A Análise SWOT, também conhecida como Matriz FOFA, é uma ferramenta simples que auxilia no levantamento dos fatores internos e externos que afetam o seu negócio de modo positivo ou negativo.
As letras que formam o acrônimo são tomadas das iniciais das palavras Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças), compondo quatro quadrantes para posicionamento de cada fator considerado importante para o negócio.
A Análise SWOT organiza o pensamento e permite a tomada de decisões de melhor qualidade e com maior embasamento e assertividade.
Se você tem dúvidas sobre a possibilidade de aplicar essa ferramenta administrativa na sua empresa, cabe uma reflexão.
Você percebe que não detém ainda todo o conhecimento pertinente ao sucesso do seu negócio?
Entende que é necessário aprender sempre para a melhoria contínua?
Caso tenha respondido sim a qualquer uma das duas perguntas acima, você deve ler este artigo até o final.
Elaboramos um guia completo para mostrar o caminho para a elaboração de estratégias eficientes e obtenção de resultados superiores.
Ao longo do texto, os seguintes tópicos serão abordados:
Acompanhe até o final e entenda para que serve a Análise SWOT na prática!
A Análise SWOT ou Matriz FOFA é uma ferramenta utilizada para fazer análise dos cenários interno e externo de uma empresa, com o objetivo de avaliar o seu posicionamento no mercado e a capacidade competitiva.
Por sua simplicidade, pode também ser utilizada para qualquer tipo de análise, desde a criação de um blog até a gestão de um empreendimento internacional.
Como todas as formas de aplicação do conhecimento, a ferramenta apresenta pontos positivos e negativos no que se refere aos resultados esperados.
Dentre as vantagens da utilização da Análise SWOT se destacam a já citada simplicidade, além da praticidade e flexibilidade.
O método é intuitivo e facilmente compreendido e comunicado para toda a organização.
Já os principais pontos de atenção quanto ao seu uso se relacionam com a superficialidade da abordagem e a subjetividade na definição dos critérios.
A classificação dos fatores internos em forças e fraquezas e dos fatores externos em ameaças e oportunidades, inclusive, pode ser realizada de forma arbitrária.
As forças são os elementos que impulsionam o desempenho e a excelência de uma empresa no mercado, destacando-a da concorrência ou perante seus clientes.
Por exemplo, consideremos uma empresa de tecnologia.
Uma de suas forças na análise FOFA pode ser uma equipe altamente qualificada e inovadora, capaz de desenvolver produtos de última geração.
Essa expertise permite à empresa permanecer à frente das tendências tecnológicas, o que é fundamental para conquistar e manter uma posição competitiva.
A reputação de uma empresa no mercado também pode ser considerada uma força, desde que seja positiva.
Ao analisar as forças de uma organização por meio da análise SWOT, o que está em foco são os possíveis atributos positivos que a diferenciam dos concorrentes e contribuem para seu sucesso.
Essa análise, por sua vez, começa sempre com as lideranças questionando a si próprias e sua performance nos negócios.
Algumas perguntas que podem ser feitas nesse sentido, apontando para possíveis forças, são:
A análise das fraquezas é como colocar o dedo na ferida.
É uma experiência que não agrada, mas importantíssima quando o objetivo é obter a cura/solução.
No contexto da análise SWOT, abordar essas fraquezas é considerar formas de mitigá-las ou transformá-las em oportunidades.
Em uma empresa de logística, por exemplo, uma fraqueza pode ser a falta de tecnologia avançada de rastreamento e gestão de frete.
Isso poderia gerar atrasos nas entregas e em uma experiência insatisfatória para os clientes, ainda mais por se tratar de um negócio no segmento B2B.
No entanto, essa situação também pode ser vista como uma oportunidade para investir em tecnologia e melhorar a eficiência operacional.
Em busca de uma solução, a empresa poderia investir na capacitação da equipe em novas tecnologias, ou fechar parcerias para melhorar seus sistemas de rastreamento.
Nesta etapa, as questões devem ser ainda mais objetivas, partindo da identificação exata e minuciosa dos problemas/desafios:
Na análise SWOT, oportunidades são as situações ou tendências positivas no ambiente externo que podem ser exploradas de forma estratégica.
Para uma empresa de energia renovável, uma oportunidade poderia ser a crescente conscientização global sobre sustentabilidade e a necessidade de fontes de energia limpa.
