Construir um patrimônio de respeito não é fácil. Mas a preocupação não termina quando esse objetivo é alcançado – aí entra o que chamamos de wealth management.
Trata-se de um conjunto de práticas usadas para administrar a riqueza de pessoas e empresas.
Afinal, para que o trabalho duro de tantos anos se transforme em uma vida mais confortável e descomplicada, é preciso usar o dinheiro de forma inteligente.
Mas é claro que, quando falamos em ativos de alto valor e grandes quantias de capital, administrar tudo isso não é simples.
É por isso que há profissionais e empresas de consultoria especializadas em prestar o serviço de wealth management para os clientes que precisam de auxílio na área.
Se você quiser entender melhor como ele funciona e qual sua importância, siga em frente.
Neste artigo, você vai aprender sobre os seguintes tópicos:
Pronto para mergulhar no universo do wealth management e entender como um grande patrimônio é administrado?
Boa leitura!
Wealth management é um serviço de consultoria focado na manutenção, administração e valorização de grandes patrimônios financeiros.
O termo pode ser traduzido como gestão de riquezas, um nome bastante autoexplicativo, já que deixa claro que estamos falando de um serviço para clientes de alto padrão financeiro.
O wealth management é útil para quem tem alta renda e deseja planejar a construção de seu patrimônio com responsabilidade.
O mesmo vale para quem já tem sua riqueza consolidada e quer que ela continue crescendo, rendendo bons frutos no agora e no amanhã.
Não é voltado apenas para grandes empresários, preocupados com a perpetuação de seu negócio, mas sim para qualquer família que deseja assistência especializada para gerir seu patrimônio.
É válido dizer que as pessoas encarregadas de conduzir o wealth management têm uma responsabilidade imensa em suas mãos.
Afinal, esse é um serviço que demanda muita confiança por parte do cliente, e que deve ser feito por profissionais altamente especializados.
Eles precisam ter conhecimento avançado sobre o mercado financeiro para gerir os investimentos, sim. Só que o wealth management vai muito além disso.
Os consultores também devem ter entendimento sobre o mercado imobiliário, sobre impostos, sobre a legislação e a respeito de outras áreas que têm potencial para impactar o patrimônio de uma pessoa, família ou empresa.
Por isso que o serviço de wealth management é mais confiável quando prestado por uma empresa que conta com uma equipe multidisciplinar em vez de consultores autônomos que centralizam os conselhos.
Você já deve ter entendido por que alguém terceirizaria a gestão de sua riqueza.
Mas qual o objetivo que os consultores vão mirar em seu trabalho?
A verdade é que a resposta nem sempre é a mesma. Ela vai depender dos objetivos pessoais, das metas de vida de cada cliente.
Por exemplo, uma pessoa pode procurar o serviço de wealth management para planejar uma aposentadoria precoce e se dedicar exclusivamente aos seus hobbies, vivendo de renda sem perder o padrão de vida.
Ou, então, gerir um grande patrimônio para que ele garanta uma vida confortável até para as gerações futuras de uma família.
Quem sabe planejar investimentos ambiciosos no setor privado sem comprometer o padrão de vida atual.
Resumindo, a ação estratégica dos consultores sempre vai partir do que o cliente deseja e estabelece como prioridade na sua vida.
Dito isso, é claro que há alguns objetivos-chave que devem ser sempre levados em consideração.
Entre eles, estão:
O primeiro passo do trabalho de uma empresa de wealth management é, obviamente, conhecer o perfil e os objetivos de seu cliente – além de entender o que constitui sua riqueza.
Algumas empresas atuam apenas como uma consultoria passiva, ou seja, somente aconselham as decisões que acham que o cliente deve tomar para mitigar os riscos e fazer o patrimônio se valorizar.
Outras oferecem o serviço de gestão ativa da riqueza, tendo autorização do cliente para comprar e vender investimentos quando julgarem que isso irá maximizar os retornos.
É claro que o segundo tipo cobra mais caro, pois além de aconselhar também executa, e arca com custos de transações no mercado financeiro.
Como explicamos antes, o serviço de uma firma de wealth management é altamente personalizado.
Isso quer dizer que os detalhes sobre o modelo de atuação em cada caso variam bastante, conforme o objetivo que o cliente tem.
Há situações em que a maior oportunidade de valorizar um patrimônio é com um replanejamento tributário do negócio, dos investimentos e das posses do cliente.
Nesse caso, vale o mesmo que falamos antes: há empresas que prestam apenas a consultoria nessa área e outras que se encarregam de encarar a burocracia da gestão tributária.
