A dinâmica de grupo é uma prática muito comum em empresas, especialmente aquelas que têm um grande número de funcionários.
Ou, como se diz bastante hoje em dia, colaboradores – e compreender por que essa palavra é muito usada ajuda a entender a importância das dinâmicas.
Um colaborador é aquele que colabora. No contexto de uma empresa, isso quer dizer que as pessoas precisam atuar em conformidade.
O ponto de partida é o entendimento de que existe um objetivo maior almejado pela empresa, e cada um vai colaborar de alguma maneira para alcançá-lo.
Em algumas organizações, porém, essa noção é perdida e criam-se os chamados silos de comunicação, quando há má vontade (por vezes, até rivalidade) entre os setores.
É aí que entram as dinâmicas de grupo, que ajudam a aumentar a integração, romper os silos e incentivar o trabalho em equipe.
Elas também são, é claro, ferramentas importantes para auxiliar o processo de seleção de novos funcionários.
Ao longo deste texto, vamos explicar melhor a importância da dinâmica de grupo e suas diferentes aplicações, além de trazer exemplos e dicas para conduzir o processo.
A dinâmica pode não resolver todos os problemas de uma empresa sozinha, mas, se conduzida com competência, traz grandes benefícios.
Você vai descobrir todos eles ao conferir os seguintes tópicos do artigo:
Era esse o conteúdo que procurava? Então, siga a leitura!
A dinâmica de grupo é uma ferramenta que consiste na reunião de várias pessoas no mesmo local para a realização de atividades nas quais elas interagem entre si.
Essa é uma definição bastante genérica, sim, mas isso porque há vários tipos de dinâmicas, embora muitos se lembrem apenas de um: aquele realizado em um processo seletivo para uma vaga de emprego.
Nesse tipo de dinâmica, o objetivo é observar como cada candidato se comporta nesse contexto para avaliar suas características na prática.
Mas uma dinâmica de grupo pode envolver também quem já foi contratado pela empresa, em atividades que podem ter diversas finalidades, como falaremos mais adiante.
É realmente um universo de possibilidades, já que, seja qual for a aplicação, há várias técnicas que podem ser aplicadas para tentar alcançar o objetivo proposto.
O que a maioria dos tipos de dinâmica tem em comum é a presença de um facilitador – ou mais de um.
É ele quem irá conduzir as atividades – primeiro, comunicando aos participantes o que será feito e qual a finalidade da dinâmica, depois, fazendo a mediação das interações.
Esse profissional, geralmente com formação na área de Recursos Humanos ou Psicologia, deve ter uma boa capacidade de comunicação interpessoal.
É fundamental que ele respeite a diversidade, entendendo que cada indivíduo que compõe o grupo é único e tem seu próprio tempo e maneira de se relacionar e se manifestar.
Seja em uma entrevista de emprego ou em uma dinâmica de grupo interna de uma organização, há muita gente que torce o nariz para essa ferramenta.
Quando isso acontece, é possível que a empresa tenha incorrido em algum erro.
Ou não foi capaz de comunicar bem para que serve a atividade ou não escolheu as técnicas mais adequadas para atingir o objetivo proposto.
Quando fica claro o que se pretende fazer e por que determinado método foi utilizado, é mais provável que os participantes vão se engajar na proposta, tornando a dinâmica muito mais produtiva.
Mas, afinal, qual é a serventia desse processo? Como já falamos antes, depende.
Vale fazer uma distinção entre dinâmicas de grupo para seleção de novos funcionários e internas.
Nas seleções, é muito claro: a dinâmica de grupo serve para avaliar características dos candidatos que dificilmente seriam percebidas em uma entrevista individual.
Por exemplo, se ele tem algum traço de liderança, poder de persuasão e bom raciocínio lógico, caso essas sejam qualidades desejadas na vaga em questão.
Nessa aplicação, os facilitadores precisam de muita sensibilidade para criar um ambiente que estimule a naturalidade dos candidatos.
Quanto mais eles se sentirem à vontade para serem eles próprios nas interações, sem “forçar a barra” atuando de maneira exagerada, melhor.
Internamente, entre os funcionários já contratados pela empresa, há diversas finalidades possíveis, e falaremos mais sobre as principais no tópico seguinte.
Além dos processos de seleção de novos funcionários, as dinâmicas de grupo podem ser aplicadas internamente, para finalidades como as que apresentamos abaixo.
Quando novos colaboradores são contratados, pensar em atividades para acelerar sua integração na empresa é sempre uma ideia interessantes.
