Greenpeace: o que é, atitudes e principais projetos

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Quando a pauta ambiental entra em cena no noticiário, o nome Greenpeace é presença constante.

Mas você sabe o que é e como funciona essa organização?

Sua atuação se dá em todo o mundo, o que inclui o Brasil.

O nosso País, inclusive, já foi manchete em veículos nacionais e internacionais por conta das recorrentes queimadas na Floresta Amazônica – isso para ficarmos em um exemplo mais recente.

Já os Estados Unidos chamaram a atenção, nos últimos meses, pela modificação de leis que dizem respeito a preservação de espécies de animais em extinção e pela retirada das mudanças climáticas da lista de ameaças à segurança nacional.

Países da Europa, por sua vez, seguem lutando contra problemas como a produção e gestão de resíduos e o aumento das temperaturas médias. Enquanto a Ásia sofre com a superpopulação e, a África, com a extinção de espécies de animais nativos e diminuição da biodiversidade.

Para todas essas demandas, há uma voz em comum atuando na proteção ambiental.

É o Greenpeace, organização que tem se ocupado muito com o desenvolvimento de inúmeras ações, campanhas e projetos.

Para você entender melhor o trabalho realizado pela entidade, preparamos este artigo.

Ao longo dele, abordaremos os seguintes tópicos:

  • O que é o Greenpeace?
  • Qual o objetivo do Greenpeace?
  • Atitudes e propostas do Greenpeace
  • História do Greenpeace
    • Quem fundou Greenpeace?
    • Em que ano surgiu o Greenpeace?
    • Como surgiu o Greenpeace?
  • Como o Greenpeace atua no Brasil?
  • Principais projetos no Brasil
  • Principais projetos no Mundo
  • Onde fica a sede do Greenpeace no Brasil?
    • São Paulo
    • Brasília
    • Manaus

Pronto para começarmos? Boa leitura!

O que é o Greenpeace?

O que é o Greenpeace?

O Greenpeace é uma organização não governamental (ONG) focada, especialmente, em pautas relacionadas ao meio ambiente.

Em sua página oficial, define-se como uma entidade ativista com compromissos firmados tão somente com as pessoas e a sociedade civil.

Tal como resume o seu nome green (verde) e peace (paz), a ONG tem como razão de ser encontrar soluções criativas para fazer do mundo um lugar melhor, baseado em princípios como a preservação e a pacificação.

Apesar de ter sua sede principal na Holanda, o Greenpeace possui escritórios espalhados em mais de 55 países mundo afora, o que inclui o Brasil.

Qual o objetivo do Greenpeace?

Qual o objetivo do Greenpeace?

Juntos, podemos fazer a diferença. É nisso que o Greenpeace acredita.

Seja por meio de ações ou do poder do voto, a verdade é que a capacidade de transformação está nas mãos de pessoas.

Os indivíduos têm a oportunidade de lutar para sair de suas zonas de conforto e fazer algo diferente com o intuito de modificar o ambiente em que vivem.

E, por meio da cooperação mútua, podem defender nossos rios, mares e florestas e investir em nossas cidades, por exemplo, melhorando, dessa forma, a qualidade de vida de todos.

Buscando um futuro verde e pacífico, os principais objetivos da ONG ambiental são:

  • Preservar o meio ambiente e toda sua biodiversidade;
  • Prevenir e combater a poluição das águas, do ar e da terra;
  • Encarar as mudanças climáticas;
  • Terminar com a ameaça nuclear;
  • Promover a paz, por meio de políticas de desarmamento e práticas de não-violência.

Atitudes e propostas do Greenpeace

Agora, os objetivos do Greenpeace já são conhecidos. Mas como a organização faz para conquistá-los?

É sobre isso que vamos falar agora, trazendo detalhes sobre as ações que ela coloca em prática.

Responsabilidade pessoal

Você nunca verá o Greenpeace fugir de suas responsabilidades ou deixar de assumir suas ações.

Todos na entidade têm a consciência do seu papel e das bandeiras que são defendidas por ela.

Pacificidade

Membros efetivos e voluntários da ONG prezam pelo princípio da não-violência.

Eles, inclusive, são treinados para que as únicas armas utilizadas durante as campanhas sejam as vozes e os cartazes.

Independência

A organização também não aceita doações oficiais de empresas, partidos políticos e governos.

