O custo de capital é uma das métricas usadas para fazer a gestão da empresa.
Pelo cálculo desse indicador, é possível ter uma ideia mais exata sobre a rentabilidade de um negócio e se ele gera um custo de capital próprio dentro das expectativas.
Uma gestão que aprende como calcular o custo de capital ganha uma visão mais exata sobre a empresa, o que por si só justifica a realização periódica deste cálculo.
Como veremos neste texto, existem muitos outros bons motivos para se orientar por esse indicador.
Confira os tópicos abordados:
Saiba quais são seus custos e agregue mais esse conhecimento de grande utilidade nos negócios.
O custo de capital indica o quanto a empresa deve gerar de retorno para custear suas atividades e lucrar, de modo a compensar seus investidores.
É formado por dois componentes: o custo de dívida e o custo de patrimônio líquido.
No custo de dívida, são computados basicamente os juros e taxas geradas pelo dinheiro que a empresa toma emprestado de seus credores.
Já o custo de patrimônio líquido é composto pelo retorno esperado pelos investidores e acionistas de modo que seus investimentos gerem lucro.
Agora que você sabe o que é custo de capital, veja na sequência como ele funciona e outros dois componentes fundamentais dessa métrica.
Uma empresa que não conhece os seus próprios custos operacionais navega no escuro.
O custo de capital funciona como uma bússola, orientando gestores e investidores sobre o quanto o negócio precisa lucrar, jogando luz sobre a sua capacidade de produzir receita.
A lucratividade não é uma meta em si, mas uma condição para que uma empresa cumpra a missão a que se propôs.
Por isso a importância do custo de capital, um indicador de saúde financeira e de que o negócio é capaz de se manter lucrativo e no caminho certo para gerar valor.
Vamos ver outros dois componentes fundamentais dessa métrica e entender como cada uma delas é usada para medir o quanto uma empresa gera de retorno.
Na estrutura de custos de uma empresa, o custo de capital próprio representa o capital injetado pelos sócios ou donos do negócio para operacionalizá-lo.
Claro que esse capital é condicionado a uma expectativa de retorno, do contrário, nem faria sentido investir em um negócio.
Por isso, o custo de capital próprio é também representado pelo retorno mínimo exigido pelos investidores iniciais.
Em outras palavras, é como se fosse o menor lucro possível, tendo como referência o capital investido inicialmente.
Porém, uma empresa nem sempre depende do capital injetado pelos sócios.
Na verdade, boa parte delas depende de empréstimos e financiamentos externos, que compõem, como veremos a seguir, o custo de capital de terceiros.
Todo dinheiro que a empresa capta de fontes externas para bancar suas atividades, como bancos e instituições financeiras, compõe o chamado custo de capital de terceiros.
Embora possa parecer o contrário, normalmente, o custo de capital próprio é maior que o de terceiros.
E por uma razão simples: por estarem à frente das decisões, os donos do negócio são mais expostos aos riscos do que os que apenas injetam dinheiro.
Basicamente, o custo de capital é definido pelo retorno que uma empresa deve gerar para pagar seus custos e dar retorno para acionistas e investidores.
É uma métrica implacável, porque diz para os gestores e donos da empresa, além do mercado, se o negócio está na direção certa.
Um custo de capital pouco atrativo deve ser considerado como um sinal de alerta, pois indica que a empresa está pagando para operar.
Não é de se admirar que seu cálculo seja de relativa complexidade, já que um dos objetivos é expressar a estrutura de custos de um negócio em todas as suas dimensões.
Para representar os custos de maneira fidedigna, a gestão precisa aprender como calcular o custo de capital em suas dimensões principais.
Assim, ela terá uma noção mais precisa do impacto dos custos sobre o negócio e o quão perto (ou longe) ela está de satisfazer as exigências em relação aos seus resultados.
Vimos anteriormente que os dois indicadores financeiros básicos para isso são o custo de capital próprio e o custo de capital de terceiros.
Agora, vamos conhecer a fórmula para calcular cada um e uma breve explicação sobre cada um dos seus elementos.
O cálculo do custo de capital próprio deve ser feito aplicando a fórmula:
Na qual:
Explicando muito resumidamente cada um desses elementos:
Já a fórmula para calcular o custo de capital de terceiros é:
Para empresas que atuam no varejo ou no atacado, é preciso também calcular o custo médio ponderado (CMP), que consiste em identificar o custo de manter um estoque.
Sua fórmula é muito simples, representada por:
A importância do custo de capital está em ser um indicador exato, que diz à gestão de uma empresa se ela deve otimizar sua estrutura de financiamento.
Por exemplo, se o custo da dívida é 3,73% e o custo de capital próprio é 8%, é vantajoso usar mais dívida para financiar o negócio, já que custa menos.
A gestão pode, então, tomar decisões práticas no sentido de diminuir o custo de terceiros, como refinanciar dívidas com juros altos e investir em projetos com retornos superiores ao custo de capital total.
Para isso, é necessário implementar certas medidas de controle fundamentais, as quais vamos abordar a partir de agora.
O custo de capital é obtido a partir de números, ou seja, dados financeiros consolidados.
Não seria viável o seu cálculo sem que a empresa tenha um registro sempre up-to-date, ou seja, atualizado na velocidade do seu fluxo de caixa.
Lembre-se de que o custo de capital é uma métrica extremamente dinâmica, exigindo, em alguns casos, revisões semanais e até diárias.