Isso serve não apenas para deixá-los mais confortáveis e desinibidos – o que sempre é importante -, mas também para que conheçam os valores e a cultura da organização.
Em empresas grandes, que estão sempre contratando, a dinâmica de integração costuma reunir apenas os novos funcionários.
Estar em uma empresa menor, porém, não significa que o mesmo não pode ser feito. Por que não pensar em uma dinâmica para que o novo funcionário conheça seus colegas e vice-versa?
É muito comum que vagas internas das companhias sejam preenchidas por pessoas que já estão naquela empresa há mais tempo.
Essa é uma prática recomendável, porque são colaboradores que já estão habituados com a cultura e os processos da organização.
No entanto, isso não é o suficiente: ele precisa ter as características exigidas para ocupar a nova função.
Gestores podem promover dinâmicas periódicas para avaliar quais colaboradores têm perfil de liderança ou outros atributos desejados para ascender a outros cargos dentro da empresa.
Quando é preciso que funcionários de um setor ou mesmo da empresa inteira adotem um novo processo em sua rotina de trabalho, geralmente um simples memorando, reunião ou treinamento dá conta.
Mas se estamos falando de uma transformação mais radical, como a internalização de uma nova cultura organizacional, talvez outro tipo de atividade seja mais adequado.
Dinâmicas de grupo bem pensadas ajudam a acelerar a compreensão dos novos conceitos.
Melhor ainda quando os funcionários são convidados a colaborar, por meio das próprias dinâmicas, com a construção de um plano e ação para promover na prática essas mudanças.
Colaboração pode até ser uma das palavras da moda no mundo corporativo, mas a verdade é que nenhuma empresa conseguiu ter sucesso até hoje sem um comportamento colaborativo entre seus funcionários.
Atualmente, são conhecidos os benefícios de levar essa ideia além, convidando todas as pessoas que compõem a empresa a dar sugestões para melhorá-la.
Enquanto a caixinha de sugestões anônimas é uma prática obsoleta, a dinâmica de grupo com equipe multidisciplinar é um exercício moderno e inclusivo.
Claro que, no fim, os líderes decidem o que vai ou não ser aplicado, mas abrir essa possibilidade já é um grande passo – desde que não seja apenas jogo de cena e as melhores sugestões sejam, de fato, colocadas em prática.
Por fim, mas não menos importante, a dinâmica de grupo é excelente para estimular a criatividade e a inovação em uma empresa.
O objetivo pode ser resolver um problema, criar um novo produto, melhorar determinado processo ou qualquer outro que exija uma solução diferente.
O segredo, aqui, envolver uma equipe multidisciplinar na dinâmica de grupo, pois a diversidade cognitiva e de conhecimentos permite olhar a questão por mais ângulos.
Seja qual for a aplicação, há várias maneiras de conduzir uma dinâmica de grupo.
Os facilitadores costumam trabalhar com aquelas que consideram que, pela sua experiência, dão o melhor resultado.
A seguir, apresentamos alguns exemplos para você entender como funciona uma dinâmica de grupo.
Essa dinâmica de grupo serve para que os participantes se conheçam.
Todo mundo se divide em dois círculos, um dentro do outro, mas com a mesma quantidade de pessoas.
Toca uma música e cada círculo gira para um lado. Quando a música para, as pessoas que ficaram frente a frente se apresentam e falam brevemente sobre si.
A atividade continua até que todo mundo tenha se conhecido.
É um modelo bem clássico, bastante utilizado em dinâmicas para a seleção de candidatos.
As pessoas são divididas em grupos com quatro ou cinco integrantes e são estimulados a debater um tema ou propor a solução de um problema.
É dado um tempo (em torno de 20 minutos) para que o grupo interaja.
No final, um representante de cada grupo apresenta a conclusão ou solução na qual ele e seus colegas chegaram.
A intenção, aqui, não é avaliar apenas a atitude do representante, mas também o comportamento de cada um durante os 20 minutos de atividade.
É um processo colaborativo, no qual os participantes são divididos também em grupos de quatro ou cinco e distribuídos em pequenas mesas, como se estivessem em um café.
É definido um assunto, com determinadas questões provocativas, sobre as quais cada grupo vai dialogar.
Após 20 ou 30 minutos de debate, uma pessoa fica como anfitriã e os demais integrantes procuram outras mesas.
Como em cada mesa o debate vai para uma direção, surgem ideias diferentes, que se conectam no momento em que os integrantes trocam de mesa.
No final, há um diálogo com todo mundo participando e compartilhando suas experiências.
Nesse método, cria-se um círculo (com cadeiras ou almofadas) composto por cinco a oito pessoas.