As únicas fontes de financiamento aceitas são as contribuições individuais espontâneas ou de fundações.

Imparcialidade

Não há lado, nem alianças permanentes. Uma instituição que é parceira hoje pode não ser amanhã e vice-versa.

O compromisso da organização é com a preservação ambiental e com a qualidade de vida e, para cumprir seus propósitos, ela não se alia a interesses.

Assim, quem realmente quiser ajudar e mudar a realidade para melhor deve ser bem-vindo no Greenpeace.

Busca por soluções

Pode ser fácil apontar os erros sem qualquer esforço para transformar a realidade.

O difícil é combater esses problemas e buscar soluções que façam do mundo um lugar melhor para se viver.

E é justamente isso que o Greenpeace se propõe: realizar ações concretas para que tenhamos um futuro mais promissor.

História do Greenpeace

História do Greenpeace

Você Agora que você já conhece um pouco mais das bandeiras que o Greenpeace defende, os objetivos e os valores fundamentais que norteiam a organização, o que acha de ficar por dentro da história da ONG?

Quer saber como tudo começou? Acompanhe!

Quem fundou Greenpeace?

O Greenpeace não teve um líder específico de grande destaque à frente da sua criação, mas sim um grupo de ativistas, repleto de ideais e com um pensamento único: o de mudar o mundo.

Mais precisamente, a equipe era formada por 12 pessoas. Entre eles, ambientalistas e jornalistas.

Os militantes em prol do meio ambiente acreditavam que o simples fato de se unirem e buscarem soluções em conjunto para os problemas que o mundo enfrentava à época já poderia fazer a diferença.

Nomes como Bob Hunter, Patrick Moore e Paul Watson integravam aquele primeiro grupo que, mais tarde, formaria o Greenpeace.

Em que ano surgiu o Greenpeace?

O começo dessa história se deu no ano de 1971, quando jovens, a bordo de um barco pesqueiro antigo e enferrujado, saiam de Vancouver, no Canadá, com destino ao Ártico.

A missão dessa dúzia de ativistas, que até então se autoproclamavam como “Don’t Make a Wave Committee” (Comitê Não Faça Onda), era presenciar e tentar fazer com que os testes nucleares programados pelos Estados Unidos no Alaska não acontecessem.

Como surgiu o Greenpeace?

O nome Greenpeace, na verdade, foi obra do destino. Um completo acaso.

Para arrecadar fundos para a sua missão no Ártico, os militantes decidiram produzir botons com as palavras de ordem Green e Peace, presentes em duas bandeiras a bordo do pesqueiro.

No entanto, elas pareciam ser muito grandes para caberem separadamente nos broches e, portanto, decidiram colocá-las juntas.

Nascia, assim, o Greenpeace.

Bom, mas e o final dessa história? Como foi a empreitada no Alasca?

Antes mesmo de chegar ao destino, a embarcação foi interceptada e os EUA realizaram suas experiências e detonaram uma bomba.

Então, quer dizer que o batismo da ONG surge de uma operação malsucedida?

Não exatamente, pois a história ainda não terminou.

A travessia dos ativistas não passou despercebida e chamou atenção do mundo para os experimentos norte-americanos.

Uma resistência muito grande foi criada e, após a pressão popular, os testes nucleares no Alasca acabaram suspensos.

Mais do que isso, a campanha pacífica começou a motivar outras pessoas simpatizantes com a causa e que passaram a se unir também em prol de um planeta mais verde e pacífico.

O Greenpeace começava, então, a ganhar corpo para, quase meio século depois, se tornar uma das principais ONGs existentes.

Como o Greenpeace atua no Brasil?

No Brasil, o Greenpeace chegou no ano de 1992, uma data marcante, pois foi quando a Eco-92 – primeiro e principal evento ambiental da história – foi realizada.

A partir daí a organização começou a desenvolver uma série de ações no País e, hoje, conta com projetos importantes nas mais variadas áreas.

Principais projetos no Brasil

As campanhas organizadas pelo Greenpeace no Brasil se baseiam em oito eixos temáticos:

  • Biodiversidade
  • Florestas
  • Oceanos
  • Agricultura
  • Cidades
  • Clima
  • Energia
  • Resista.

Conheça agora o posicionamento e as ações desenvolvidas pela organização ambiental em cada uma dessas campanhas:

Biodiversidade

O Brasil, com as suas dimensões continentais, abriga cerca de 20% da biodiversidade conhecida no mundo.