É importante que o cliente entenda que o ideal não é contar com essa consultoria eventualmente, mas sim que os especialistas estejam sempre acompanhando o status da sua evolução patrimonial.
As circunstâncias internas e externas que impactam no tamanho da riqueza estão sempre mudando.
Por isso, nunca se deve descuidar da gestão do patrimônio.
Mesmo uma pessoa que tenha gosto por estudar as possibilidades do mercado de investimentos sabe que é preciso de bastante tempo para se manter sempre atualizado.
Pode parecer que é fácil, mas a verdade é que gerir uma grande riqueza dá muito trabalho.
A responsabilidade é grande e o mercado está tão volátil que é preciso estar continuamente avaliando os resultados e as possibilidades.
A principal vantagem de contar com o serviço de wealth management, portanto, é não precisar se preocupar tanto com esse universo repleto de variáveis.
Veja bem: a decisão final sobre a estratégia de investimentos e decisões específicas será sempre do cliente.
Só que do mais trabalhoso, que é fazer os cálculos e montar um plano de ação, os consultores é que se encarregam.
E qual a vantagem de uma empresa que faz wealth management em relação a uma consultoria de investimentos normais?
A diferença está na maior qualificação dos profissionais, que têm experiência em lidar com patrimônios volumosos e, portanto, entendem melhor as necessidades dos clientes.
No fim, o resultado é uma exposição menor da riqueza aos riscos, o que é essencial em um mundo no qual as coisas mudam tão rapidamente.
O wealth management também tem a vantagem de assessorar o cliente em outras áreas além da financeira – como a tributária, fiscal e jurídica – que também impactam no volume da riqueza.
É claro que uma pessoa deve contratar o serviço de wealth management somente se tiver muito dinheiro e/ou muitos ativos valiosos. Se tiver o que se chama de riqueza.
O mesmo vale quando o cliente é uma família, uma fundação ou uma empresa familiar.
Porque ela vai precisar de determinado patrimônio para contar com o auxílio dos consultores.
Mas qual é essa quantia? Quanto dinheiro as empresas de wealth management exigem que o cliente tenha para investir?
Não há nenhuma regulamentação para isso, então, as empresas têm liberdade para definir qual o perfil de cliente com o qual querem trabalhar.
Para não deixar você totalmente sem resposta, um valor de referência razoável é R$ 1 milhão.
Algumas consultorias aceitam clientes com menos que isso, outras exigem um valor maior, mas a barreira do milhão é um bom referencial para definir riqueza.
Se você achou muito, considere que, nos Estados Unidos, onde o mercado de wealth management é bem mais desenvolvido, esse mesmo milhão corresponde a US$ 250 mil, quantia que não é tão alta assim para um americano.
O motivo para as firmas de wealth management exigirem um valor mínimo de investimento é porque parte ou a totalidade de suas receitas depende de um pequeno percentual sobre o lucro obtido com o crescimento do patrimônio do cliente.
Como o percentual é pequeno, só vai gerar uma receita interessante para a empresa se ele for calculado em cima de uma grande fortuna.
O asset management é outro tipo de consultoria voltada para a conservação e crescimento do patrimônio de um cliente.
A diferença é que esse serviço foca nos ativos. Afinal, asset management significa gestão de ativos.
Isso quer dizer que as empresas que prestam esse tipo de consultoria analisam imóveis, ações, títulos de renda fixa, estoques, empresas, bens físicos diversos e outros tipos de ativos.
E o wealth management? Se você prestou atenção no restante do texto, deve ter visto que esse serviço também pode incluir a gestão de ativos.
A diferença é que ele faz uma análise financeira mais holística da riqueza do cliente, gerindo outros tipos de uso do dinheiro.
O wealth management analisa todos os tipos de investimentos, impostos, renda, fluxo de caixa, enfim, tudo que impacta a vida financeira do cliente.
Esse serviço pode assumir funções bem mais complexas que o asset management.
Por exemplo: planejamento de aposentadoria, a perpetuação da riqueza para a próxima geração, o legado da família, consultoria para contribuições para caridade, planejamento tributário e muito mais.
Várias empresas de consultoria e bancos prestam o serviço de wealth management no Brasil.
Quando um banco atua nesse mercado, o serviço pode ser chamado de private banking, ou seja, serviços bancários exclusivos para clientes com alto volume de investimentos.
Entre os principais players de wealth management no Brasil estão os seguintes:
A Azimut Brasil pertence à rede de consultoria Azimut, fundada na Itália e com atuação global na gestão de investimentos.
