O desenvolvimento econômico é um dos principais indicadores de prosperidade para um país, embora não seja o único.
Governo que não entende a devida importância do desenvolvimento econômico paga muito caro, podendo gerar graves problemas sociais.
Um deles é a hiperinflação, que inclusive assolou o Brasil na década de 1980, e hoje atinge em cheio a Venezuela.
Essa é uma das consequências da falta de desenvolvimento econômico e que, como tal, leva a população ao empobrecimento.
Por outro lado, os países que se desenvolvem economicamente mostram que essa é uma condição necessária para que haja estabilidade e bem-estar.
Os melhores exemplos nesse sentido são o Japão e a Alemanha, que tiveram suas economias arrasadas depois da Segunda Guerra, reerguendo-se brilhantemente anos depois.
Esses países mostram que, com planejamento, vontade política e o engajamento da população, qualquer crise pode ser revertida.
Saiba mais sobre o assunto e conheça os fatores do desenvolvimento econômico lendo os seguintes tópicos:
Entenda o que significa desenvolvimento econômico e como o Brasil pode melhorar nesse indicador.
Desenvolvimento econômico é o processo contínuo em que uma nação ou uma região registra índices positivos em seus principais indicadores materiais e alguns imateriais.
Sobretudo, diz respeito às condições econômicas, sociais e políticas.
Um país cuja economia é desenvolvida é aquele em que há menos desigualdade e a maior parte da população usufrui das vantagens do chamado estado de bem-estar social.
O desenvolvimento econômico é impulsionado por diversos fatores, sobre os quais vamos falar ainda neste texto, e que incluem investimentos em infraestrutura, educação, saúde, inovação tecnológica e políticas públicas eficientes.
Portanto, ele não se resume apenas ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), mas também ao progresso em áreas como qualidade de vida, equidade social e sustentabilidade ambiental.
É verdade que nem todo país foca no desenvolvimento econômico, ou pelo menos adota esse como o único parâmetro evolutivo.
No Butão, por exemplo, o sucesso das políticas públicas é medido pelo Índice de Felicidade, cujo objetivo é avaliar o desenvolvimento do país pela satisfação de seus habitantes.
Ainda assim, podemos dizer que são indicadores relacionados, já que sem o bem-estar social perseguido pelo desenvolvimento econômico, não há plenitude na felicidade de um povo.
O desenvolvimento econômico e social é um pressuposto para que uma nação seja considerada de “Primeiro Mundo”, expressão que surgiu no pós-guerra para designar os países europeus aliados aos Estados Unidos.
Desde então, convencionou-se que todo país que cresce economicamente de maneira contínua e sustentada é considerado desenvolvido.
Um país pode vivenciar o crescimento econômico e mesmo assim continuar subdesenvolvido.
O Brasil mesmo passou por isso, quando em 2011 tornou-se a sexta maior economia do mundo, superando até mesmo a outrora potência Grã Bretanha.
Depois de um longo período de turbulência e de cair várias posições no ranking das maiores economias mundiais, aos poucos vamos retomando o fôlego, com projeções para terminar 2024 na oitava posição.
Você conhece a teoria por trás da Pirâmide de Maslow?
Assinada por Abraham Maslow, ela foi lançada em 1943, com a publicação do artigo “A teoria da motivação humana” na revista Psychological Review.
De acordo com o postulado, o ser humano tem suas necessidades divididas em grupos, cada qual ocupando uma posição hierárquica de importância, como em uma pirâmide.
Na base, estão as necessidades essenciais, como comer, beber e dormir, enquanto no topo estão as mais nobres, ligadas à auto-realização.
A importância do desenvolvimento econômico está justamente no fato de ser uma condição para satisfazer as necessidades mais básicas e garantir a cidadania.
Dessa forma, as pessoas passam a ter mais liberdade para realizar aspirações mais nobres.
Portanto, o desenvolvimento econômico, ainda que não represente o único fator de sucesso de um país, é um forte indicador de que a nação caminha para padrões de vida mais altos.
