As características da energia eólica não deixam dúvidas em relação ao futuro promissor dessa fonte energética.
Sobram justificativas para investir cada vez mais nessa forma de produção de eletricidade, a começar pelos empregos que a tecnologia verde gera.
Nos Estados Unidos, por exemplo, já são mais de 120 mil pessoas trabalhando na indústria de energia eólica e esse contingente não para de aumentar.
Um número respeitável, mas ainda longe dos 550 mil trabalhadores na China e 260 mil no Brasil, de acordo com o Global Wind Energy Council (GWEC).
Sim, o Brasil é um dos grandes líderes em geração de energia eólica no mundo, com um vasto potencial por explorar.
A geração de empregos e de todo um mercado em torno da energia que vem dos ventos é apenas um dos muitos benefícios que essa matriz energética pode trazer.
Afinal, a humanidade encontra-se em um momento crítico, em que precisamos urgentemente reduzir as emissões de carbono causadas pelos combustíveis fósseis.
Nesse aspecto, produzir eletricidade com a ajuda dos ventos pode representar um salto gigantesco em direção a um futuro sustentável.
As empresas estão de olho nessa fonte de energia, relativamente mais barata se compararmos com as usinas movidas a carvão, hidrelétricas e à energia nuclear.
Para os governos, a energia eólica pode se tornar um verdadeiro ativo estratégico, reduzindo a dependência de recursos e tecnologia estrangeira.
Você pode participar desse movimento histórico de renovação da matriz energética, entendendo o que é energia eólica e como funciona a energia eólica no Brasil e no mundo.
Siga a leitura, entenda como é produzida a energia eólica e muito mais sobre o tema!
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A energia eólica é uma forma de energia renovável obtida a partir do vento.
Ela é gerada pela conversão da energia cinética em energia mecânica, utilizando aerogeradores, e posteriormente em energia elétrica por meio de geradores.
Essa é uma tecnologia verde que tem se mostrado uma alternativa promissora na busca por fontes limpas e sustentáveis.
Lembrando que a utilização da energia do vento como fonte energética remonta à antiguidade.
Desde as primeiras embarcações movidas por velas até os antigos moinhos de vento para moagem de grãos, a energia eólica tem sido aproveitada ao longo da história.
No entanto, foi a partir da década de 1970 que ela começou a ser considerada como uma fonte de eletricidade em larga escala.
Desde então, a evolução dessa matriz energética tem sido notável.
De acordo com dados do GWEC, até o final de 2020, a capacidade instalada global de energia eólica terrestre e marítima atingiu 743 GW, um aumento de 53 GW em relação ao ano anterior.
Isso representa aproximadamente 5% da capacidade de geração de energia elétrica global.
Grandes potências têm investido nessa energia limpa, com destaque para China, Estados Unidos e Alemanha.
A China é o maior produtor de energia eólica, representando mais de um terço da capacidade mundial instalada.
A Alemanha ocupa o terceiro lugar, depois dos Estados Unidos.
A fonte de energia eólica é considerada limpa e renovável, pois não emite poluentes atmosféricos nem gases de efeito estufa durante a geração de eletricidade.
Isso contribui diretamente para a redução do impacto ambiental e para a mitigação das mudanças climáticas.
Além disso, é uma forma de energia abundante e amplamente distribuída.
Considerando que a fonte de energia eólica é universal, esse é um recurso disponível em muitas regiões do mundo, tornando possível aproveitar essa fonte energética em diferentes áreas geográficas.
Assim, aumenta a diversificação da matriz energética e reduz a dependência de combustíveis fósseis, o que faz dela 100% eco friendly.
A energia eólica também se destaca por ter uma capacidade de resposta rápida e flexível.
Os parques eólicos podem ser construídos em diferentes tamanhos, desde pequenos sistemas isolados até grandes parques conectados à rede elétrica.
Sem falar que os aerogeradores podem iniciar a produção de eletricidade em velocidades de vento relativamente baixas e atingir sua capacidade máxima em velocidades mais altas, adaptando-se às variações do vento.
Outra característica que é uma das principais vantagens da energia eólica é a possibilidade de integração com outras fontes de energia.
Ela pode ser combinada com outras fontes renováveis, como solar e hidrelétrica, formando um sistema energético mais resiliente, eficiente e estável.
Por fim, a energia eólica apresenta um ciclo de vida relativamente longo, com uma média de 20 a 25 anos para os aerogeradores.
Isso contribui para a sustentabilidade econômica e permite que a energia eólica seja uma opção de investimento de longo prazo.
Vamos entender como funciona a energia eólica?
Sua produção é realizada por meio de aerogeradores, que são estruturas compostas por pás, um rotor e um gerador.
O processo se inicia quando o vento, uma fonte de energia cinética, incide nas pás do aerogerador.
Essas pás são projetadas para capturar a força do vento, movimentando-se.
O movimento de rotação é transferido para o rotor, que está conectado ao eixo principal do aerogerador.
O rotor é composto por um cubo e várias pás.
À medida que o rotor gira, a energia mecânica é transferida para o gerador através do eixo.