Ao redor desse, cria-se outro círculo, com um número mais flexível de participantes. O facilitador explica o tema da vez e apenas os integrantes do círculo interno o debatem.
A particularidade é que sempre deve ficar um lugar vazio no círculo de dentro, para que uma pessoa do círculo de fora tenha a oportunidade de ocupar e expor sua opinião.
Quando o espaço é ocupado, outro integrante do grupo interno precisa sair para deixar uma nova vaga.
A ideia é que todos participem da conversa.
Essa é uma dinâmica de grupo que ajuda a promover o aperfeiçoamento do trabalho em grupo.
No exercício, cada integrante escreve em um papel o que há de melhor e de mais difícil ao se trabalhar com aquela equipe. Esse papel não é assinado.
O facilitador recolhe os papéis e os redistribui de forma aleatória. Na sequência, cada participante lê em voz alta o que está escrito no papel que recebeu.
A ideia é que o grupo faça um debate após cada leitura, com o propósito de reforçar os pontos positivos e melhorar os negativos.
Além de todas as aplicações de que falamos aqui, a dinâmica de grupo também pode servir para melhorar a performance dos colaboradores.
E isso se dá por meio da motivação ou pela internalização de processos e mentalidades mais ágeis e produtivas.
Qualquer que seja o objetivo, o roteiro para a aplicação da dinâmica não costuma ser muito diferente. Leia o passo a passo abaixo e entenda.
Para uma dinâmica de grupo funcionar bem, os participantes precisam estar abertos à experiência, sem travas.
Ajuda quando a empresa tem uma cultura humanizada, colaborativa e que trata os erros como oportunidades de aprendizado e melhoria, não como catástrofes a serem punidas.
Assim, os colaboradores terão uma rotina menos estressante, sem medos nem receios de expor o que pensam não apenas na dinâmica, mas no dia a dia da empresa.
O que se pretende alcançar com a dinâmica? É fundamental ter essa resposta muito clara antes de organizar a atividade.
Esse precisa ser o ponto de partida para definir quem vai participar, qual o método utilizado e o conteúdo do exercício.
Os profissionais da área de recursos humanos que serão responsáveis pelo processo devem estar sempre atualizados, a par das técnicas mais modernas de dinâmicas de grupo.
Eles devem ser os primeiros a entender o objetivo da atividade e a relação com o propósito da empresa.
Por isso, é bom que tenham a visão sistêmica como uma de suas características profissionais.
Os exemplos de dinâmicas que apresentamos antes são apenas alguns entre centenas de possibilidades.
Algumas funcionam melhor para determinados objetivos e com certos perfis de profissionais.
Então, é importante ter a sensibilidade para interpretar essas variáveis na hora de definir qual método será utilizado.
Como já destacamos antes, é muito importante que seja comunicado aos participantes como a dinâmica de grupo vai funcionar e o que se pretende obter com ela.
Isso é fundamental para estimular o engajamento, ou seja, para que o grupo se comprometa em dar o seu melhor para que a atividade cumpra sua proposta.
Por fim, não esqueça de criar um processo para aproveitar os insights gerados na dinâmica de grupo.
Se ela é feita com o objetivo de obter sugestões, soluções criativas ou reconhecer as características dos participantes, essa é uma etapa natural.
Mas mesmo quando ela não tem uma continuidade tão clara, vale a pena fazer uma avaliação da atividade, para que esse tipo de exercício seja sempre aprimorado.
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Mas em um mundo tão competitivo, também é fundamental buscar o conhecimento que já está aí e aprender com livros, professores e profissionais experientes.
É a combinação entre a experiência prática e o conhecimento teórico que faz um profissional de excelência.
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As dinâmicas de grupo são atividades especiais desenvolvidas para várias pessoas e conduzidas por um facilitador.
O nome remete principalmente aos exercícios em grupo em processos seletivos em que há um grande número de candidatos.
Geralmente, trata-se de uma fase eliminatória em que se busca identificar nos possíveis contratados características como proatividade, comunicação interpessoal, liderança e outras.
Só que as dinâmicas de grupo podem ser aplicadas em diferentes contextos entre os profissionais que já atuam na empresa.
O objetivo pode ser integrar os colaboradores, identificar lideranças, criar soluções criativas para problemas, estimular a colaboração, aumentar a performance ou promover uma mudança cultural.
Seja qual for a finalidade, é necessário comunicar bem aos participantes o que será feito e o que se pretende atingir, para aumentar o engajamento da equipe na atividade.
E o facilitador precisa ser o primeiro a compreender a importância da atividade para a organização.
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