
É possível encontrá-los e identificá-los nas próprias interações das redes sociais da marca, seja em compartilhamentos ou comentários.
O mercado de influenciadores digitais está bem aquecido nos últimos anos no Brasil.
Significa que os ganhos tendem a ser promissores para profissionais da área.
Em média, um microinfluenciador (com até 100.000 seguidores) de Instagram pode cobrar de R$ 500 a R$ 2000 por um post/campanha.
Já influenciadores com até 500.000 seguidores chegam a cobrar R$ 10.000 por publicação (como um story ou feed no Instagram).
Por fim, celebridades e top influenciadores faturam ainda mais, cobrando acima de R$ 20.000 por publicação.
Obviamente, isso pode variar de acordo com o formato (feed ou stories), engajamento do perfil e até as hashtags negociadas. Um exemplo é que perfis que já compraram ou compram seguidores no Instagram tendem a ter menor engajamento e por isso tendem a cobrar menos por publicação.
No YouTube, os valores tendem a ser ainda mais elevados.
Somente em um canal, é estimado que o comediante de 24 anos, Whindersson Nunes, ganhe anualmente em torno de R$ 12 milhões.
O mais impressionante é que em 2018 o YouTuber mais bem pago do mundo, segundo a revista Forbes, foi Ryan Toys Review, de apenas 7 anos, com ganhos financeiros em torno de US$ 22 milhões.
Esse é um aspecto muito importante antes de fechar uma parceria.
Para avaliar a influência de um influenciador digital, considere três fatores principais:
Casos reais também sempre ajudam para a tomada de decisão.
Ao negociar com influenciadores, portanto, sempre peça exemplos e, se possível, entre em contato com as empresas para entender o retorno que obtiveram com a ação de um influenciador.
É claro que existe a chance de a marca ter experimentado um resultado ruim simplesmente porque selecionou o influenciador errado.
De qualquer forma, é melhor investigar todos os lados antes de fazer um investimento nessa estratégia, principalmente quando envolve valores mais altos.
Se você não é uma celebridade, mas quer se tornar um influenciador digital, deixe de lado os assuntos genéricos.
O ideal é focar um tema e ser o mais relevante possível dentro daquele assunto.
Para entender melhor, vamos voltar a personagens que citamos na abertura do artigo.
Camila Coelho focou em maquiagens para ser reconhecida no YouTube. Somente depois expandiu seu escopo, tornando-se uma influenciadora de moda também.
Por sua vez, Flavia Gamonar se destacou no tema carreira e, em cima desse assunto, se tornou uma autoridade no LinkedIn, com uma produção contínua de artigos na rede social e três livros publicados.
Com esses exemplos, você já tem um ponto de partida.
Após definir o seu segmento de atuação, construa a persona de seu negócio.
Quem você quer atrair, qual é seu cliente ideal?
Com isso definido, você conseguirá definir uma pauta de conteúdo e o tom de voz de sua comunicação.
Determine ainda em quais redes sociais irá atuar, pois isso será decisivo para estabelecer a forma como o conteúdo será disponibilizado.
Ter uma rede de microinfluenciadores que referenciam o seu trabalho diariamente também ajuda no crescimento.
Outra dica importante é se manter atualizado.
Afinal, um influenciador tem que estar à frente dos outros e ser mais interessante.
A partir daí, produza sistematicamente conteúdo de alto valor e promova interações contínuas com seu público.
A audiência de um influenciador tem que se sentir íntima, confiar no que diz e no que faz.
Até porque não basta falar – suas atitudes devem ser coerentes com o que prega.
Para fecharmos o nosso artigo sobre influenciadores digitais, nada melhor do que conhecer casos de sucesso.
São marcas que se deram bem com esse tipo de marketing.
A Roche lançou uma campanha que usou a o tema #DeOlhoNosSinais para conscientizar sobre o câncer de pele e diagnóstico precoce.
A estratégia foi realizada em duas 2 etapas. Na primeira, os influenciadores fizeram um teaser, mostrando manchas.
Na sequência, postaram fotos e stories no Instagram ao ar livre, falando da importância da proteção solar, com um call to action (chamada à ação) que direcionava para o site da farmacêutica.
Essa ação alcançou mais de 1,2 milhões de pessoas nas redes sociais, com 1,4 milhões de impressões, além de mais de 270 conteúdos gerados.
A Heineken é outra empresa que tem feito um trabalho bem interessante com influenciadores.
Recentemente a marca decidiu que precisava falar sobre consumo consciente de bebida alcoólica. Porém, temia ser taxada de hipócrita por seus consumidores.
Para abordar o assunto, escalou o youtuber PC Siqueira.
Com muita transparência (e liberdade de criação), ele se dirigiu ao seu público, gerando excelentes resultados para a empresa.
Outro caso emblemático envolveu a PUC/RS, tradicional universidade gaúcha.
A instituição escalou influenciadores do calibre de Ricardo Amorim e Marcelo Tas em seus cursos online de pós-graduação.
O pilar mestre da oferta foi mesclar professores acadêmicos com expoentes de mercado, abordando temas contemporâneos e inovadores.
A cada aula ministrada por esses influenciadores, milhares de fotos, curtidas e interações foram para as redes sociais, gerando um engajamento antes inimaginável pelas vias tradicionais.
Influenciadores digitais são figuras extremamente relevantes no contexto em que vivemos e podem potencializar os resultados de qualquer empresa.
Uma estratégia de marketing que usa influenciadores tem mais chances de ser bem-sucedida quando existe um alinhamento entre os valores e propósito da marca com o influenciador.
Os relacionamentos não podem ser simplesmente de propaganda descarada.
Tem que ser algo genuíno, com o qual o influenciador se identifica, transmitindo confiança para seu público.
As marcas devem avaliar também como combinar influenciadores para fazer com seu público avance em sua jornada de compra.
Além disso, devem estar preparadas para a demanda gerada a partir dessas ações. Afinal, dependendo do influenciador, a busca por seus produtos e serviços pode estourar após uma campanha.
Portanto, é preciso ter um plano de reação, caso essa demanda excessiva ocorra, evitando frustrações e experiências ruins para os clientes.
Por fim, para evitar problemas com os influenciadores contratados, é fundamental saber antecipadamente como eles se comportam mediante situações inusitadas e de crise.
Pela velocidade como as coisas ocorrem nas redes sociais, gerenciar uma crise no meio de uma campanha pode ser muito prejudicial para a imagem da marca, tendo o efeito oposto ao desejado.
Se você quiser saber mais sobre o assunto, seguem sugestões de alguns livros que tratam do tema:
Vale ainda a dica para conferir este artigo sobre marketing digital e aprofundar seu conhecimento nesse interessante universo.
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