A empresa poderia se posicionar como líder no setor, aproveitando a demanda crescente por soluções ambientalmente responsáveis.
Também constituem uma oportunidade estratégica, nesse caso, mudanças nas políticas governamentais para dar incentivos fiscais às empresas que desenvolvessem energias renováveis.
O foco na identificação de oportunidades na análise SWOT permite à empresa se adaptar às mudanças do ambiente externo e se posicionar de forma competitiva.
Note que essa parte não vem depois da análise das fraquezas por acaso.
Afinal, ao identificar os pontos fracos, é bastante provável que a empresa identifique a partir disso oportunidades para crescer.
Novamente, a análise SWOT recomenda que se façam perguntas para que, a partir das respostas, sejam mapeadas possíveis oportunidades de mercado:
Empreender é lidar constantemente com fatores adversos.
No caso da análise FOFA, esses fatores são situações ou tendências no ambiente externo que podem comprometer o desempenho e a posição competitiva da empresa.
No varejo, a concorrência acirrada de grandes cadeias varejistas que oferecem preços mais baixos é sempre uma ameaça para as empresas de médio e pequeno porte.
A competição desleal pode reduzir a participação de mercado dessas empresas e impactar suas margens de lucro.
Outra ameaça sempre iminente são as mudanças nas preferências dos consumidores, que exigem uma adaptação rápida para evitar a perda de clientes.
Portanto, a identificação de ameaças leva uma organização a desenvolver estratégias defensivas para minimizar seus impactos.
No exemplo do varejo, uma medida para contornar as ameaças seria aprimorar a experiência do cliente ou investir em marketing para promover diferenciais competitivos.
A abordagem analitica continua nesta etapa, na qual as lideranças da empresa podem questionar-se sobre aspectos como:
O tema é controverso.
Apesar da facilidade do acesso às informações no contexto da transformação digital, não existe consenso quanto à origem do desenvolvimento da ferramenta.
Dentre as versões disponíveis, a mais citada aponta para Alfred Humphrey como o criador do que inicialmente se conheceu como SOFT – Satisfactory (Satisfatório), Opportunity (Oportunidade), Fault (Falta) e Threat (Ameaça).
A ideia teria sido apresentada pela primeira vez em um seminário em Zurique, na Suíça, em 1964.
O método consistia em entrevistar os executivos das organizações com perguntas como “O que você entende como bom e ruim nas operações?” e, na sequência, “O que você entende como bom e ruim para o futuro nas operações?”
As respostas eram, então, classificadas como “Satisfatório” para o bom no presente, “Oportunidade” para o bom no futuro, “Falta” para o ruim no presente e “Ameaça” para o ruim no futuro.
Posteriormente, as iniciais sofreram alteração para o modelo conhecido atualmente pelas iniciais SWOT – Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças).
Como já dito, porém, não existe consenso.
Em uma newsletter do Stanford Research Institute de dezembro de 2005, foi publicado postumamente um artigo de Alfred Humphrey no qual ele declara não ser o autor da ferramenta.
No texto, explica que desenvolveu um método para tabular os dados obtidos em uma pesquisa.
Nesse trabalho, realizado entre 1960 e 1969, foram entrevistados mais de 5 mil executivos provenientes de 1,1 mil organizações, por meio de um questionário de 250 itens.
As perguntas se referiam às percepções dos entrevistados sobre negócio, futuro e mercado, buscando entender o que o executivo percebia como bom ou ruim em cada variável.
Apesar de ser possível encontrar referências indicando Humphrey como o criador da Análise SWOT, é razoável acreditar que o método foi desenvolvido em paralelo por diversas pessoas ao mesmo tempo.
Em 1969, a abreviação já aparecia consolidada nas publicações e em uso nos estudos de estratégias por todo o mundo corporativo.
Um dos mais consagrados autores sobre marketing, Philip Kotler incluiu a Análise SWOT no livro Administração de Marketing como elemento inicial do planejamento estratégico.
Na obra, considerada “a bíblia do marketing”, ele define a ferramenta como uma forma de monitoramento dos ambientes de marketing, tanto interno como externo.
Sua recomendação é de uso da SWOT entre a definição da missão do negócio e a formulação dos objetivos.
Kotler argumenta que a empresa deve desenvolver um sistema de monitoramento, de modo a mapear suas capacidades e identificar as tendências importantes.