O gerador, geralmente um gerador síncrono de indução, converte a energia mecânica em energia elétrica.
A eletricidade gerada pelos aerogeradores é transportada por meio de cabos subterrâneos ou aéreos até uma subestação, onde a voltagem é elevada para a transmissão pela rede elétrica.
Essa energia pode ser utilizada para abastecer diretamente sistemas isolados, como comunidades remotas, ou ser integrada à rede elétrica para fornecer eletricidade a áreas mais amplas.
Para otimizar a produção de energia eólica, os aerogeradores são instalados em locais estrategicamente escolhidos, onde a velocidade do vento é maior e mais constante.
Esses locais incluem áreas costeiras, planícies, montanhas ou offshore, onde os ventos são mais favoráveis.
Fica claro, ao conhecermos como é produzida a energia eólica, que se trata de uma fonte energética limpa.
Não há a queima de qualquer tipo de combustível fóssil para mover as hélices, tampouco para energizar os sistemas de transmissão.
Por esses e outros motivos, essa é uma fonte de geração de energia repleta de vantagens, como veremos a seguir.
Segundo a International Energy Agency (IEA), de 2020 para 2021, a quantidade de energia eólica gerada no mundo aumentou em 273 TWh, o que representou um aumento de 17%.
Esse volume foi 55% mais alto do que o aumento registrado no ano anterior, o que só reforça a relevância da energia dos ventos e sua grande viabilidade econômica.
A partir do que vimos ao aprender como funciona a energia eólica, apostar nessa fonte energética é muito recomendável, considerando os muitos pontos positivos.
No entanto, como toda matriz energética, a eólica também apresenta características que, em certos contextos, pode não fazer dela a melhor opção.
Confira então a seguir quais são os prós e contras de investir nessa matriz, a partir dos pontos de vista econômico, ambiental e logístico.
É indiscutível que a energia eólica apresenta vantagens que a tornam uma opção atraente para a geração de eletricidade.
Primeiramente, por ser uma fonte de energia limpa e renovável, o que significa que sua utilização não emite poluentes atmosféricos nem gases de efeito estufa que contribuem para as mudanças climáticas e para o aquecimento global.
Dessa forma, ela ajuda a mitigar os impactos ambientais e a reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
Além disso, a energia eólica é uma forma de energia abundante e amplamente disponível.
O vento é um recurso natural renovável, presente em muitas partes do mundo.
Isso permite aproveitar a energia eólica em diversas regiões, diversificando a matriz energética.
A energia eólica também contribui para a segurança energética, uma vez que sua geração descentralizada diminui a necessidade de longas linhas de transmissão e reduz os riscos de interrupção no fornecimento de eletricidade.
Além disso, é uma fonte de energia independente de importações de combustíveis, reduzindo a vulnerabilidade a flutuações de preços no mercado global de energia.
Outra vantagem, como vimos, é a geração de empregos e fomento à economia.
A indústria eólica tem um potencial significativo para criar empregos diretos e indiretos em várias etapas, desde o desenvolvimento, fabricação, instalação e manutenção de aerogeradores até a operação de parques eólicos.
Logo, essa é uma indústria que pode impulsionar a economia local e regional, além da pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias relacionadas à energia renovável.
A energia eólica também é flexível e escalável.
Os parques eólicos podem ser dimensionados de acordo com as necessidades, desde pequenas instalações para comunidades isoladas até grandes parques eólicos comerciais.
Outra das muitas vantagens da energia eólica é que essa é uma tecnologia em constante evolução, com aerogeradores cada vez mais eficientes e custos de produção reduzidos.
A energia eólica contribui para a diversificação da matriz energética, promovendo a transição para um sistema energético mais sustentável.
Portanto, considerando o enorme potencial da fonte de energia eólica, ela desempenha um papel crucial na busca por soluções de energia mais sustentáveis e na redução das emissões de carbono.
Embora a energia do vento tenha várias vantagens, também há desvantagens a serem consideradas.
Uma das principais desvantagens é a variabilidade.
A quantidade de energia elétrica gerada por um parque eólico depende diretamente da velocidade do vento.
Se o vento estiver fraco ou inconstante, a geração de eletricidade será reduzida.
Isso pode resultar em flutuações na produção e na necessidade de ter outras fontes de energia ou sistemas de armazenamento para compensar a falta de vento.
Outra desvantagem é o impacto visual e sonoro dos aerogeradores.
Os parques eólicos muitas vezes são compostos por várias turbinas, que podem ser consideradas visualmente intrusivas, especialmente em áreas de beleza natural.
Além disso, o ruído gerado pelo movimento das pás pode ser perceptível e potencialmente perturbador para as comunidades próximas.
Embora os avanços tecnológicos tenham reduzido significativamente esses problemas, eles ainda não foram completamente mitigados.
A localização dos parques eólicos também pode ser um desafio.
Nem todas as regiões possuem ventos adequados para a geração eficiente de energia eólica.
Isso para não falar que a infraestrutura necessária para a instalação e a conexão à rede elétrica pode ser complexa e demandar grandes investimentos.
