Carreira

Empregabilidade: o que é, importância e como testar

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A empregabilidade está entre as suas preocupações com o futuro?

É natural que seja assim.

Sabemos que uma das principais inquietações do ser humano é relacionada a ter um trabalho ou fonte de renda para suprir suas necessidades básicas.

Mas garantir tal condição envolve barreiras, que vão desde a disponibilidade no mercado de trabalho até às próprias escolhas para a carreira.

Neste artigo, iremos abordar diversos aspectos em torno do tema, com o objetivo de contribuir para a sua melhor compreensão e também para debater maneiras de aumentar o seu índice de empregabilidade.

Quer saber mais a respeito? Então, veja os tópicos que iremos abordar a partir de agora:

  • O que é empregabilidade?
  • Qual a importância da empregabilidade?
  • As bases da empregabilidade
  • Quais são os 6 pilares da empregabilidade?
    • Adequação vocacional
    • Competência profissional
    • Idoneidade
    • Saúde física e mental
    • Reserva financeira
    • Relacionamentos
  • O que é índice de empregabilidade
  • Como é feito o cálculo do índice de empregabilidade
  • Como testar seu índice de empregabilidade?
  • Exemplos aplicados de empregabilidade
  • Como escolher o melhor curso para o mercado de trabalho?
  • Cursos mais procurados no mercado de trabalho
  • Quais são as profissões do futuro (Guia para 2020)?

Se o assunto é do seu interesse, aproveite a leitura!

A empregabilidade se relaciona com a capacidade de conseguir um emprego e também mantê-lo

O que é empregabilidade?

Podemos entender empregabilidade como o conjunto de conhecimentos, tanto técnicos quanto comportamentais que são procurados pelo mercado de trabalho em um profissional.

Em vista do acirramento da concorrência, consequência da globalização e das inovações tecnológicas, cada vez mais as empresas desejam contar com colaboradores que reúnam competências voltadas à maior eficiência.

É um movimento que integra a busca constante pela redução de custos, aumento da produtividade e melhoria do nível de serviços prestados.

Assim, a empregabilidade pode ser vista por dois ângulos:

  1. Capacidade de conseguir um emprego
  2. Aptidão para manter-se empregado.

Para ambos cenários, é fundamental que o profissional esteja sintonizado com as mudanças de tecnologia e demais atualizações, seja no marco legal ou relacionadas a novas formas de atuação na área em que pretende atuar.

O valor pelo qual ele é percebido pelo mercado de trabalho (empregadores) está ligado diretamente ao seu grau ou índice de empregabilidade.

Assim, a capacidade de inovar, de se relacionar com outras pessoas e de propor soluções criativas para problemas comuns se mostra essencial.

É um diferencial tanto para colocar-se no mercado quanto para manter sua posição nele.

Qual a importância da empregabilidade?

As mudanças ocorridas no mundo dos negócios nas últimas décadas influenciaram fortemente o conceito de carreira.

Como consequência, hoje, é raro um profissional continuar trabalhando na mesma empresa por longos anos, principalmente na mesma função.

Os impactos aparecem nos mais variados segmentos de negócios, e se aplicam à totalidade das profissões existentes.

Como consequência, algumas ocupações deixam de existir, enquanto outras surgem com força.

Nesse contexto, um profissional com um bom índice de empregabilidade pode até ficar desempregado, mas isso não significa que estará totalmente desocupado, sem remuneração.

É que as possibilidades são muitas e se faz necessário estar atento às novas formas de ocupação da economia moderna.

O mercado de trabalho mudou e, certamente, se transformará ainda mais no futuro.

Portanto, o profissional do futuro é o empreendedor de si mesmo.

Aqueles que desenvolverem melhor suas competências e estiverem atentos ao que as empresas precisam, se mostrando capazes de se reinventar no dia a dia, estarão aptos a manter em alta o seu índice de empregabilidade.

O profissional que consegue se manter atualizado e ser eficiente tem grandes chances de valorização

As bases da empregabilidade

O profissional deve entender que o emprego no qual eventualmente se encontra não pertence a ele, mas à empresa que o contrata.

De outro modo, a empregabilidade, entendida como um conjunto de competências desenvolvidas pelo indivíduo, jamais pode ser retirada dele.