Assim, se posiciona bem para aproveitar as melhores oportunidades, evitar as ameaças e promover melhorias na estrutura interna.
A Análise SWOT pode promover um entendimento mais aprofundado sobre o cenário no qual a empresa se enquadra, permitindo ao empreendedor identificar o que interfere no desenvolvimento e crescimento do negócio.
Ela pode melhorar a execução do planejamento estratégico, facilitando o processo de tomada de decisão e permitindo explorar novas possibilidades.
A partir dessa ferramenta, é possível também melhorar a comunicação da estratégia ao organizar de forma intuitiva as informações disponíveis.
Em resumo, a Análise SWOT traz para os gestores a otimização do tempo no planejamento, de modo a obter melhores resultados na execução.
Diversas empresas dos mais variados segmentos e portes já utilizam a Análise SWOT para a tomada de decisões.
Abaixo, seguem alguns exemplos de aplicação da ferramenta em casos hipotéticos.
Situação 1: loja de bairro que revende periféricos para computadores, apresentou redução nas vendas do balcão nos últimos anos.
Possível solução: iniciar vendas online para aumentar o faturamento.
Situação 2: o mercado sinaliza a escassez de uma matéria-prima essencial para a fabricação do seu produto principal.
Possível solução: contatar uma trading para identificar um fornecedor internacional e reduzir a dependência do produto nacional.
Situação 3: o número de acessos no site está caindo e as ferramentas de divulgação atuais não estão performando.
Possível solução: investir em redes sociais e contratar uma agência de criação de conteúdo para aumentar a relevância nas buscas orgânicas.
Esses exemplos ilustram de maneira bastante simplificada os resultados que podem ser obtidos a partir da utilização da Análise SWOT.
Mas há um detalhamento das etapas até que a solução seja alcançada – falaremos mais sobre elas mais adiante.
A análise SWOT desempenha um papel fundamental na formulação de estratégias e no planejamento estratégico de uma organização.
Ela dá uma visão holística do ambiente interno e externo no qual a empresa opera, permitindo a identificação de pontos que precisam ser melhor trabalhados ou desenvolvidos.
Sendo assim, a análise SWOT proporciona insights valiosos para a tomada de decisões no nível estratégico.
Ao destacar os pontos fortes, a organização pode alavancar suas competências internas para se diferenciar no mercado e capitalizar vantagens competitivas.
Analisando suas fraquezas, pode trabalhar para melhorá-las e evitar obstáculos que possam limitar seu crescimento.
Quando identifica oportunidades, a gestão se habilita a direcionar investimentos e esforços para áreas promissoras, enquanto reconhecer ameaças permite a elaboração de estratégias de mitigação e adaptação.
É para isso que serve a análise SWOT: montar um quadro abrangente para avaliar um ambiente de negócios em constante mudança.
As empresas podem tomar decisões com menor margem de erro sobre questões como diversificação, entrada em novos mercados e desenvolvimento de produtos.
A análise pode ir muito além disso tudo, considerando as vantagens competitivas que proporciona.
Vamos ver mais a fundo cada uma delas, considerando os benefícios da análise SWOT.
Seja qual for o segmento ou contexto, a análise SWOT é sempre uma ferramenta valiosa para identificar áreas de melhoria.
Ao examinar seus pontos fortes e fraquezas internas, ela revela lacunas e deficiências que podem ser alvos de aprimoramento.
Ao mesmo tempo, ao avaliar as oportunidades e ameaças externas, a análise SWOT aponta para áreas onde a organização pode precisar se adaptar ou fortalecer para enfrentar desafios ou tirar proveito de tendências positivas.
Quando uma empresa realiza uma análise SWOT, ela pode perceber que sua equipe de atendimento ao cliente é altamente qualificada (ponto forte), mas carece de uma presença forte nas mídias sociais (ponto fraco), por exemplo.
Essa percepção pode levar a empresa a investir na capacitação da equipe de mídias sociais e melhorar sua comunicação online para aproveitar as oportunidades de interação com os clientes.
A análise SWOT, como vimos, também pode destacar possíveis ameaças, como mudanças nas preferências dos consumidores.
Isso pode incentivar a empresa a diversificar sua linha de produtos para evitar a dependência de um único produto, mitigando assim o risco associado.
Portanto, a análise SWOT é uma ferramenta prática para identificar áreas de melhoria, fornecendo uma base sólida para desenvolver estratégias e estabelecer medidas de governança corporativa.