Além disso, a vida útil dos aerogeradores é limitada, ainda que seja longa, em torno de 20 a 25 anos.
Ainda assim, eles eventualmente precisarão ser substituídos, o que pode gerar custos adicionais de desmantelamento e descarte adequado dos materiais.
A avifauna também pode ser afetada pela presença dos aerogeradores.
As pás em movimento representam um risco de colisão para algumas espécies de aves e morcegos, podendo causar impactos negativos na biodiversidade local.
A energia eólica também requer investimentos significativos em infraestrutura e desenvolvimento tecnológico.
Embora os custos tenham diminuído ao longo dos anos, o capital inicial necessário para a construção de parques eólicos ainda pode ser alto.
Cabe frisar que, apesar dessas desvantagens, a energia eólica continua sendo uma opção importante na transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável.
Muitos desses desafios podem ser mitigados com avanços tecnológicos, planejamento adequado e consideração cuidadosa das questões ambientais e sociais envolvidas.
As características da energia eólica indicam que, mesmo considerando as desvantagens, essa é de fato a fonte energética do futuro.
Isso porque ela desempenha um papel central na busca por soluções energéticas viáveis ambiental e financeiramente, e na redução dos impactos ambientais negativos associados a outras formas de geração de energia.
Em comparação com fontes de energia como carvão e energia nuclear, a energia eólica apresenta larga vantagem, principalmente pela perspectiva ambiental.
Trata-se de uma opção extremamente favorável, se comparada, por exemplo, com a energia gerada a partir do carvão, já que não produz emissões de gases de efeito estufa.
De acordo com o GWEC (em inglês), em 2020, a energia eólica terrestre e marítima evitou a emissão de cerca de 1,2 bilhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2) em todo o mundo.
Esse volume é equivalente a toda a emissão de carbono da América do Sul.
Comparando com a energia hidrelétrica, a energia eólica também apresenta vantagens.
Enquanto as usinas hidrelétricas têm impactos significativos no ambiente, como a alteração de rios e o deslocamento de comunidades, a instalação de parques eólicos não causa grandes impactos ambientais.
Além disso, a energia eólica é mais rapidamente implementada e não está sujeita às limitações geográficas impostas pela disponibilidade de rios.
Em comparação com a energia nuclear, a energia eólica oferece uma alternativa muito mais segura e sustentável.
Isso porque usinas de fissão apresentam riscos associados à possibilidade de acidentes graves, como os ocorridos em Chernobyl e Fukushima.
Além disso, o descarte de resíduos nucleares é um desafio complexo.
A energia eólica, por outro lado, é uma fonte segura, não produz resíduos radioativos e não apresenta riscos associados à liberação de materiais perigosos, como o plutônio.
Felizmente, no Brasil, a produção de energia eólica tem apresentado um crescimento expressivo nos últimos anos.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), até agosto de 2021, a capacidade instalada de energia eólica no país alcançou cerca de 20,4 gigawatts (GW), distribuídos em mais de 700 parques eólicos.
Isso representa uma participação de aproximadamente 10% na matriz energética nacional.
O Brasil ocupa uma posição de destaque na geração de energia eólica na América Latina e é um dos 10 maiores produtores mundiais.
A região Nordeste é onde mais se produz energia eólica, com o Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará liderando a produção.
O potencial eólico brasileiro é estimado em mais de 500 GW, indicando um grande espaço para expansão e desenvolvimento desse setor no país.
A energia do vento, como vimos, está aumentando sua participação a olhos vistos em todo o mundo.
De acordo com o GWEC, no primeiro semestre de 2021, a capacidade instalada global aumentou 114 GW em relação ao mesmo período do ano anterior.
A China continua sendo o maior produtor de energia eólica, com uma capacidade instalada de mais de 280 GW.
Outros países com uma presença significativa incluem os Estados Unidos, com mais de 128 GW, e a Alemanha, com mais de 62 GW.
Em 2020, a energia eólica foi responsável por cerca de 5% da capacidade global de geração de energia elétrica, evidenciando o crescimento contínuo da energia eólica como matriz energética importante mundialmente.
No primeiro semestre de 2021, a energia eólica representou cerca de 8% da capacidade global de geração de energia elétrica, de acordo com o GWEC.
Além disso, a energia eólica teve um papel significativo na transição energética em muitos países.
No Reino Unido, por exemplo, a energia eólica terrestre e marítima ultrapassou a geração de carvão e se tornou a segunda maior fonte de eletricidade em 2020.
Neste texto, você entendeu o que é energia eólica e como ela funciona.
Ao lado da solar, ela é uma das grandes esperanças da humanidade para alcançar a sustentabilidade energética.
Tudo leva a crer que chegaremos a um ponto em que essa matriz será uma das principais responsáveis pelo abastecimento das cidades, com grandes impactos positivos, em especial para o meio ambiente.
Empresas e governos podem se beneficiar nesse processo, tirando proveito das vantagens da energia eólica, desde que estejam bem assessorados em seus projetos.
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