Negar a importância de se pensar e discutir a educação digital atualmente é quase o mesmo que negar a relevância da tecnologia no nosso dia a dia.
Ou seja, não tem como fazer isso.
Hoje, todos os jovens em idade escolar – e boa parte daqueles que estão na universidade – cresceram em um mundo no qual já havia internet banda larga e os celulares começavam a se popularizar e desenvolver.
Tantas rotinas e comportamentos mudaram desde então, mas a sala de aula, na maioria dos lugares do país, continua a mesma de décadas atrás.
O problema é que o ambiente da educação é justamente um dos que mais tem necessidade de se renovar na Era da Informação.
E é assim porque, ao mesmo tempo em que a oferta de estímulos aumenta, fica cada vez mais difícil que o conteúdo expositivo desperte o interesse e a atenção dos alunos.
A educação digital traz novos desafios, sim, mas também novas oportunidades, pois nunca tivemos acesso a tantas fontes de informações e recursos de aprendizagem.
Neste artigo, vamos falar sobre os seguintes tópicos:
Quer saber mais sobre esses assuntos? Siga em frente e boa leitura!
Educação digital é a prática de utilizar meios tecnológicos em métodos de ensino, frequentemente aliada à adoção de processos mais dinâmicos de aprendizagem.
É importante destacar desde já que não existe um modelo de educação digital ou um conjunto de pilares e características que nos permita uma definição mais detalhada.
Afinal, o universo da tecnologia é muito complexo e muda demais.
As novidades surgem com tanta frequência e as possibilidades são tão diversas que é impossível estabelecer uma base para gerar uma abordagem comum que sirva como referência.
Cabe aos educadores e instituições de ensino encontrarem a fórmula que acreditam ser mais adequada para promover ensino de qualidade, aproveitando todos os benefícios das soluções tecnológicas.
Na realidade, o cenário atual oferece a oportunidade de outros agentes atuarem como promotores da educação digital.
Em um mundo conectado, com distâncias mais curtas, empresas de tecnologia e entidades sem fins lucrativos desenvolvem ferramentas de educação interessantes e de grande influência entre estudantes e educadores.
Um bom exemplo são os milhares de aplicativos para dispositivos móveis que funcionam como plataformas de aprendizado e difusão do conhecimento.
Alguns deles têm modelo de negócio que visa o lucro e outros apenas têm o propósito de colaborar com o desenvolvimento da educação digital.
Assim como é difícil trazer uma definição que não seja genérica demais para educação digital, é complicado estruturar uma linha do tempo formal ou, pior ainda, um marco inicial.
Pois a educação digital é um processo que ainda está em andamento e que sempre caminhou junto com a digitalização da comunicação, da informação e do comportamento.
As possibilidades desse universo são tão grandes quanto a criatividade de quem desenvolve soluções tecnológicas e pensa nas suas aplicações práticas em nosso dia a dia.
Apesar disso, podemos dizer com alguma segurança que o início dos anos 2000 foi quando a educação digital começou a decolar até chegar na efervescência de soluções e abordagens digitais que temos hoje.
No Brasil e em boa parte do mundo, nessa época, iniciou-se uma rápida popularização do acesso banda larga.
A internet ficou mais veloz e o seu acesso, ilimitado.
Para se conectar à rede, não era mais preciso ocupar o sinal do telefone, um grande empecilho para os usuários.
Nas escolas e outras instituições de ensino, os professores rapidamente perceberam a mudança em alguns processos de aprendizagem.
A Wikipédia se tornava conhecida e começava a substituir as consultas aos livros da biblioteca e às enciclopédias impressas como fonte de informação em trabalhos de casa.
Os canais digitais continuaram evoluindo. Hoje, aplicativos, canais do Youtube, blogs e até redes sociais são fontes de informação.
Junto com isso tudo, há softwares que facilitam a comunicação em tempo real por texto, áudio ou imagem entre pessoas distantes, eliminando a necessidade de se estar lado a lado para transmitir o conhecimento.
Quando essas ferramentas são bem utilizadas para esse propósito, elas integram o universo da educação digital.
O grande benefício da educação digital é que ela proporciona aos educadores um universo imenso de métodos de ensino.
Essa variedade de possibilidades aumenta as chances de gerar engajamento nos estudantes – afinal, como explicamos antes, a maioria deles são nativos digitais.
As distâncias deixam de ser empecilhos e o tédio é combatido com soluções interativas, que exigem uma postura mais protagonista dos alunos.
Dessa forma, o tempo pode ser muito mais bem aproveitado, gerando um aprendizado bem mais rápido, caso resolvamos comparar os métodos expositivos tradicionais.