Dessa forma, as tendências externas podem ser melhor aproveitadas, levando a um crescimento sustentável e até receitas recorrentes.
Costuma-se dizer no meio empresarial que sorte é quando o preparo encontra a oportunidade.
A análise SWOT se aplica nesse sentido, já que é uma ferramenta útil para identificar áreas de oportunidade.
Ao avaliar os pontos fortes e fraquezas internas, juntamente com as oportunidades e ameaças externas, essa ferramenta revela conexões estratégicas entre esses fatores, apontando para direções promissoras de crescimento.
Ela também considera os pontos fortes da empresa, ajudando a identificar áreas onde está bem posicionada para capitalizar oportunidades emergentes.
Além disso, a análise SWOT destaca oportunidades externas que podem não ter sido previamente reconhecidas.
A matriz SWOT também ajuda a priorizar as oportunidades com base na capacidade da organização de aproveitá-las.
Colocar-se em um mercado é expor-se inevitavelmente a riscos.
Para evitá-los ou neutralizá-los, a análise SWOT é de grande valia, ajudando a identificar áreas “vermelhas”.
Em termos competitivos, uma empresa que não toma a iniciativa para se proteger dos riscos coloca-se em uma condição vulnerável.
A análise SWOT, nesse aspecto, serve como abordagem proativa para a gestão de riscos.
Ao considerar os pontos fracos da organização, ela ajuda a reconhecer vulnerabilidades que podem ser exploradas por ameaças externas.
Outra importante função da matriz SWOT é destacar ameaças que podem não ter sido previamente identificadas.
Ao examinar o ambiente competitivo e as tendências do mercado, uma empresa pode perceber mudanças regulatórias iminentes que afetariam seus processos de produção e distribuição.
A análise SWOT também permite a avaliação da gravidade e probabilidade das ameaças, direcionando a priorização das ações de mitigação.
Assim, a empresa evita “gastar munição demais”, para acabar com problemas que nem são tão graves assim.
Da mesma forma, ajuda a dimensionar os recursos para lidar melhor com ameaças mais sérias ou de longo prazo.
Todas as empresas, independentemente de seu porte ou setor de atuação, podem se beneficiar da análise FOFA.
Afinal, para que serve a análise SWOT, se não oferecer uma compreensão clara dos pontos fortes, fraquezas, oportunidades e ameaças que afetam seus negócios?
Startups, fintechs e edtechs podem identificar nichos de mercado, assim como empresas consolidadas podem adaptar-se a mudanças e organizações em crescimento podem definir estratégias.
A matriz SWOT orienta as decisões em questões-chave como expansão, lançamento de produtos, gestão de riscos e inovação.
É extremamente útil para calcular as ações a serem tomadas diante de ameaças e oportunidades, evitando o desperdício de recursos, aumentando a efetividade dessas ações.
Portanto, é uma ferramenta valiosa para direcionar negócios, promover vantagens competitivas e alcançar sucesso em todos os níveis.
A análise SWOT permite aos gestores formular, testar e implementar estratégias de inteligência competitiva que permitam sobrepor os esforços da concorrência.
A estratégia no mundo dos negócios pega emprestados termos e conceitos provenientes das táticas e manobras dos campos de batalha.
Sun Tzu escreveu em “A Arte da Guerra” que:
“Se você conhece o inimigo e a ti mesmo, não tema o resultado de cem batalhas. Se te conheces, mas não o inimigo, para cada vitória sofrerá uma derrota. Se não conhece nem o inimigo nem a ti mesmo, perderá todas as lutas.”
Esta é a versão mais antiga do que entendemos hoje como posicionamento estratégico.
Ao analisarmos nossas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, estamos fazendo um inventário do cenário que será encontrado para negociar.
Autoconhecimento e conhecimento do ambiente externo são fatores críticos em qualquer planejamento estratégico.
O que é essencial, segundo Sun Tzu, não é o conhecimento que se tem, mas o desconhecido: quanto maior for o esforço em busca do conhecimento, melhor será o resultado.
A maneira mais rápida de encontrar soluções em cenários de incertezas se dá por meio do reconhecimento das lacunas de informações, da reflexão sobre as capacidades e fraquezas e identificação dos desafios e das possibilidades.
Uma vez compreendidos os conceitos da Análise SWOT, a tomada de decisão é mais assertiva.