As bases da empregabilidade que garantem sua estruturação dizem respeito a três fatores: competências, conhecimento e rede de relacionamentos.

Para melhor entendimento, vamos explorar cada um desses aspectos.

Dentre as competências, podemos destacar as seguintes:

  • Ser proativo: assumir responsabilidades dentro da sua função no trabalho e antecipar-se às possíveis soluções, entregando os resultados desejados
  • Ser ético: pressupõe um conjunto de atitudes muito valorizadas, como o não uso de informações privilegiadas para adquirir vantagens pessoais, ter respeito às normas estabelecidas pela empresa e pela legislação em vigor
  • Ser automotivado: ter motivação diante das dificuldades que surgirem, trabalhar em harmonia com seus colegas de trabalho e ter uma visão de futuro.

Em relação aos conhecimentos, o trabalhador deve se manter atualizado perante as novas exigências do mundo dos negócios, participando de cursos, congressos, palestras e outras formas possíveis.

Por fim, no que diz respeito à rede de relacionamentos, é fundamental cultivar laços de amizade, de forma desinteressada, dentro e fora da empresa.

No longo prazo, você verá que esse networking sincero irá permitir acesso a novas oportunidades de forma natural e espontânea.

Quais são os 6 pilares da empregabilidade?

Dentro do novo paradigma do mundo do trabalho, o indivíduo é o dono da sua carreira, não podendo delegar o desenvolvimento dela a mais ninguém.

Assim, é responsabilidade do profissional pensar e tomar as rédeas do seu aperfeiçoamento.

Os pilares da empregabilidade foram desenvolvidos pelo escritor José Augusto Minarelli, no sentido de proporcionar ao profissional a capacidade de gerar trabalho e renda.

Veja nos tópicos seguintes quais são eles.

Adequação vocacional

Está relacionada à aptidão profissional.

Trabalhar na área que gosta pode influenciar positivamente nos resultados alcançados, pois há prazer em desenvolver suas atividades.

Competência profissional

Esse pilar constitui-se na capacidade do indivíduo de se manter atualizado frente às inovações na sua área de atuação, seja por meio de cursos, palestras, livros, publicações, entre outras.

Idoneidade

Diz respeito à orientação das atitudes por princípios e valores que levam em consideração o respeito às leis, a honestidade e o cumprimento com aquilo que foi acordado.

Ser idôneo é uma condição necessária para que o trabalhador consiga boas referências no mercado profissional.

Saúde física e mental

Nesse ponto, o cuidado se direciona ao equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.

O profissional que goza de boa saúde física e mental está apto a enfrentar as dificuldades do cotidiano no trabalho.

Reserva financeira

A existência de uma reserva financeira é uma garantia contra momentos de instabilidade na carreira.

Com isso, o profissional terá mais tranquilidade para passar por períodos de baixa atividade econômica.

Como consequência, continuará focado na sua eficiência e produtividade.

Relacionamentos

Somente os relacionamentos genuínos são capazes de se converter em oportunidades de trabalho.

Portanto, o essencial é pensar no outro e nas suas necessidades, estando disposto a servir e adotando uma postura empática.

As suas chances de ser contratado (a) podem ser calculadas usando uma fórmula

O que é índice de empregabilidade?

O índice de empregabilidade é um indicador que relaciona as habilidades do trabalhador, com a dos seus concorrentes e as demandas do mercado.

Dessa forma, o profissional pode analisar como está situado em relação àquilo que o mercado busca.

Conhecer seus pontos fortes e fracos é fundamental para que possa se aprimorar e, assim, se tornar mais atrativo para os empregadores e competitivo para o mercado.

O ideal é que o profissional tenha um equilíbrio entre os itens que são levados em consideração para o cálculo do índice, sobre o qual vamos falar agora.

Como é feito o cálculo do índice de empregabilidade?

A tecnologia disponível tornou mais fácil para o trabalhador entender e até mesmo calcular o seu índice de empregabilidade.

Hoje, há diversos sites que objetivam explicar as chances de o candidato obter uma nova colocação ou até uma promoção no seu emprego atual.