A economia de um Estado pode ter o seu status avaliado de diferentes formas.
Dependendo da conjuntura e das prioridades de um governo, há fatores do desenvolvimento econômico que terão mais ou menos peso.
Uma política econômica pode, por exemplo, elevar as taxas de juros para atrair investimentos estrangeiros e engordar os cofres públicos com moedas fortes.
Ou pode preferir baixar essas taxas, fomentando o consumo interno e a geração de empregos.
Seja como for, toda decisão que afeta a economia terá consequências, medidas por fatores e índices como os que vamos conhecer a seguir.
Talvez o mais frequentemente usado dos indicadores de desenvolvimento econômico seja o PIB, que nada mais é do que a soma de tudo que um país produz em um certo período.
Em 2024, o PIB brasileiro está estimado em cerca de US$ 1,92 trilhões.
É um indicador utilizado por economistas, chefes de governo e líderes dos executivos para tomar decisões em matéria econômica.
Basicamente, ele pode ser calculado por três métodos:
Portanto, um país que pretenda conhecer as características do desenvolvimento econômico em seu território tem por obrigação calcular seu PIB.
Alguns indicadores de desenvolvimento econômico e social podem se apresentar enviesados, ou seja, mostrar apenas um lado da realidade.
Uma das métricas adotadas para atenuar esse efeito é o IDH, que mede o desenvolvimento humano de um país com base em três dimensões:
Tanto que, para a ONU e outras entidades governamentais e blocos econômicos, esse é o principal dos indicadores, mais importante até do que o PIB.
Seu cálculo é feito com base na distribuição acumulada da renda, utilizando a curva de Lorenz, considerando sempre a expectativa de vida e a educação.
No ranking mundial, o Brasil ocupa hoje a 89ª posição em 193 países, com um IDH de 0,760.
Também calculado com a curva de Lorenz, o índice de Gini é um importante indicador de desenvolvimento econômico porque mede a desigualdade social.
Variando entre 0, ponto em que a igualdade social é perfeita, e 1, em que a desigualdade é máxima, é um indicador amplamente utilizado por órgãos do governo para avaliar as condições de vida da população e, a partir disso, criar políticas públicas.
O Brasil apresenta um Gini de 0,591, segundo o IPEA, que nos coloca em um meio termo entre a igualdade perfeita e a desigualdade máxima.
Um país só pode crescer ou se manter estável em termos econômicos se a sua População Economicamente Ativa (PEA) encontra-se na maior parte ocupada.
É isso que mede a taxa de desemprego, um dos mais importantes indicativos de prosperidade.
Consiste no percentual da força de trabalho que está desempregada e ativamente procurando emprego, e é calculada dividindo o número de desempregados pela força de trabalho total e multiplicando o resultado por 100.
No Brasil, ela se encontra atualmente em 7,9%.
Uma população empregada é uma das características do desenvolvimento econômico, sinalizando que a economia está aquecida.
Por outro lado, altas taxas de desemprego apontam para problemas sociais, como falta de educação, saúde e falta de políticas públicas de fomento à geração de renda.
Já a taxa de alfabetização mede o percentual da população com idade acima de 15 anos que sabe ler e escrever.
Trata-se de um indicador dos mais importantes, porque dele dependem outros, como o IDH.
É medido por meio dos censos populacionais e exames públicos de educação, em que se avalia o grau de escolaridade da população.
O último Censo realizado pelo IBGE revela que, no Brasil, 93% da população acima de 15 anos é alfabetizada, portanto, 7% ainda permanece sem saber ler e escrever.
O IED é um indicador que se refere ao investimento realizado por uma empresa ou indivíduo estrangeiro em negócios ou ativos produtivos em outro país.
Governos e investidores utilizam o IED para medir a confiança dos investidores estrangeiros e o impacto econômico do capital estrangeiro no desenvolvimento local.