O ponto importante a ser ressaltado é a necessidade de sobriedade no entendimento de cada um dos conceitos e na identificação lúcida das variáveis.
Empreendedores iniciantes tendem a inflar os pontos fortes e oportunidades e a minimizar as fraquezas e ameaças.
Empresas mais maduras tendem a equilibrar mais a avaliação.
Não é por acaso que a análise FOFA é indicada antes mesmo de uma empresa começar suas atividades.
Com ela, a gestão antecipa uma série de desafios e medidas que pode ter que tomar, considerando o contexto interno e externo.
Veja na sequência os benefícios da análise SWOT.
A Análise SWOT nas empresas é uma tarefa que funciona melhor quando realizada em grupos de 5 a 10 pessoas.
Um facilitador deve conduzir a reunião, explicando o método e cada item do processo, garantindo que todos os participantes tenham o conhecimento equilibrado.
Recomenda-se a utilização de um quadro com esquema dos quadrantes e blocos de adesivos coloridos.
Os participantes devem escrever os fatores nos adesivos e colar nos quadrantes conforme sua percepção.
Durante o desenvolvimento da reunião, esses fatores poderão ser reposicionados conforme o refinamento do pensamento do grupo.
A partir da definição da missão (da qual falaremos mais adiante), os passos para a realização da Análise SWOT devem ser seguidos conforme descrito a seguir:
No início da Análise SWOT, é importante focar na avaliação do que está acontecendo dentro da organização.
A análise dos fatores internos considera elementos sobre os quais a empresa tem controle.
São representados pelos recursos, capacidade fabril ou de mercado, processos, colaboradores, especialização, tecnologia, marca, gestão, informações, conhecimento e flexibilidade.
Cada um desses fatores passa por uma avaliação para a classificação como força ou fraqueza, dependendo do papel de cada um para o atendimento aos objetivos da organização.
O segundo conjunto de fatores está relacionado aos aspectos externos, portanto, fora da esfera de controle ou influência da empresa.
Inclui elementos como políticas governamentais, infraestrutura, recursos logísticos, mercado, concorrência, ambiente econômico, globalização, etc.
A classificação como oportunidade ou ameaça é circunstancial e depende de cada negócio.
São fatores do ambiente que podem motivar a escolha de um novo caminho ou apresentar algum nível de risco para o crescimento da empresa.
Para entender o ambiente externo à organização, temos que dividi-lo em dois conjuntos, o microambiente e o macroambiente.
Os aspectos relacionados ao microambiente estão ligados ao setor ou segmento específico em que a empresa atua.
Aspectos como fornecedores, concorrência, canais de distribuição, burocracia, registros e autorizações para entrada no mercado são alguns exemplos.
Os aspectos do macroambiente estão ligados às variáveis mais abrangentes, que afetam todas as organizações e pessoas, independentemente de divisão de setor ou segmento de atuação.
Câmbio, inflação, demografia, economia, cultura e legislação são exemplos de fatores que podem afetar a organização, demandando ações de mitigação de risco ou aproveitamento de oportunidades.
Ao final do levantamento das informações, provavelmente serão verificadas posições conflitantes.
Este é o momento de refletir sobre cada um dos pontos e detalhar com cuidado, enriquecendo mais o conhecimento.
As controvérsias devem ser bem-vindas por caracterizarem diferentes pontos de vista, muitas vezes, igualmente importantes.
A organização dos principais fatores deve buscar listar de 5 a 7 itens por categoria.
Embora seja importante pensar de maneira abrangente e buscar novos entendimentos, o processo de redução e priorização das variáveis auxilia a gestão dos esforços empregados na execução da estratégia.
Cada fator, seja interno ou externo, pode ter duas interpretações, positiva ou negativa.
Se for um fator positivo, ele se refere às forças ou oportunidades – se for negativo, se refere às fraquezas ou ameaças.
Essa análise está diretamente ligada à correta compreensão da missão da organização.
Diferentes missões provavelmente impactarão de forma diferente na classificação de cada um dos fatores como positivos ou negativos.
Durante todo o processo, leve em conta essas 7 dicas:
Após o levantamento de todas as informações disponíveis e o posterior refinamento e priorização, o método requer uma reflexão sobre cada um dos pontos e as possíveis relações entre eles.
Veja como fazer nos próximos tópicos.