No fim, a educação digital resulta em menores índices de evasão escolar, por conta das aulas mais inovadoras e motivadoras.
E como melhora a eficiência do ensino, a educação digital formará pessoas mais capacitadas.
Quem aproveita na escola, na universidade ou por conta própria os benefícios desses recursos, tem grandes chances de se tornar um profissional bastante valorizado no mercado de trabalho.
A educação digital é importante não apenas para promover um ensino com mais engajamento, como acabamos de explicar no tópico anterior.
Mas também porque é uma realidade que fomenta a democratização do acesso à informação, pois demanda menos recursos e não reconhece distâncias como obstáculos.
Hoje, é possível aprender sobre praticamente qualquer assunto no conforto do lar, quando e como for conveniente para o aluno.
Alguém que mora no interior, por exemplo, hoje pode, graças à crescente oferta de cursos a distância, obter um diploma de uma universidade reconhecida.
Esse tipo de ensino já foi visto com maus olhos por pessoas mais conservadoras, como se fosse uma modalidade menos séria do que a educação presencial.
Quando há comprometimento do aluno, bom planejamento e organização das lições, e um aproveitamento inteligente das soluções tecnológicas disponíveis, porém, os resultados alcançados são inegáveis.
Por isso, é importante também discutir a educação digital. Compreendê-la como uma construção contínua e conjunta.
Afinal, também há um lado ruim para o mundo de informações disponível na web. Há muita mentira, desinformação, conteúdo ofensivo ou de má qualidade.
É importante ensinar os jovens desde cedo a filtrar as informações e aproveitar a hiperconectividade da melhor maneira possível para desenvolverem suas capacidades.
Perto de países do mundo desenvolvido e até de alguns que também são considerados subdesenvolvidos, o Brasil ainda tem muito para evoluir na educação digital.
Já tivemos os esforços por parte do Estado para promover a inclusão digital, ou seja, para que mais pessoas tenham acesso e saibam utilizar a internet.
Esforços que inegavelmente são importantes, já que cada vez mais o domínio das soluções digitais é necessário para a integração na nossa vida em sociedade.
O Brasil é um dos países em que as redes sociais mais são populares no mundo, mas há pouca disposição para estruturar metodologias de ensino verdadeiras no ambiente digital.
O erro que comumente é cometido é achar que educação digital é inclusão digital. Que basta ampliar o acesso à internet e distribuir tablets nas escolas.
Na realidade, é muito mais uma questão estratégica do que de recursos tecnológicos.
O propósito precisa ser a adoção de práticas, métodos e abordagens que melhoram o aprendizado.
Como chegar em um modelo que utiliza a tecnologia para reduzir a evasão escolar despertando o interesse dos alunos e formando jovens mais qualificados? Esse é o desafio.
O debate sobre a educação pode ser justamente o caminho para o crescimento, pois a educação digital fomenta a inovação, que desenvolve a indústria e gera mais valor agregado, emprego e renda para o país.
Um trabalho, porém, a longo prazo.
Como já explicamos, a educação digital ocorre quando são aproveitados recursos tecnológicos no ensino.
Quais recursos são esses? Quaisquer.
Não existe uma fórmula que diga que, para que uma abordagem de ensino seja considerada educação digital, precisa ter essa ou aquela tecnologia.
Mas aqui vamos apresentar algumas abordagens modernas que cabem muito bem no universo da educação.
Gamificação é um neologismo inspirado no termo inglês gamification , que faz referência aos games, ou seja, jogos eletrônicos de computador e videogame.
Na educação, gamificação significa utilizar alguns mecanismos e linguagens típicas dos games para construir uma abordagem de ensino mais lúdica.
A intenção é despertar maior interesse e motivação nos alunos, que se divertem ao aprender e avançar nos estudos.
Nos games, por exemplo, é comum que o jogador avance por fases e colecione prêmios simbólicos (fictícios) conforme vai cumprindo os objetivos propostos.
Quanto mais ele avança, mais a dificuldade aumenta, e o jogador vai acumulando reputação na comunidade daquele game.
É uma dinâmica que o faz querer jogar sempre para seguir evoluindo e aumentando sua reputação.
Por que não utilizar o mesmo mecanismo de recompensa nos estudos, onde também há essa dinâmica de acumular conhecimento e na qual a próxima lição é sempre mais complexa?
EaD é a sigla para ensino a distância, que significa simplesmente a transmissão de conhecimento entre professor e aluno sem que estejam no mesmo ambiente físico .
Geralmente, utiliza-se o termo para se referir a cursos oferecidos por instituições de ensino, com começo, meio e fim.