O cálculo leva em consideração três variáveis macro, que são:

  • O perfil do candidato
  • O perfil dos demais profissionais
  • Variáveis macroeconômicas (quantidade de vagas em aberto em geral e específicas da área de atuação).

O conhecimento do índice de empregabilidade possibilita ao profissional ter mais clareza das suas reais chances para conseguir determinada vaga ou promoção.

O índice de empregabilidade também é muito utilizado por diversas instituições de ensino superior, com o objetivo de dar uma resposta aos seus alunos sobre as perspectivas de inserção no mercado de trabalho.

Como testar seu índice de empregabilidade?

Ao navegar na internet, você encontra diversos sites que disponibilizam testes para avaliar o índice de empregabilidade.

Em geral, são questionários que exigem respostas simples, do tipo sim ou não.

Um dos testes é disponibilizado pela empresa DNA Outplacement em sua página. Para fazer, role a tela até encontrar o título “Análise de Empregabilidade”. Depois, é só responder as questões e informar seu e-mail para receber os resultados.

Seja qual for o método e o site no qual você realizar essa avaliação, testar a sua empregabilidade é importante a fim de concentrar esforços nas vagas compatíveis com suas habilidades e competências.

Existem pelo menos quatro motivos para você analisar o seu índice de empregabilidade:

  • Planejar seus próximos passos no mercado de trabalho
  • Aprimorar seu currículo
  • Preparar-se para uma entrevista de emprego
  • Estar ciente de suas chances de conseguir uma vaga, ser promovido ou até de ser desligado do seu emprego atual.

A base para garantir um alto índice de empregabilidade é conhecer o que o mercado busca dos profissionais.

Dessa forma, o profissional tem condições de compatibilizar suas competências com àquelas demandadas pelos empregadores, dentro da sua área de atuação.

Acomodar-se em uma função nem de longe é uma boa escolha, pois isso o leva à desatualização, tornando-se incapaz de atingir os resultados que lhe são exigidos.

Ter equilíbrio e saber trabalhar em equipe são algumas das soft skills que podem ajudar na sua empregabilidade

Exemplos aplicados de empregabilidade

Exemplos de aplicação para o aumento da empregabilidade estão relacionados ao desenvolvimento das chamadas soft skills.

São habilidades e competências comportamentais importantes para todo profissional.

Veja cinco delas:

  • Relacionamento interpessoal: a qualidade das relações no ambiente de trabalho é fundamental para que as atividades sejam realizadas com maior eficiência. O respeito para com outras pessoas, inclusive sabendo aceitar pontos de vista diferentes, é importante para manter um clima agradável e colaborativo
  • Trabalho em equipe: flexibilidade, comunicação e maturidade são pontos-chave para o bom andamento dos trabalhos em equipe, de forma a alcançar os objetivos comuns
  • Equilíbrio: o profissional deve buscar o equilíbrio entre a razão e a emoção para que esteja em condições de alcançar os resultados esperados. Uma boa saúde física e mental é a base para se manter produtivo
  • Marketing pessoal: não basta estar atualizado com as novas técnicas exigidas, mas também saber mostrar os seus diferenciais. Investir no marketing pessoal permite ao mercado conhecer suas habilidades.
  • Aprimoramento: buscar a capacitação permanente e ter uma atitude de aprendizagem são diferenciais importantes para manter a sua empregabilidade em alta.

Se você quer desenvolver as suas soft skills, saiba que a Fundação Instituto de Administração (FIA) tem um curso especialmente desenvolvido para isso.

É o curso de extensão Soft Skills para Gestão de Projetos, que você pode conhecer clicando neste link.

Ter um curso superior é de suma importância, mas não é qualquer um que irá aumentar sua empregabilidade

Como escolher o melhor curso para o mercado de trabalho?

Como vimos até aqui, estar capacitado é fundamental para manter a sua empregabilidade em alta.

Mas como escolher cursos que farão a diferença na hora da sua contratação?

Em primeiro lugar, uma graduação pode ser descrita como um pré-requisito para qualquer área de atuação.

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), brasileiros com Ensino Superior ganham, em média, 140% a mais do que profissionais que têm apenas o Ensino Médio.

Mas não basta fazer qualquer curso superior, é claro.