O braço de gestão de patrimônios da empresa tem profissionais de excelência no aconselhamento financeiro e/ou na gestão de recursos do cliente.
O BNP Paribas é um dos maiores bancos da Europa e um dos principais consultores de wealth management do planeta.
Nessa área, o banco se coloca como uma consultoria que coloca a realização pessoal dos clientes como prioridade.
Portanto, foca em encontrar a expressão própria de cada patrimônio.
O BTG Pactual é uma empresa financeira global que tem uma premiada equipe de gestão patrimonial.
É uma referência em toda a América Latina, com escritórios no Brasil, Chile, Colômbia e Estados Unidos.
Tendo parceria com o European Financial Group (EFG), o BTG Pactual oferece aos clientes produtos e serviços financeiros da Ásia e da Europa.
O Indosuez é uma empresa de wealth management que pertence ao grupo francês Crédit Agricole, que já tem negócios no Brasil há décadas.
Seu diferencial é oferecer um amplo catálogo de soluções de wealth management.
O foco pode ser a família, empresas, instituições, investimentos, vida profissional, etc.
Como no exemplo do Indosuez, que apresentamos no tópico acima, é possível dividir o serviço de wealth management em várias categorias.
Os consultores podem se especializar em determinadas abordagens enquanto a empresa que os contrata dá ao cliente a opção de contar com todas elas ou apenas.
Mas aqui vamos distinguir dois tipos principais de wealth management: private e family.
É o serviço destinado a indivíduos com alta renda e alto potencial de investimento, que estão em busca de soluções financeiras sofisticadas para aumentar seu patrimônio.
O foco aqui é na vida individual de uma pessoa, o que torna o trabalho muito diferente na comparação com a perspectiva de uma empresa ou família (a seguir falaremos disso).
O indivíduo tem uma vida finita, o que torna suas necessidades mais objetivas: a riqueza precisa se transformar em ativos que resultem em conforto no fim da sua vida.
Essa categoria de wealth management também corresponde a um serviço mais especializado e personalizado do que a consultoria tradicional.
Por isso, é reservado a clientes com uma quantia ainda maior de dinheiro investido – na americana Morgan Stanley, a divisão de Private Wealth Management atende clientes com fortunas maiores de US$ 20 milhões.
Já o family wealth management, como você já pode imaginar, foca nos interesses de uma família, não de apenas um indivíduo.
O que adiciona outro nível de complexidade ao trabalho dos consultores, pois a riqueza de uma família vai bem além do dinheiro.
É preciso entender que o capital financeiro tem o propósito de servir aos capitais humano, intelectual, cultural e social da família.
Você pode achar estranho e pensar por que um consultor precisa se preocupar com isso, mas a verdade é que a perpetuação da riqueza da família tem grande relação com o cuidado com esses capitais.
Para prestar o serviço de wealth management, é preciso de muita sensibilidade e conhecimento sobre as dificuldades de processos como a sucessão familiar, herança, inventário, etc.
Vale lembrar que, em muitos casos, conservar a riqueza de um clã está totalmente relacionado com manter o sucesso de uma empresa familiar.
A consultoria de wealth management não faz a gestão de empresas, mas auxilia na aplicação dos lucros e no planejamento da organização familiar.
Muita gente trabalha tanto para construir sua riqueza que acaba negligenciando os cuidados com ela.
O que fazer com o capital e os ativos acumulados com a trabalho, com uma empresa, com a herança ou qualquer que seja a sua origem?
Qualquer um que já tenha se aventurado pelo universos dos investimentos financeiros sabe que ele tem uma certa complexidade.
São vários caminhos que podem ser seguidos, com diferentes graus de risco, liquidez, rendimento…
Se pensarmos ainda nos impostos que incidem sobre a riqueza e os ativos, adicionamos uma camada ainda maior de complexidade.
É para isso que servem as empresas de consultoria em wealth management, ou gestão de riquezas.
Elas assessoram os clientes a manter, administrar e valorizar seu grande patrimônio.
Enquanto algumas apenas aconselham, outras firmas atuam ativamente na gestão patrimonial, com autorização do cliente para executarem as transações financeiras.
É um serviço para pessoas e famílias de alta renda e com um montante na casa dos milhões para investir.
O objetivo final depende do cliente: pode ser a aposentadoria, o planejamento para fazer determinado investimento ou a perpetuação da riqueza para a próxima geração, por exemplo.
O que é preciso entender é que, com um mundo tão dinâmico, nem os mais ricos podem descuidar de suas riquezas.
Por isso, a necessidade de contar com um serviço altamente especializado que forneça o suporte adequado à gestão desse patrimônio.
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