Mas esse conjunto de espécies de animais, plantas e microrganismos está ameaçado devido, sobretudo, à ação humana, que acarreta mudanças climáticas, gera poluição e destruição de ecossistemas inteiros, atrapalhando o equilíbrio biológico.

Preocupado com a preservação à vida, o Greenpeace desenvolveu uma série de ações relacionadas com a biodiversidade, dentre elas destacam-se as seguintes campanhas:

Florestas

As recorrentes queimadas na maior floresta tropical do mundo – a Floresta Amazônica – tem preocupado não só os brasileiros, mas a população mundial.

Além das queimadas, o desmatamento já destruiu 20% da vegetação nativa da Amazônia.

Isso sem falar que a localidade é lar de comunidades inteiras e berço dos povos indígenas.

Por isso, mais ações têm sido desenvolvidas com o intuito de tentar preservar esse ecossistema tão importante.

Conheça duas campanhas relacionadas com o tema:

Oceanos

Eles representam 71% da superfície do planeta e são fundamentais por, entre outros motivos, equilibrar o clima da Terra e absorver o dióxido de carbono, regulando a temperatura.

Mesmo com essa importância toda, o volume de água dos mares está diminuindo e o que resta está sendo poluído com muito plástico e outros materiais não biodegradáveis.

Entre os projetos relacionados com a preservação dos oceanos, destacam-se:

Agricultura

A agricultura é base da alimentação mundial e, por isso, merece toda a nossa atenção.

É preciso ficar atento às políticas dos defensivos agrícolas que, se usados em larga escala e de maneira incorreta, podem comprometer o equilíbrio do nosso ecossistema, poluindo águas, degradando solos e diminuindo a biodiversidade.

Campanhas como as seguintes enfatizam a necessidade de investir em um novo modelo de agricultura, que produza alimentos ecologicamente corretos e sejam distribuídos de forma socialmente justa:

Cidades

Boa parte da população mundial vive nas cidades (no Brasil, são 76%), que respondem por cerca de 80% da riqueza do planeta, mas, em compensação, são as principais emissoras de carbono na atmosfera.

Por isso, ações como o Dia Mundial Sem Carro e o Dia Mundial da Limpeza são válidas para tornar nossos centros urbanos lugares melhores de se viver.

Clima

Os sinais estão aí para quem quiser ver.

Diminuição da biodiversidade, oceanos mais ácidos e tempestades extremas são exemplos de que as mudanças climáticas estão ficando, cada vez mais, evidentes.

A campanha “Emergência climática” chama atenção para práticas danosas, como a emissão de gases de efeito estufa acima dos níveis permitidos que aumentam o aquecimento global.

Energia

Em algumas décadas, é esperado que o mundo tenha condições para que 100% da sua matriz energética seja baseada em fontes renováveis.

A situação de momento, no entanto, é bem diferente. Ainda boa parte da nossa energia tem origem nos combustíveis fósseis.

Essa transição precisa ser acelerada. Menos carvão, petróleo e gás natural, mais energia solar e eólica.

A campanha “Defenda os corais da Amazônia” enaltece outro ponto: a ameaça que essa forma de produzir energia causa ao meio ambiente.

Resista

Esse é um movimento que incentiva a população brasileira a denunciar medidas do governo que violam os direitos humanos, sobretudo do povo indígena.

Nesse sentido, o Greenpeace lançou uma campanha chamada “Sem Floresta, Sem Vida: Apoie a Luta dos Povos Indígenas”, que aborda questões como: grilagem, agrotóxicos, licenciamento ambiental e áreas protegidas, entre outras.

Principais projetos

Infelizmente, não é só o Brasil que passa por problemas ambientais.

Conforme vimos no início deste artigo, os quatro cantos do mundo enfrentam dificuldades, e o Greenpeace também organiza ações para combater comportamentos que comprometem a qualidade de vida de todos os seres vivos.

Conheça alguns dos principais projetos da organização pelo mundo:

Detox my fashion

Trata-se de uma campanha de conscientização contra as grandes grifes de moda que estão produzindo mais roupas do que o meio ambiente pode absorver.

As tendências das passarelas mudam constantemente e o que estava no auge nesta na semana, na próxima, vai para o lixo.