Muito importante é escolher uma instituição de ensino reconhecida pelo MEC e pelo mercado, cujos professores tenham titulação de mestres e doutores.

Além disso, verifique qual a avaliação do curso que pretende fazer.

A FIA é reconhecida internacionalmente pela qualidade do seus cursos. Confira o nosso ranking.

Além disso, procure informações a respeito da carreira que pretende seguir.

Quais são as perspectivas de futuro para ela? Está em alta ou em declínio?

Lembre-se de que você está se preparando agora para atuar depois.

Por último, procure uma carreira que esteja alinhada com as suas aptidões, interesses e com a própria personalidade.

Cursos mais procurados no mercado de trabalho

Sabemos que o mercado de trabalho está em constante mudança.

Por isso, não devemos encarar uma relação de cursos com alta empregabilidade como definitiva.

De qualquer modo, a Revista Exame realizou uma pesquisa junto a consultorias no Brasil, para saber quais cursos estão com maiores chances de empregabilidade.

Veja abaixo a relação:

  1. Administração de empresas
  2. Direito
  3. Ciências Contábeis
  4. Estatística
  5. Gestão da Informação
  6. Engenharia de Produção
  7. Tecnologia da Informação
  8. Recursos Humanos
  9. Marketing
  10. Logística.

Esse cursos representam o desenvolvimento das chamadas hard skills.

Já sobre as soft skills, as principais habilidades a desenvolver são:

  1. Comunicação
  2. Negociação
  3. Liderança
  4. Autoconhecimento
  5. Tomada de decisão
  6. Capacidade de aprendizagem
  7. Organização
  8. Inglês.

Todas elas fazem a diferença na conquista por uma vaga de emprego ou mesmo para a sua manutenção no mercado.

São competências que podem ser desenvolvidas em cursos variados e também a partir de um processo de coaching.

Quais são as profissões do futuro? (Guia para 2020)

Seja para quem ainda vai ingressar no mercado de trabalho, ou para aqueles que pretendem mudar de carreira, conhecer as tendências para o futuro das profissões é fundamental.

A valorização dessas carreiras não se dá somente pela maior procura por parte dos empregadores, mas também por uma aumento na sua remuneração.

Como veremos a seguir, a tecnologia desempenha um fator primordial na escolha das profissões do futuro.

Para o ano de 2020, as profissões com maior probabilidade de alta são as seguintes:

Vale lembrar que questões como a reforma trabalhista e a terceirização podem impactar na valorização de profissões.

Para se aprofundar e conhecer mais a respeito das profissões em alta para o futuro, leia este artigo.

Não perca de vista seu contínuo desenvolvimento para sempre ter sua empregabilidade em alta

Conclusão

A empregabilidade é um tema sempre atual – e assim permanecerá.

Afinal, todos nós sempre estamos preocupados com a capacidade de gerar renda ao longo de nossas vidas.

Tanto o desenvolvimento das hard skills, quanto das soft skills, se mostra crucial para aumentar o índice de empregabilidade.

Estar atento às necessidades do mercado de trabalho é o ponto de partida para o desenvolvimento do conjunto de conhecimentos e habilidades a serem desenvolvidas com esse objetivo.

Já se sabe que a tecnologia estará presente em boa parte das profissões do futuro.

Portanto, investir em você é sempre uma excelente estratégia para se manter atrativo no mercado.

A FIA desenvolve um projeto com executivos que estão desempregados por um período de no mínimo quatro meses, promovendo sua capacitação e aumentado a sua empregabilidade.

Ficou com alguma dúvida ou tem uma sugestão sobre o assunto? Deixe um comentário abaixo ou entre em contato conosco.

Julio Cesar Teixeira

Graduado em Ciências Contábeis e Direito, possui MBA em Finanças e Controladoria, e Mestrado em Gestão de Negócios pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Atuou nas áreas contábil, financeira e administrativa de organizações do setor industrial, comércio, serviços e terceiro setor por mais de 20 anos. Consultor e professor de cursos de graduação nas áreas de contabilidade, custos e orçamento, finanças e planejamento tributário na Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (FATEC) e no Centro Universitário UNIFEOB. Coordenador de Contabilidade e Finanças do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo (IFSP).

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