Por isso, é necessário que a empresa tenha uma cultura orientada para dados em seus processos decisórios, até para que o cálculo do custo de capital faça sentido.
Conforme a gestão vai aprendendo a avaliar a rentabilidade a partir do custo de capital, ela vai formando uma visão mais ampla sobre suas estruturas de custos.
Ela pode descobrir, por exemplo, que o custo de capital de terceiros está demasiadamente alto e tomar as medidas necessárias para combater isso.
Uma delas é a diversificação das fontes de financiamento, diminuindo assim a pressão e a dependência de um ou poucos investidores externos.
Claro que a escolha dessas fontes deve levar em conta uma série de critérios financeiros e contábeis.
Cálculos complexos pedem ferramentas e plataformas digitais à altura para que possam ser realizados e corretamente interpretados.
Algumas das mais usadas com essa finalidade são:
Perceba que cada uma dessas ferramentas tem sua própria finalidade e algumas delas só podem ser utilizadas por profissionais com preparo e experiência.
Se analisarmos pragmaticamente o que é custo de capital, veremos que é formado por uma série de elementos que, para serem dimensionados, demandam cálculos à parte.
Para o cálculo do custo da dívida, por exemplo, é esperado que a gestão pondere elementos como taxa de juros média ponderada da dívida da empresa, taxas de emissão e despesas financeiras, entre outros indicadores.
Eles entram no cálculo para conhecer a estrutura ideal de capital, que nada mais é do que a combinação de dívida e patrimônio líquido.
Não vamos entrar em detalhes a respeito disso, mas basta saber que, nesse caso, é preciso considerar fatores como o nível de tolerância ao risco financeiro da empresa e as condições de mercado atuais.
Um dos objetivos da gestão do custo de capital é entender onde estão os riscos que podem fazer com que a empresa tenha seus lucros reduzidos.
É a partir da avaliação desses riscos que a gestão decidirá se financia o negócio com capitais próprios ou externos.
Cabe ressaltar, como já destacamos, que os custos de capital próprio em geral são mais altos – portanto, se a relação com o custo de terceiros for inversa a isso, é bastante provável que a estrutura de custos esteja mal gerida.
Os cálculos constantes para encontrar o custo de capital fazem com que a empresa tenha mais subsídios para explicar aos investidores se o retorno esperado vai se concretizar.
Assim, os donos do negócio ganham mais argumentos para convencê-los a manter seus investimentos ou mesmo ampliá-los.
Isso sem contar que a revisão periódica do custo de capital é como um termômetro, indicando para investidores e sócios se o negócio está com a saúde financeira em dia.
Da mesma forma que um médico informa um paciente em tratamento sobre o seu estado a partir dos exames que faz, reportar o custo de capital é parte de uma política de comunicação transparente na relação entre sócios e investidores.
Para que represente com exatidão a performance financeira de uma empresa, o cálculo do custo de capital demanda a coleta de um grande volume de dados.
Não se pode esperar sucesso nessa etapa da gestão se o negócio não tiver uma cultura de tomar decisões baseada em dados.
Aliás, a adoção de um indicador como o custo de capital pressupõe que a empresa já esteja amadurecida o bastante para trabalhar dessa forma.
Logo, se a sua empresa ainda não é orientada por dados em suas decisões, procure antes desenvolver essa valência antes de partir para o cálculo do custo de capital e suas variantes.
Calcular o custo de capital não é como fazer uma Demonstração Financeira ou um Balanço Patrimonial, registros que são feitos anualmente ou a cada seis meses.
Para que seja efetivo, esse indicador deve ser frequentemente monitorado, até porque as estruturas de custos estão sempre sujeitas a mudanças.
Temos certeza de agora você tem uma ideia precisa sobre a importância do custo de capital e de como esse cálculo impacta as decisões de negócio.
De acordo com a experiência da FIA Business School e do seu corpo docente formado por profissionais do mercado, asseguramos que esse é um indicador de extrema relevância.
Profissionais que sabem calcular e interpretar o custo de capital são muito valorizados e não raramente concorrem a posições de destaque na alta gestão.
A Pós-Graduação Certificate em Gestão de Crédito e Cobrança qualifica você para analisar não só a estrutura de custos das empresas, como outros indicadores financeiros.
Venha para a FIA agora mesmo!
Referências:
https://labfinprovarfia.com.br/blog/o-custo-de-capital-e-sua-influencia-nas-decisoes-de-investimento/
https://www.ibevar.org.br/blog/o-que-afeta-o-custo-de-capital/
https://www.scielo.br/j/rae/a/qVyFYBCkvXn8Pd66sNtJhLv/
https://institutoassaf.com.br/wp-content/uploads/2019/07/ARTIGO_RAUSP_CUSTO_CAPITAL_NO_BRASIL.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Custo_do_capital
Um plano de continuidade de negócios (PCN) é uma estratégia essencial para minimizar impactos e…
Descubra o que é flexibilidade no trabalho e como essa tendência está transformando empresas, atraindo…
O futuro do trabalho em 2025 apresenta mudanças importantes para empresas e profissionais. Descubra as…
A ética na IA envolve princípios e práticas que orientam o uso responsável dessa tecnologia…
A auditoria externa é uma análise detalhada das finanças empresariais, garantindo precisão e conformidade com…
A matriz de materialidade é um método de grande utilidade para as empresas que têm…