O papel do mapeamento das forças é fazer com que o melhor da organização busque nas oportunidades o crescimento da empresa.
Um exemplo é quando a empresa possui como força a capacidade de produzir com baixo custo e, no mercado, existe uma oportunidade para produtos de preços baixos.
Os fatores mais importantes são os que diferenciam a empresa da concorrência e, assim, a habilitam para extrair o melhor resultado possível.
A correta compreensão das fraquezas permite à empresa entender quais pontos necessitam de melhorias e investimentos.
Um exemplo é quando a empresa possui baixa capacidade para inovação e os clientes demandam o desenvolvimento de novos produtos.
A decisão mais adequada é investir recursos para capacitar a empresa para o desenvolvimento de novos produtos ou novas funcionalidades para os produtos existentes.
O encontro das forças com as ameaças define a necessidade de ajustes na estratégia.
O gestor, ao perceber esse cenário, tem condições de tomar decisões para redução da exposição ao risco.
Uma empresa que possui competência superior para fabricar um produto que se tornará obsoleto nos próximos anos, deve considerar o redirecionamento dos investimentos nessa linha e o aporte em opções mais aderentes aos requisitos do mercado.
Já o encontro das fraquezas com as ameaças é o cenário mais desconfortável para as empresas.
Um fator negativo interno que se encontra com um fator negativo externo pode sinalizar grande perigo para o sucesso do empreendimento.
Um exemplo pode ser uma empresa que depende majoritariamente de uma única conta, e o cliente em questão sinaliza problemas financeiros.
A decisão mais acertada é investir tempo e recursos para diversificar a carteira de clientes o mais rápido possível.
Além do mapeamento do encontro com outros fatores, o levantamento das oportunidades deve ser uma tarefa constante nas organizações.
Kotler define o marketing eficiente como a arte de desenvolver e proporcionar lucros por meio da descoberta de oportunidades.
E a oportunidade pode ser definida como uma área da necessidade dos compradores que a empresa é capaz de atender e gerar lucro.
A reflexão sobre esse fator traz para as organizações a melhoria contínua e o crescimento sustentável.
Para exemplificar a utilização da análise SWOT, confira abaixo três exemplos práticos de empresas bastante conhecidas no cenário mundial.
Esses exemplos demonstram que os mais diversos negócios, de livros a aviões, podem ser analisados a partir do método SWOT.
Com o passar dos anos, outros métodos de análises foram surgindo como alternativas à análise SWOT.
Abaixo, seguem opções também relevantes.
O VRIO é um modelo de avaliação de recursos para a estratégia global da empresa.
O processo de análise se inicia com o estabelecimento da visão e continua por meio da definição dos objetivos, análise de fatores internos e externos e escolhas estratégicas.
O acrônimo é formado pelas iniciais de Value (Valor), Rarity (Raridade), Imitability (Imitabilidade) e Organization (Organização).
A estrutura da combinação destas avaliações define cada recurso ou característica para a competitividade da organização.
A Matriz GE Mckinsey é utilizada para avaliar o portfólio e as unidades de negócio.
É um método que permite melhor visão para tomada de decisões sobre investimentos, estratégias de crescimento e manutenção de linhas de produtos.
O modelo das Cinco Forças, concebido por Michael Porter, foi apresentado em um artigo em 1979, na Harvard Business Review, e destaca a análise da organização em seu ambiente competitivo.
O foco desse método é maior para os aspectos relacionados ao microambiente.
Ele permite uma avaliação mais pontual do posicionamento da organização perante as ações de outras empresas.
A análise SWOT é um processo que amplia e organiza o conhecimento para o sucesso na execução dos objetivos da empresa.
É uma ferramenta poderosa para aumentar a lucratividade e obter resultados e crescimento consistente.
Também podemos afirmar que ela se torna viável devido à sua simplicidade, sendo fácil de comunicar a todos os níveis da organização.
Como vimos neste artigo, são muitos os benefícios da Análise SWOT e suas aplicações.
A ferramenta pode ser utilizada em empresas de grande porte, em organizações internacionais, ou até mesmo em micro e pequenos negócios.
Também na criação de um blog ou até mesmo na vida pessoal.
Entre outras modernas ferramentas para a gestão de empresas ou de carreiras, a FIA Business School apresenta o tema da Análise SWOT na grade curricular de seus cursos de graduação ou pós.
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