Em vez das aulas expositivas, há vídeo-aulas com os professores, que podem ser gravadas ou ao vivo.
Os alunos têm à disposição, na plataforma de ensino, as indicações e links para leituras e a possibilidade de interagir entre si em fóruns.
A avaliação dos alunos, ao contrário do que pensam os críticos da modalidade, não é negligenciada: há provas e trabalhos que devem ser entregues para que eles possam avançar nos módulos do curso.
Para os professores, a grande vantagem é que eles não precisam repetir a mesma aula presencialmente e ao vivo para diferentes alunos.
Gravam as aulas e administram as dúvidas da turma.
Com o tempo livre, podem dedicar-se a melhorar o conteúdo e os métodos de ensino e orientar melhor os estudantes.
Quando se fala em robô, cada vez menos essa palavra vai significar uma máquina com traços humanóides como braços, pernas e cabeça.
Os robôs modernos são algoritmos e sistemas de inteligência artificial que permitem que determinadas decisões sejam tomadas automaticamente, sem interferência de um humano.
Pois uma das tendências da educação digital é utilizar esses recursos para tornar a gestão do ensino ainda mais eficiente.
Chatbots, por exemplo, podem responder a dúvidas de alunos, e algoritmos podem criar testes personalizados para a avaliação dos estudantes.
É claro que nada disso implica na desumanização completa da educação.
São apenas recursos a mais, que podem ser utilizados em determinados contextos para aumentar as possibilidades de interação entre aluno e conteúdo de forma escalável.
Enquanto a robotização é a automatização de determinados processos por máquinas ou sistemas, a robótica é o ramo da educação que ensina os alunos a desenvolverem robôs naquele sentido mais tradicional: estruturas físicas controladas remotamente por circuitos integrados.
Já programação é o processo de escrever códigos de um sistema ou programa de computador.
Essas duas áreas não são propriamente tecnologias da educação digital, mas citamos ambas aqui como conteúdos que devem ganhar força nos currículos escolares na Era da Informação.
Afinal, a robótica e a programação são ramos cujas inovações têm influência direta no cotidiano de pessoas do mundo todo.
Então, é importante que os jovens entendam desde cedo seu funcionamento.
Sem contar que o conhecimento nessas áreas forma um profissional muito valorizado no mercado de trabalho atual.
Diferentes abordagens funcionam melhor em determinados níveis de estudo.
A escola forma o cidadão.
É lá que a criança aprende a socializar e o adolescente começa a desenvolver seu intelecto para questões mais complexas.
Seja no nível básico, fundamental ou médio, é importante que o ensino escolar seja presencial.
Mesmo assim, é possível promover a educação digital – afinal, da mesma forma que essa prática não é a mera adoção das tecnologias, também não é somente o ensino a distância .
Trazer a educação digital para a sala de aula pode envolver ações como:
Programas como o Skype podem trazer para a sala de aula outros professores sem nenhum grande esforço logístico.
Em vários aspectos, a universidade é bastante diferente da escola. Sobretudo no comportamento que se espera do aluno.
O estudante tem uma independência muito maior, em função de seu maior nível de maturidade, mas não apenas isso.
Os cursos universitários estão formando um profissional para entregá-lo ao mercado de trabalho.
Seu sustento futuro dependerá, portanto, do comprometimento nos estudos.
Graças a essas características, a universidade pode explorar tecnologias em que não é necessária a mediação constante de um professor.
Por isso que os cursos de graduação e pós-graduação na modalidade EaD vêm crescendo muito.
Quanto ao conteúdo, é possível que a ascensão da educação digital nas universidades resulte em formações mais multidisciplinares .
Apesar de muitos ainda torcerem o nariz, a educação digital é um caminho sem volta.
Simplesmente porque é muito mais eficiente: demanda menos recursos, é escalável e mais democrática que o ensino tradicional.
Logo, tem um potencial muito maior de transformar as pessoas ao redor do globo.
É importante fomentar reflexões, especialmente em um momento em que enxergamos tantas notícias negativas em relação à tecnologia.
Problemas relacionados à segurança e privacidade de usuários têm sido cada vez mais comuns.
Da mesma forma, os discursos de ódio reverberam como nunca e processos por calúnias e ofensas virtuais aumentam de frequência.
Nada disso, porém deve se sobressair ao oceano de informação útil, relevante e transformadora que encontramos no mundo digital.
Ficou mais fácil que nunca saber sobre tragédias, sim, mas também entrar em contato com as obras e lições das mentes mais brilhantes do planeta. Em texto, áudio e vídeo.
A educação digital é o reconhecimento desse potencial transformador nas abordagens de ensino de escolas e instituições de ensino superior. O que só veremos crescer.
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