O que a campanha propõe é que haja uma mudança na lógica do consumo, deixando ele um pouco mais sustentável.

Mas essa é uma postura que tem de partir também dos clientes, é claro.

Eat less meat, more plants, tell your friends

A campanha que, em bom português, pode ser traduzida como “Coma menos carne, mais vegetais e conte para os seus amigos”, tem um objetivo bem explícito, como fica claro no título do projeto.

O ponto aqui é que a diminuição do consumo de carne ajuda a frear um pouco a busca incansável pelo lucro de empresas do segmento, que acaba colocando em risco a saúde de todos.

A ONG tenta conscientizar a população que existem outros caminhos e que as escolhas que nós fazemos a respeito da nossa alimentação impactam e muito.

Stand against plastic pollution!

Em pleno século XXI, ainda existem pessoas que utilizam o plástico em excesso.

É verdade que o uso ainda é muito incentivado por algumas redes de supermercados que fornecem sacolas desse material gratuitamente.

A campanha “Fique contra a poluição plástica” busca, justamente, mudar esse cenário.

E, por meio de pequenas ações, substituir esse material tão danoso ao meio ambiente por produtos menos agressivos.

Save the Arctic

Assim como no Brasil existe a campanha para salvar a Amazônia, em outras partes do mundo, há ações para, por exemplo, Salvar o Ártico.

Afinal, foi assim que, há 48 anos, o Greenpeace iniciou suas atividades como organização ambiental: salvando o Ártico.

Infelizmente, de lá para cá, a situação não mudou muito. Aliás, alguns aspectos até pioraram.

Empresas querem perfurar o solo da região em busca de petróleo, sem considerar que um derramamento de óleo seria uma catástrofe para a biodiversidade local.

Join the wave of resistance against pipelines

Boa parte da população norte-americana luta para evitar a construção de novos oleodutos no continente.

A razão é fácil de entender: caso aconteça algum problema neles, pode haver contaminação de águas, solos e o comprometimento da vida selvagem.

Mas, mais do que isso, a campanha busca assegurar o direito de livre expressão da população, uma vez que as grandes empresas tentariam silenciar a discordância e os protestos de oposição.

Onde fica a sede do Greenpeace no Brasil?

Onde fica a sede do Greenpeace no Brasil?

Presente no Brasil há 27 anos, o Greenpeace possui três sedes principais em nosso país, estrategicamente posicionadas.

Veja agora quais são elas.

São Paulo

É o QG da ONG no Brasil.

Localizada na R. Fradique Coutinho, 352 – Pinheiros, São Paulo – SP, 05416-000, essa sede conta com toda a infraestrutura e o apoio técnico para planejar e executar ações de mobilização social, realizar pesquisas, oferecer informações e dialogar com todo o país.

Brasília

A capital federal também tem a sua importância estratégica.

De lá, é possível acompanhar de perto todas as principais decisões e medidas discutidas e aprovadas pelo governo, que, de alguma forma, impactam bandeiras da ONG. E você consegue achar sua localização através do endereço SHCN Comércio Local Norte 303 BL C – Brasília, DF, 70735-530.

Manaus

Próximo à Floresta Amazônica, Manaus é onde fica o escritório de campo da ONG, que permite fácil e rápido acesso à maior biodiversidade tropical do mundo. Mais precisamente, Av. Joaquim Nabuco, 2367 – Centro, Manaus – AM, 69005-080 é seu endereço.

Além dessas três capitais, o Greenpeace também se faz presente em mais de 600 cidades brasileiras e conta com o suporte de mais de 3.000 voluntários.

Conclusão

Você já conhecia as campanhas do Greenpeace?

Neste artigo, além de ficar por dentro de algumas bandeiras defendidas pela ONG, você pôde saber mais sobre a história e a atuação dela no Brasil e no mundo.

Este é um conhecimento importante para a educação ambiental e também para avaliar as suas próprias ações, seja enquanto cidadão ou enquanto empresa.

Deixe seu comentário abaixo para participar da discussão a respeito da temática ambiental.

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FIA

Com um olhar sempre no futuro, desenvolvemos e disseminamos conhecimentos de teorias e métodos de Administração de Empresas, aperfeiçoando o desempenho das instituições brasileiras através de três linhas básicas de atividade: Educação Executiva, Pesquisa e Consultoria.

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