Seu cálculo é feito por meio do balanço de pagamentos, que registra as entradas e saídas de capital para investimentos diretos.
No ano passado, o Brasil foi o segundo país que mais atraiu esse tipo de investimento, captando US$ 64 bilhões, atrás apenas dos Estados Unidos.
Como vimos, uma das piores consequências da falta de desenvolvimento econômico é a inflação, que se caracteriza pelo aumento descontrolado dos preços no varejo.
No Brasil, ela é calculada por índices como o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice de Preços ao Produtor (IPP).
Esse foi um problema crônico no país ao longo das décadas de 1970 e principalmente de 1980, em que o governo enfrentou uma série de dificuldades para controlar a carestia.
Hoje, a inflação está relativamente controlada, com previsão de 4,12% para esse ano, bem menos que os impressionantes 2.000% registrados no início dos anos de 1990.
O desenvolvimento econômico elevado implica um aumento na expectativa de vida ao nascer.
Nos países menos desenvolvidos, esse é um indicador que sinaliza problemas estruturais, principalmente no setor da saúde.
É o caso de nações extremamente pobres da África, como Lesoto e Essuatini, em que a expectativa de vida mal chega aos 50 anos.
Já no Brasil, a esperança de vida ao nascer está hoje na casa dos 75 anos.
Outra forma de medir o desenvolvimento econômico é estimando o percentual da população que vive abaixo da chamada linha de pobreza.
Essa linha é definida pelo rendimento mensal mínimo para suprir as necessidades básicas de um indivíduo.
O Brasil ainda registra infelizmente índices elevados para esse indicador, com 31,6% da população vivendo abaixo da linha da pobreza, segundo o IBGE.
No mundo, de acordo com a ONU, existem 1,3 bilhão de pessoas nessa condição, ou seja, sem ganhar o mínimo necessário para se alimentar e ter moradia.
O desenvolvimento econômico se reflete em todas as camadas de uma sociedade, logo, quanto mais desenvolvido é um país, mais garantias a pessoa tem de viver desde o nascimento.
Por isso, uma das maneiras de avaliar esse quesito é pela taxa de mortalidade infantil, que mede o número de mortes de crianças menores de um ano de idade por mil nascidos vivos em um ano.
Felizmente, esse é um indicador no qual o Brasil vem melhorando, registrando no ano passado a menor taxa dos últimos 23 anos, com uma redução de 62%.
Não há desenvolvimento econômico e social sem investimentos maciços em educação, por isso, esse é um dos índices usados para avaliar o progresso social e econômico.
Ele é medido por meio das pesquisas e censos realizados pelo IBGE e exames acadêmicos como o Enade e o Enem.
Problema sempre presente em nosso país, o Brasil segue apresentando índices pouco animadores, registrando ano passado, por exemplo, baixo desempenho na educação básica.
A FIA Business School busca fazer a sua parte, levando à população, principalmente para os jovens, programas de capacitação como o CAP Jovem e o CAP Executivo.
Um dos fatores do desenvolvimento econômico é a capacidade de um país de fazer mais transações lucrativas do que deficitárias.
É isso que mede a balança comercial, que consiste no saldo entre todas as exportações e importações em um ano.
Segundo o governo, até julho de 2024, o saldo da balança brasileira era de US$ 27,2 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 0,9% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Depois de conhecer a fundo as características do desenvolvimento econômico e seus indicadores, provavelmente você deve querer saber quais são os países que lideram nesse quesito.
Veja quais são logo abaixo, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), que lista as maiores economias por PIB:
Apoiar o desenvolvimento econômico é obrigação de todo governo.
Essa é também uma responsabilidade compartilhada, já que o povo tem uma importante parcela de participação ao contribuir com a sua força de trabalho.
A FIA capacita os profissionais que lideram as empresas brasileiras, impulsionando nossa economia.
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Referências:
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https://valor.globo.com/brasil/noticia/2023/10/17/as-10-maiores-economias-do-mundo-em-2023-segundo-o-fmi.ghtml
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